Natal (Parte 1)

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boa leitura 😃💕

Parte 13: Jingle bel, jingle bel, acabou o papel (Parte 1)

Sirius sentiu sua vida se esvair quando o feitiço de Bellatrix atingiu seu peito em cheio. Aquela história de toda a nossa vida passar como um filme na memória, era mito. Uma mentira que Sirius queria que fosse verdade porque ele tinha a plena certeza de que doeria bem menos pensar em tudo o que já lhe passou, do que como possivelmente Remus ficaria.

Tudo o que Sirius conseguia pensar, era em Remus e em como ele não o teria mais para si. Em como nunca mais poderia beijá-lo, amanhecer ao seu lado, sua risada e todo o carisma, todo o calor que rodeava o corpo e o ser de seu grande amor. Sirius sentiu que morreria por duas vezes ao mesmo tempo, porque visualizar seu amor destruído por sua causa, o fazia sentir sua alma se desgrudar de sua carcaça.

E então veio Harry, Sirius escutou seu grito. Sirius escutou quando o pequeno menininho, por mais velho que esteja, gritou seu nome completamente desesperado. Sirius lembrou dos olhos transbordando esperanças quando disse que o levaria para morar consigo quando seu nome fosse livrado de crimes injustos e em como ele, por mais que sua aparência já estivesse de um jovem muito bonito, ainda sim possuía uma aura infantil como a pureza de uma criança.

Sirius lembrou de James e em como falhou com seu amigo. Não iria ficar para ver Harry se tornar um homem como jurou a tantos anos atrás, quando encontrou seus amigos mortos. Na verdade ele estava indo se juntar a eles e doía ao mesmo tempo que aliviava. Sentia saudades de seu irmão, mas haviam pessoas aqui que precisavam dele e por um único instante, um pequeno instante Sirius clamou a seu amigo que o permitisse ficar por mais preso a terra por mais algum tempo e que tivesse paciência quanto ao reencontro.

James o ouviu.

Nem meio segundo depois, braços cercaram todo seu corpo, o puxando com afinco. Uma força sobre humana o agarrou forte não deixando que seu corpo caísse pelo véu e então lágrimas manchando toda sua roupa. "Eu te deixei ir por 12 anos, Sirius Black. Me entendeu? 12 anos e agora que o tenho de volta nada pode me tirar de você, seu desgraçado!".

Sirius sorriu ao perceber que seu amigo, seu amor, sua alma gêmea estava o abraçando impedindo que o véu o leve. Mas ele sabia, ele tinha absoluta certeza de que não haviam sido os braços de Remus a tirá-lo de lá, porque pouco antes de finalmente abraçar Remus, ele sentiu as mãos em suas costas e então a risada contagiante de Prongs ecoar próximo a seu ouvido.

Ele o havia salvo. A morte ensina a ser paciente e James seria paciente.

"Cuide deles, Sirius! Cuide deles que eu estou cuidando de Regulus aqui do outro lado!"

Sirius prometeu que viveria por aqueles dois. Nunca contou nada disso a outro alguém, nem mesmo para Remus porque achava ser mais um de seus grandes segredos com seu irmão, com James. Mais uma das intermináveis coisas que mantinha o vínculo de ambos vivo.

Por isso estava extremamente agitado e correndo para todos os lados na casa que havia comprado ao lado de seu grande amor. Precisava sair tudo milimetricamente perfeito, nada poderia dar errado. Absolutamente nada. Seria o primeiro Natal em família e precisava ocorrer tudo maravilhosamente maravilhoso.

– Você quer parar quieto, desgrama? Está me irritando! – Lupin bradou nervosamente enquanto tentava ajeitar as roupinhas de Teddy, o pequeno metamorfomago adotado pelo casal poucos dias após o fim definitivo de Voldemort.

Teddy foi gerado em um cenário de batalha. Seu berço foi literalmente os escombros, pedaços de Hogwarts caídos em volta de sua mãe que, com muita força e amor pelo filho, o teve sozinha morrendo pouco tempo depois de Teddy já estar vendo o mundo.

"Draco, eu gosto de garotos?" (Drarry)Onde histórias criam vida. Descubra agora