"Draco, eu gosto de garotos?" (Drarry)

Natal (Parte Final)

particularmente esse é
o meu capítulo favorito!
espero que gostem também
boa leitura 😃💕

Parte 17: Jingle bel, jingle bel, acabou o papel Pt3

– Quem é o bebezão da Tonks? Quem é? – Tonks esticou os braços e com a voz mais fina e suave que conseguiu fazer, começou a chamar seu bebezão.

– HARRY! HARRY É O BEBEZÃO DA TONTS! – Teddy gritou enquanto rodopiava em volta de Harry que, dessa vez, sentiu mesmo muita vontade de bater as botas.

Tonks andou em sua direção, o abraçando fortemente e fazendo com que deitasse a cabeça em seu ombro. Aquela garota parecia até mesmo uma tia velha cumprimentando seu sobrinho favorito. O pensamento fez Harry lembrar de tia Guida e Duda e em como sempre que aqueles dois se encontravam, Harry sentia que seu rosto iria explodir de tanta vergonha alheia.

Será que estava em uma cena igual a que presenciava com tia Guida e Duda? O que Draco pensaria dele?

– Agora, abraço e beijinho no Bear! – e então a moça o largou, correndo em direção a Teddy que também corria para um lado e para o outro, gargalhando da agitação que Tonks possuía.

– Ah, como você está linda, Andy! A quanto tempo não nos vemos? – Sirius perguntou enquanto dava aquele típico riso meio latido, o qual fazia Teddy soltar latidos fofos.

– Nos vimos semana passada, Sirius! Você também não está nada mal, priminho. – a voz aveludada de Andrômeda se foi ouvida, dispersando a atenção de Harry.

Ela quase poderia se passar por Bellatrix. Quase porque havia uma fagulha maravilhosa em Andrômeda que a fazia brilhar. A ótima energia que rondava a mulher, conseguia até mesmo mudar o clima em qualquer ambiente. Era fantástica em todas as suas ações, de a escolha certeira de um lindo vestido dourado que caia por todo seu corpo e tampava seus calçados, até mesmo na forma maternal e muito delicada na qual abraçava Sirius e logo após Remus, com um lindo sorriso no rosto.

– E olha só, Remus também está bonitão, em! – Lupin gargalhou junto a moça, a tocando com delicadeza para retribuir o abraço.

– São seus olhos, querida Andy. São seus olhos!

Harry, enquanto sorria admirando a cena de sua família interagindo entre eles, notou uma presença ao seu lado. Tão tímido e de ombros contraídos, ares tensos e uma expressão tão constrangida que quase podiam imaginar que ele havia cometido algum crime e agora tentava disfarçar.

– Essa é a minha família. – Harry murmurou contente, olhando em direção a Draco que, devolvendo o olhar, sorriu minimamente enquanto suspirava.

– Nossa família! – tudo ao redor do Potter parou de funcionar.

Nem mesmo a risada histérica de Teddy e Tonks era possível ser ouvida. O mundo pareceu ganhar coloração dourada, sendo tudo movido em câmera lenta, desde os sininhos tilintando na árvore atrás de Draco, até mesmo os olhos de Malfoy piscando. O ar de Harry faltou, ele estava sem fôlego e aquela euforia novamente o invadiu.

Por que estava se sentindo nas nuvens, como se alguém tivesse tirado seu chão e dado-lhe asas? Algo em seu interior se aqueceu lindamente, assim como suas bochechas. Deveriam estar vermelhas, vermelhinhas. Suas pontas das orelhas também estavam muito quentes e Harry achou que deveria sentar, já que sentia suas pernas molengas demais para continuar em pé sem o auxílio de algo.

Que efeito estranho era aquele e por que o sentia com mais frequência do que gostaria quando estava com Draco?

– O que disse? – perguntou meio engasgado, não entendendo muito bem o que era aquele mar de emoções.