Capítulo 05

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"Ele costumava apreciar as estrelas. Dentre elas, tinha sua favorita, mas um dia, ele parou de olhar para o céu e por isso ela despencou de lá."
John Santts




" — John Santts

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                                 Nada poderia ter me preparado para o encontro com o homem que se identificou como oficial de justiça, parado em frente à porta da casa de John. Ele parecia um deus grego.

— Você é Cattleya Prince Stivies?

Se a figura dele emanava poder, sua voz transmitia medo e autoridade. Procurei alinhar as ideias em minha cabeça, esquecendo por alguns minutos  a recente descoberta da minha gravidez e ajeitei minha postura para não parecer uma mosca morta.

O cara na minha frente parecia uma figura saída de um desfile de moda da Vogue de tão lindo que era. Alto, cabelos curtos quase raspado, estilo soldado do exército, seu olhar firme e o maxilar quadrado, pontuado com um furinho no queixo, entregava um bela visão do seu rosto perfeito. Se tratando de suas roupas, elas eram um tanto extravagantes, camisa branca aparentemente em tecido de algodão, coberta por um blazer sobretudo preto. Na parte inferior uma calça jeans escura e botas de cono curto, também pretas. Ele emanava uma energia sombria que podia ser sentida de longe.

— Sim, sou eu mesma. — minha voz saiu trêmula, estando eu na soleira da porta, temendo a visita inesperada. — Em que posso ajudá-lo?

Ele permaneceu com a postura de seriedade e concentrou seu olhos azuis em mim, sem ao menos piscar.

— Me chamo Jordani Santino. Sou um oficial de justiça e estou aqui para tratar de um assunto do seu interesse.

Franzi a testa, confusa. Apesar de saber que eu estava em dívida com a justiça, havia algo no sujeito que não me transmitia segurança. Mil pensamentos explodiram em minha cabeça, me fazendo pensar que tipo de coisa ele queria comigo.

— Ok. Você quer entrar para que possamos conversar então? — convidei meio apreensiva.

Educadamente ele recusou o convite e requistou que tivéssemos uma conversa a sós, longe dos ouvidos do pessoal que morava comigo.

— Você vai ficar bem? Qualquer coisa grite por socorro. — John instruiu quando anunciei que iria conversar com o sujeito.

Apesar da desconfiança e do medo dele não ser quem dizia ser, a curiosidade de saber o que ele queria comigo falou mais e eu aceitei conversar em outro local. Ele me instruiu a seguí-lo e fomos parar diante de um veículo preto do outro lado da rua na qual morávamos. Ao entrar no carro os pêlos da minha nuca arrepiaram-se e tive o pressentimento de que havia entrado numa furada.

O carro era enorme internamente. Havia um compartimento espaçoso na parte de trás, lembrando vagamente o interior de uma limusine, com bancos de ambos os lados, permitindo que nós dois sentassemos de frente para o outro. No banco do motorista havia outro sujeito, ele usava um boné e a barba espessa lhe garantia uma cara de pouco amigos.

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