Cattleya Prince não se considera uma sábia dos tempos modernos, mas apanhou muito da vida até aprender que homem e amor são termos que nunca poderão coexistir na mesma frase em bom tom.
Cética, mal sabe ela que o destino já lançou as cartas do seu...
"Toda mulher leva um sorriso no rosto e mil segredos no coração." Clarice Lispector.
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Certa vez alguém disse: "A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante."
Bonita reflexão, devo admitir, mas, como conseguir viver para diante se o meu passado insistia em bater na porta do meu presente? O que fazer quando tudo parece querer desmoronar?
Eu não tinha respostas para essas perguntas. Na verdade, eu não tinha respostas para nenhuma das questões que haviam se apresentado para mim nos últimos tempos. Eram deveras complexas e difíceis de solucionar.
Diante disso, eu estava completamente assustada.
E, com raiva também.
Col raiva porque odiava o fato de não ter o controle do que estava acontecendo. Era como água escorrendo pela mão, eu não conseguia evitar.
A verdade, se fosse ser sincera, era que minhas emoções estavam uma bagunça. Bagunça. Esse era um excelente substantivo para definir minha vida atualmente. Estava tudo uma bagunça. Parando para pensar a respeito da minha vida, que espécie de mal eu havia feito na vida passada pra sofrer tantas desgraças assim? Sério. Parecia piada. Puta que me pariu, as coisas não estava nada fácil pro meu lado.
Eram muitos acontecimentos acontecendo de uma vez só.
Se já não bastasse ter que saber lidar com a perspectiva de ser alvo direto dos inimigos de Jasper, uma figura maldita e que fazia parte do meu passado tinha me encontrado novamente e estava tentando foder com meu psicológico. O tanto que eu odiava Vicent Sullivan não estava escrito. Sentia raiva de mim, quando parava para pensar no tanto que eu tinha sido idiota por ter acertado a proposta do pai dele e por ter acreditado que Vicent, em algum momento se importou comigo. Eu fui tola. Ridícula. Vicent nunca, em momento, ligou para meus sentimentos ou deu a mínima para minha existência. Tudo o que ele sempre quis foi me usar. Me usar para garantir o sucesso dos seus planos. Me usar para chegar nos seus objetivos mais mesquinhos possíveis. Eu fui idiota quando acreditei que ele iria me ajudar a me livrar da polícia quando eles me pegaram naquela noite que mataram Gregory Santiago e me incriminaram. Quando os policiais me alcançaram e eu procurei por Vicent, ele já não estava mais por perto. Tinha fugido. Eu até cheguei a pensar que ele iria me mandar ajuda, que contrataria um advogado e me livraria. Mas, eu estava errada. Vicent não me prestou nenhuma ajuda. Eu fui presa, condenada, cumpri parte da minha sentença na prisão e ele nunca me procurou. O que porra aquele filho da puta achava com essa história de que queria ver Nono? Que direitos ele pensava que tinha? Se Vicent ao menos ousasse se aproximar do meu filho, ele iria ver quem eu era de verdade.
Jasper também estava puto da cara com essa merda. Já tinha surtado umas mil vezes comigo e mais outras mil vezes com a segurança. Tudo bem, eu dava razão para ele, dei razão quando ele me deu uma enorme bronca, em questão de ter sido imatura quando dispensei a segurança no dia que fui ao consultório do doutor Yuri. Eu não deveria ter feito isso. Foi uma atitude insensata. Querendo ou não, minha realidade agora era outra. Eu tinha que pensar como alguém que estava carregando o filho do futuro chefe do maior ajuntamento de mafiosos das Américas. Ok, tudo bem, Jasper já estava mais calmo comigo, até porque ele ficou bem contrito depois que contei a história por trás da minha prisão e o meu caso com Vicent Sullivan.