Capítulo 16

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"Que lugar horrível é esse?
É a realidade."
— Encantada.

                A primeira impressão que tive ao chegarmos na majestosa mansão dos Felton, localizada no outro lado da cidade, onde aconteceria o evento, foi a de que talvez tivéssemos ido para uma premiação do Óscar

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                A primeira impressão que tive ao chegarmos na majestosa mansão dos Felton, localizada no outro lado da cidade, onde aconteceria o evento, foi a de que talvez tivéssemos ido para uma premiação do Óscar. Havia uma fileira de carros estacionados que se estendia até a garagem da mansão. O caminho que levava até a porta de entrada estava decorado com fitas brilhantes enroladas nos postes e havia uma vasta quantidade de balões chineses de papel, suspensos no ar, com luzes interna, dando a impressão de vários vaga-lumes brilhantes no céu.

Ariel se juntou à nós e seguimos o fluxo de novos convidados que chegavam a todo instante. Um tapete marrom acinzentado fora posto sobre a grama e se estendia até aonde os olhos podiam ver. O percurso até lá seguiu-se por uma explosão de flashes que antigiram meus olhos, a ponto de me deixar tonta. Havia no mínimo uns vinte paparazzis, e, todos pareciam excitados para fotografar a chegada do magnata dono do Valixbank. Jasper distribuiu um par de acenos para as câmeras, mas não sorriu, apenas segurou minha mão e me conduziu pelo caminho.

— Um instante Sr. Dawntony, o senhor me daria a honra? — um dos fotógrafos chamou, erguendo sua câmera para cima, parado à entrada, um olhar esperançoso brilhando nos olhos.

Jasper pareceu reconhecer o sujeito, acenou positivamente com a cabeça e me puxou para perto, passando o braço pela minha cintura, deixando claro que eu deveria posar com ele para a foto.

Fiquei chocadamente nervosa, as pernas levemente bombas por esse ato e também por me sentir tão exposta publicamente pela primeira vez na vida.

— Relaxe Cattleya, apenas sorria e finja que está adorando tudo. — Jasper sussurrou, olhando para a frente, enquanto abria um tímido sorriso.

Ignorando a corrente elétrica que percorreu minhas pernas ao sentir a mão de Jasper apertar minha cintura, tratei de exibir para a câmera o meu melhor sorriso falso de mulher soberbamente fina. Ao lado, outro fotógrafo guiava Ariel para posar para fotos, ladeada por uma jovem mulher que ela deveria conhecer pois sorria e comentava baixinho com ela algum assunto. A sessão de fotos não demorou muito e eu me senti grata por sair logo dali. Lá dentro, no grande saguão de recepção da mansão, de terno branco, um garçom veio ao nosso encontro e nos guiou para outra repartição da propriedade. No final do percurso, uma área a céu aberto, nos fundos da mansão, nos saudou convidativa. Era circulada por uma cerca branca e belos arbustos. Olhei para os lados, em busca de detalhes e vi que o quintal dos Felton se findava em um grandioso penhasco, a propriedade fora construída à beira de um morro. No horizonte, a visão do mar quase me fez perder o fôlego. Era magnífica. Continuamos a andar, passando por debaixo de um bergolado de madeira branco coberto por ramos de belíssimas flores. Havia uma pista de dança ali, mesas com imensas jarras de bebidas e uma banda tocava em um palco montado à um canto. O garçom nos levou para o outro lado, a pista de dança ficou para trás e também as esculturas de gelo talhadas em formas que lembravam cisnes. Algumas pessoas se serviam com a bebida espumante que saia de seus longos bicos. Em direção ao norte, encontrava-se uma enorme tenda, aberta para todos os lados, onde eu pude vislumbrar as mesas formalmente organizadas e as cadeiras acolchoadas. Era ali que os outros convidados estavam reunidos, uns em pé e outros sentados, conversando, rindo, com suas taças de champanhe em mãos.

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