Capítulo 18

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"E o amor que eu guardava, eu guardei pra você."

Volta - O Terno

                              Era difícil procurar por alguém quando se havia uma multidão de gente zanzado para lá e para cá

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                              Era difícil procurar por alguém quando se havia uma multidão de gente zanzado para lá e para cá. Me peguei suspirando com força mais uma vez, uma onda perigosa de endurecimento crescendo em meu peito. Havia procurado Ariel por todos os lados, nos jardins onde Paige informara tê-la visto, na pista de dança, nas redondezas da piscina e em tantos outros cantos da casa, no entanto, não tive nenhum sinal dela. Ariel se mostrara mais  irresponsável do que eu pensara. Onde diabos essa garota havia se me metido?

Conferi a hora no meu relógio de pulso e vi que a noite se arrastava para a meia noite. Sabia que deveria virar as costas e voltar para onde Cattleya, mas o instinto paternal ligado no 220, me indicava que havia alguma coisa de errada acontecendo. Será que alguém tinha a raptado? Sua bebida fora batizada e ela havia sido levada por alguém maldoso que não gostava de mim? Um turbilhão de pensamentos afluíam em minha mente e nenhum deles me parecia bom. Por isso continuei minha busca incessante.

Passei o maior vexame da vida em certo momento quando avistei uma mulher cabelos vermelhos andando apressada para o interior da mansão Felton. Ela media quase a mesma altura de Ariel e vestia um vestido semelhante ao dela. Segui seus passos e a abordei  antes dela sumir no meio dos convidados que afluíam de dentro da casa. Contudo, para minha infelicidade, não era Ariel. À princípio, a mulher se mostrou muito chateada quando toquei seu ombro e a virei bruscamente para me encarar.

— Qual é a porra do seu problema, hein cara? — esbravejou ela irritada.

As poucas pessoas que prestaram atenção, lançaram olhares curiosos para cena, mas não se detiveram para continuarem assistindo o show.

Ligeiramente encabulado, me afastei da mulher e tratei de pedir desculpas.

— Sinto muito, de verdade, pensei fosse outra pessoa.

A mulher ficou parada, em silêncio por algum tempo, analisando-me com seus olhos desconfiados. A medida que ia me avaliando, sua expressão foi suavizando e um 'ar' malicioso foi tomando sua face.

— Ah, sem problemas, docinho. Não foi nenhum incômodo mesmo. — sua voz e seu modo de agir haviam mudado completamente. Ela deixou sua fúria de lado e adotou uma expressão sedutora para se dirigir a mim. — Está precisando de companhia? Não seria nenhum problema fazer companhia para um homem tão belo e gostoso assim como você. — e piscou.

Me vi surpreendido por aquela reação. O normal seria querer me xingar por eu ter atrapalhado seu caminho e não dar em cima de mim descaradamente. Maluca!

— Você está sozinho, não está?

— Na verdade não, procuro por minha irmã. Por isso abordei você. As duas tem a mesma altura e o cabelo da mesma cor.

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