29|Casey

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"Eu tenho tempo demais para estar tão machucadoAlguém ajude, está piorandoO que você faz com um coração partido?Quando a luz se apaga, tudo fica escuroMuito uísque no meu sangueEu sinto meu corpo desistirPosso aguentar por mais uma noite?O que eu ...

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"Eu tenho tempo demais para estar tão machucado
Alguém ajude, está piorando
O que você faz com um coração partido?
Quando a luz se apaga, tudo fica escuro
Muito uísque no meu sangue
Eu sinto meu corpo desistir
Posso aguentar por mais uma noite?
O que eu faço com todo esse tempo?"

Malibu Nights|Lany

O cheiro de whisky está por todo o ambiente

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O cheiro de whisky está por todo o ambiente. O cômodo se encontra escuro e a fumaça do cigarro que acabou de se apagar segue em volta de mim. Eu encho o copo mais uma vez, e viro tudo de uma só vez. Minha garganta nem arde mais com o contato da bebida forte, é como se ela já estivesse anestesiada com a quantidade de Álcool que eu ingeri essa noite.

Minha cabeça gira e meus olhos estão pesados, quase se fechando mesmo que eu não queira. Meu estômago reclama com a quantidade de bebida e por não ter comido nada o dia todo, mas nem isso me faz parar. Ao invés disso eu encho meu copo outra vez com o líquido amarronzado.

Meus pensamentos me sabotaram o dia inteiro e agora não é diferente. Fico repassando meu último momento com Luke, e como eu poderia ter evitado tudo.

A fala do padre segue girando pela minha mente e eu me pergunto se Deus está mesmo me testando. Porque se for isso, eu acho que não passei no teste.
Não consigo viver a minha vida como se nada tivesse acontecido, não consigo acordar pela manhã e fingir que Luke não está morto. Foi isso que eles quis dizer com que precisamos continuar a viver? Porque essa é única interpretação que eu tive. Que para continuar a viver eu devo esquecer de Luke, e eu nunca conseguiria fazer isso.

Aperto o copo de vidro na minha mão quando sinto a raiva me atingir.

Vasculho a gaveta da minha mesa em busca do maço de cigarros que Gabe deixou aqui da última vez. Jogo os papéis pro chão e continuo a minha busca desesperada para entorpecer meu corpo com a nicotina, ou envenenar, chame do que quiser.

Meus dedos trêmulos esbarram em um papel amarelado e fechado com um selo antigo. Meus olhos pinicam com lágrimas quando me dou conta do que é.

Puxo a carta velha pra fora da gaveta e a encaro como se ela fosse algum tipo de maldição.

Uma Última ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora