Voltei com mais um capítulo!
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Boa leitura!
Quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Os olhos de Taehyung ainda ardem quando ele enfim deixa o celular de lado, colocando-o para carregar por alguns minutos antes de sair, depois de passar a madrugada inteira o encarando o aparelho fixamente, como se Jeongguk fosse se materializar ali caso ele não desviasse o olhar.
Esperou por uma ligação enquanto voltava para casa naquele mesmo dia, fazia a lição de casa, almoçava com Seokjin, seguia uma Sejeong mal-humorada pelos corredores da escola, enquanto sentia a boca quente de Sicheng devorar a sua no banheiro do cinema, enquanto ouvia sermões da mãe por namorar uma menina tão grosseira quanto Sejeong e outros problemas. Dois dias tinham se passado e seu celular só tinha recebido ligações pragmáticas e profissionais de Kim Jisoo.
Depois dessas quarenta e oito horas longas e repletas de ansiedade, Taehyung resolveu dar o braço a torcer e finalmente ligar para Jeongguk, para pedir desculpas e talvez, admitir que tinha agido equivocadamente.
A atitude no estacionamento do cinema, por mais que inofensiva e verdadeira, tinha lembrado-o de momentos que viviam escondidos em sua mente por um lenço fino e transparente. Ele ainda não consegue esquecer-se dos altos e baixos em seu relacionamento com Hoseok, e às vezes mal consegue discernir os altos dos baixos.
Hoseok sempre foi um homem provocador e cheio de si, e Taehyung não se incomodava em ser submisso a ele e em aceitar suas exigências sem refutar. Ele costumava dizer que Taehyung era fofo quando implorava por qualquer coisa, e só assim realizava suas vontades.
Recordava-se das noites festivas no apartamento, quando Hoseok reunia seus amigos e Taehyung ficava acomodado em seu colo, como uma ave exótica em exibição num poleiro fechado, uma mão firme e territorial pousada em sua coxa deixava explícita a condição da ave: livre aos olhos e pensamentos tortos, mas proibido ao toque de mãos que não pertencessem ao seu dono. Ele fugia dos beijos de Taehyung como forma de punição por sempre atrair tantos olhares, e se Taehyung quisesse mesmo beijá-lo, teria que fazer por merecer.
Hoje, Taehyung não faz a mínima ideia de como era capaz de se submeter a esse tipo de tratamento, a ter que pedir permissão para beijar o próprio namorado, a ser beijado apenas quando ele tomasse a iniciativa. Mas o fato de estar livre já é suficiente para que ele não culpe o Taehyung de quinze anos. Ele ainda levaria um bom tempo até aprender a recusar quem estava disposto a lhe ofertar apenas o mínimo.
Ainda assim, ele podia jurar que tinha visto um sorriso sacana no rosto de Jeongguk quando ele se virou, negando o beijo, mas não sabia dizer até que ponto sua mente tentava — com sucesso — associá-lo a Hoseok e suas atitudes estúpidas. Entretanto, agora está arrependido de toda sua precipitação, da rapidez em julgar e desistir, e mal pode acreditar no quão mimado e irritante deve ter parecido na ocasião.
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Diamonds Don't Turn To Dust ❀*ೃ taekook;
FanfictionKim Taehyung tem apenas seis anos quando perde o pai, doze ao ter o coração partido pela primeira vez, quinze quando sofre sua primeira overdose. Precoce, problemático e frequentemente arrogante, ele é o motivo por trás das maiores dores de cabeça d...