Capítulo 13: Escolha

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Volteeeei, enfim! Como vocês estão?
Não vou mentir, a situação não tá boa pros Taekook ou pra qualquer um aqui T-T
Parte desse capítulo foi totalmente inspirada na música "right where you left me" da Taylor Swift, a mulher que simplesmente descreve muitas coisas que acontecem na fic e me inspira a escrever sofrência. Coloquei ela aqui em cima pra vcs ouvirem, junto com a foto do retrato do bebê Terry, pintado pelo próprio pai dele!
Boa leitura! Talvez um lencinho seja necessário...? (foi pra mim) ❤️




Quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Taehyung chega em casa relaxadamente, com sua quarta lata de cerveja em mãos, esperando tudo e, ao mesmo tempo, nada.

O teto não cai sobre sua cabeça assim que ele entra, e para ele, parece suficiente simplesmente estar vivo, ainda que essa sensação dure por pouco tempo. Não está satisfeito, e sim, muito consciente de seus próprios pensamentos.

Ele joga a mochila vazia sobre o sofá da sala, e nota a escuridão da casa rapidamente, proveniente das janelas e cortinas estranhamente fechadas logo após o almoço.

Quando ele atravessa a sala de jantar e encontra a mesa limpa e vazia, não deixa de achar um pouco estranho. A mesa nunca é tirada até que ele chegue em casa ou avise que já almoçou fora, ordens explícitas de Seokjin para impedir que ele pule qualquer refeição. As ordens são passadas para sua mãe, que no que lhe concerne, passa-as para a Sra. Jung, mas nenhuma das duas parecem estar ali, visto o estado de abandono da casa.

— Ótimo. Sem comida para você hoje, Terry.

Sem ter o que fazer no andar inferior, ele sobe as escadas vagarosamente em direção ao seu quarto, contemplando cada degrau pisado por seus pés como se nunca tivesse passado por ali antes.

Tae, tome cuidado para não cair! Temos a tarde inteira livre, então não precisa correr.

A cada degrau, uma voz familiar crepita no fundo de sua mente, fazendo com que ele se encolha instintivamente.

Já vi você, Taehyung. Além de mentiroso, virou bisbilhoteiro também?

A cada degrau, uma lembrança de momentos vividos no topo da escadaria se desenrolava em sua mente. Embora ele estivesse no topo, sempre se sentia inferior a quem estava lá embaixo, observando-o com carinho, desprezo, perversão. Desde pequeno, soube que não era bom o suficiente para estar confortável com os heróis, muito menos maldoso o bastante para enfrentar os vilões.

Embora ele estivesse no topo, não conseguia encará-los nos olhos, com medo do que encontraria neles.

Não consigo encontrá-lo, Joo. Acho que ele se escondeu de mim.

Taehyung aperta o corrimão com força e aperta o passo, correndo em direção ao topo, momentaneamente assustado com o quão alto consegue escutá-los em seus ouvidos. Lá em cima, ele não consegue evitar lançar um olhar para baixo, suspirando ao confirmar que esteve sempre sozinho, e que isso não mudaria tão cedo.

Dali, ele consegue ver diretamente uma linda pintura de tamanho médio pendurada no alto da parede da sala de estar. Era a pintura de um menino, datada de 1996, feita por Kim Jaebeom em cinco noites de insônia e dores insuportáveis. A pintura não refletia a dor que ele sentiu por meses a fio, nem seu sofrimento causado por tantas sessões inúteis de quimioterapia: tudo o que estava visível ali era seu zelo, seu afeto imensurável.

O menino da pintura tem um rosto adorável em uma expressão neutra, olhos atentos e lábios formando uma linha, detalhes pintados em cores frias. Apesar de ter naturalmente cabelos dourados, na pintura, cachos escuros e azulados emolduravam sua face infantil e sua pele corada, como a de um pequeno anjo. Por fim, os olhos cinza pareciam quase brancos àquela distância, dando um ar vagamente sombrio à criança.

Diamonds Don't Turn To Dust ❀*ೃ taekook;Onde histórias criam vida. Descubra agora