Kim Taehyung tem apenas seis anos quando perde o pai, doze ao ter o coração partido pela primeira vez, quinze quando sofre sua primeira overdose. Precoce, problemático e frequentemente arrogante, ele é o motivo por trás das maiores dores de cabeça d...
VOLTEI finalmente mds achei que nunca ia terminar este aqui (!) Na verdade, eu escrevi metade dele bem rápido, mas o confronto dos Taekook me deu muito trabalho, eles tinham muita coisa a dizer um para o outro e no fim, nem 1/3 foi dito... O que eu mais queria ao escrever Diamonds era fazer meus leitores se emocionarem, sentir qualquer coisa que eu transmitisse, mas é em capítulos como esse, com uma carga emocional grande, que eu me questiono se realmente tô realizando meus objetivos. Espero que vocês sintam algo,,, Enfim, nesse capítulo vocês vão saber quem é, realmente, um personagem muito importante aqui, embora ele não seja introduzido como o Hoseok </3 Espero que gostem desse capítulo enooorme, e me deixem saber se vocês estão gostando :3 Boa leitura ❤️
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Domingo, 19 de outubro de 2008
Dentro da van, não era possível ouvir nada além dos soluços resignados de Taehyung, que tentava a todo custo conter os sons exasperados que sufocavam sua garganta. Jisoo observava-o do banco do motorista, apreensiva, sem saber o que acontecia ou o que dizer para confortá-lo.
Embora ele estivesse mais silencioso do que estava durante a ligação, as lágrimas não cessavam, pendurando-se em seu queixo fino, pingando como gotas de garoa, enquanto a mão direita mexe incansavelmente na pulseira de cobre em seu pulso vacilante. O tremor em seus ombros e a pressão que os dentes faziam sobre os lábios feridos também não eram imperceptíveis, e Jisoo queria perguntar o que tinha lhe deixado em tão péssimo humor, mas acreditava que a intimidade entre eles era inconsistente e indesejada por Taehyung, assim como os doze anos de relação acumulada.
Ela só podia ficar calada, esperando ele tomar a iniciativa, caso realmente quisesse falar. Por mais que julgasse Taehyung como um jovem incompreensível e irresponsável muitas vezes, entendia que ele não queria dividir sua intimidade com ela, pois eles não eram amigos ou parentes, e Jisoo já sabia demais, sabendo de tudo.
Conhecendo o desconforto dele, por ser testemunha de tudo de ruim que ele já viveu, Jisoo se distanciava, exercendo somente o papel de gerente mandona e controladora, fingindo não lembrar de suas internações, de seus colapsos nervosos, de todas às vezes em que ele dormiu ao colo dela, esgotado por tanto chorar, sentindo-se seguro com o calor do corpo de uma pessoa que estava realmente disposta a protegê-lo.
Assim, ela dirige até Mapo-gu sem perguntas, repreensões ou piadas sarcásticas, acendendo um incenso de amora, quebrando o silêncio apenas para avisar a seu marido que Taehyung estava indo para casa, e que ele deveria arrumar a casa para recebê-lo. Jisoo não diz o que realmente quer dizer, receando induzir qualquer aversão à Taehyung, mas ele não escuta uma palavra sequer, perturbado pelos próprios pensamentos, pela dor causada pelos soluços.
Quando chegam enfim ao apartamento, afogados em um desconforto terrível, demoram alguns minutos até saírem da van. Taehyung, tão perdido, ainda não percebe que chegaram, somente despertando quando Jisoo abre a porta do lado dele, estendendo a mão para ele descer.
