15 ★

186 23 99
                                    

N/A: Não esqueçam de clicar na estrelinha!


— Madrinha de casamento? — Me virei incrédula para olhar para a dona da voz que estava atrás de mim.

— Eu ia te perguntar quando voltasse de viagem. Ia fazer até um jantar e um pedido formal, mas fiquei empolgada e soltei logo. — Ela ria enquanto me abraçava pelos ombros me levando para dentro do apartamento.

Eu estava em choque, não sabia o que falar ou fazer, apenas a olhei querendo respostas para aquela baboseira toda.

— Aurora é uma amiga de infância do Mark, depois de alguns anos sem se verem, eles descobriram que eram vizinhos, dá para acreditar mamãe? — Lihua deixou a mala de rodinhas no canto perto da porta e foi abraçar a mãe — Ele nos apresentou e agora somos boas amigas.

Bem, isso estava longe de ser verdade.

— A única que você tem então, porque nunca te vi com amigas. — O pai dela apareceu vindo da cozinha com um copo de água na mão.

O velho até que era bem bonito, tinha cabelos grisalhos e um corpo extremamente musculoso que ficava a amostra através de sua apertada camisa polo.

— Que isso, papai? Eu não sou a pessoa mais sociável do mundo, mas tenho amigas. A Aurora mesmo é a prova viva disso, não é 'amiga'?

— Claro, 'amiga' — Essa palavra nunca saiu tão estranha da minha boca como agora.

Procurei alguma explicação do Mark, mas encontrei apenas suas costas. Ele estava na varanda, virando uma taça de vinho.

— Eu escutei você dizendo para o meu genro que tinha se decidido sobre algo, o que foi? — A Senhora Fen questionou com curiosidade.

Agora a chamaria de Fenfoqueira.

— Bem, era sobre... — Eu não conseguia inventar uma boa desculpa assim na hora, sempre fui uma péssima mentirosa.

— O casamento. Com toda certeza era sobre isso, ela está nos ajudando a escolher as roupas. A Aurora tem um ótimo sendo de moda. — Lihua era uma mentirosa de primeira, mas eu estava grata por ela está me tirando dessa enrascada.

— Isso, as roupas. Encontrei uma loja muito bonita para vocês provarem o vestido e o terno. — Menti, tentando me aproximar da porta para poder fugir dali.

A mentira saia tão estranha dos meus lábios que eu tinha medo de que a qualquer momento eles percebessem e descobrissem que na verdade eu estou ali para roubar o genro querido deles.

— Ótimo, querida, amanhã mesmo podemos conhece-la. Não é, querido? — A Fenfoqueira disse.

— Claro, meu maior sonho é ver minha linda filha de noiva. — O velho bonitão, não parecia ser tão bom em mentir, ou na verdade não fez questão de mostrar que era mentira.

— Ah claro, papai! Vamos fingir que é isso mesmo. — Lihua o olhou de lado.

Aquele lugar estava ficando com um clima pesado, talvez seja minha deixa.

— Genro, por que não me conta como conheceu essa sua adorável amiga? — Porque eu sentia que ela estava sendo mais falsa que nota de 3 reais?

— Não é uma história tão interessante assim, 'sogra' — A palavra sogra parecia ter um gosto horrível em sua boca porque ele a proferiu como se estivesse falando um xingamento.

A pequena senhora foi me empurrando até que eu sentasse no sofá a sua frente.

— Acho que ele está com vergonha de contar sobre o passado. Então porque você não me conta, querida? — Ela pegou uma xicara de chá que estava manchada de batom vermelho da mesma cor dos seus lábios, provavelmente ela já consumia aquele líquido antes mesmo de eu chegar.

PHASES 2.0 ★ Mark Tuan ★Onde histórias criam vida. Descubra agora