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N/A: Não se esqueçam de clicar na estrelinha para ajudar a pobre escritora aqui. 


MARK POV

Me surpreendi ao ver o Jinyoung na minha porta e ainda mais me pedindo desculpas. De fato, não era algo que eu tinha pensado ser capaz de acontecer depois de nossa briga de hoje. Na verdade, nunca se quer cheguei a imaginar essa cena.

Jinyoung era o mais orgulhoso de todo o grupo, raramente admitia que estava errado e, com menos frequência ainda, pedia desculpas.

Ele sentou na minha sala e me explicou o que tinha acontecido com sua parceira de trabalho. Eu nunca o tinha visto tão sincero como agora. Jiny me disse sobre o que tinha conversado com a Aurora assim que eu saí e como ela foi incisiva ao dizer que se ele não melhorasse, ela o deixaria pra sempre.

E nisso, eu não me surpreendi. A Aurora sempre foi decidida e nunca deixou com que ninguém pisasse nela.

Jinyoung parecia de fato arrependido e depois de duas cervejas ele voltou para o apartamento da princesa.

Passei a noite pensando em tudo isso e se aceitaria ou não o que ele propôs para o dia seguinte. Era sábado, acho que não teria mal em sair um pouco com um velho amigo e conhecer mais a cidade, mesmo esse velho amigo querendo encher minha cara de soco a cada 20 minutos.

Após meus exercícios matinais, tomei um banho e vesti uma calça cargo de cor verde militar, uma blusa folgada branca e um boné também branco. Roupas confortáveis que eu amava, mas que eu não usava a um certo tempo. Meu trabalho não me deixa andar com roupas não formais e nem a Lihua. Ela sempre diz que para estar perto dela, eu tenho que estar pelo menos com roupas passadas impecavelmente e um bom e caro relógio no pulso.

Assim que eu botei uns pães na torradeira escutei a chave girar na fechadura, olhei na direção da porta a tempo de ver minha noiva entrando, com a cara mais lavada do mundo, como se não tivesse passado mais uma noite fora.

- Bom dia. – Falei assim que ela fechou a porta atrás de si.

- Bom dia. – Ela respondeu roubando uma de minhas torradas.

- Ei, isso é meu.

- Tudo aqui é nosso, querido noivo.

- Não preciso nem perguntar onde você esteve a noite toda, já que esses dois chupões que você está no pescoço já responde todas as minhas perguntas.

- Onde? – foi correndo para o espelho que ficava do outro lado da mesa. – Eu pedi pra o Yin e o Yan não me deixar marcas dessa vez.

A xicara de café que estava indo em direção aos meus lábios voltou para mesa e minha cara se contraiu em desgosto que não fiz questão de esconder e ela de notar.

- Para um estadunidense liberal, até que você tem muitos tabus não é mesmo? – ela me encarou com deboche pelo espelho.

- Lihua, eles são irmãos... gêmeos.

- E daí? Se eles gostam de dividir a mesma mulher e essa mulher, no caso eu, adora os dois também, não vejo problema nenhum.

Mordi minha torrada com geleia de frutas vermelhas, ainda com uma careta no rosto. Era a vida dela, então não podia fazer nada mesmo se eu fosse contra.

- Além do mais, eles são ótimos juntos. Você precisa ver a...

- Não preciso, não.

- ... sintonia, como se eles se completassem.

- Desnecessária, muito desnecessária essa conversa. Acho que prefiro quando você fica calada o dia todo. – Olhei para janela que ficava em frente a mesa que fazemos as refeições e me remexi na cadeira completamente desconfortável com o assunto. Lihua e eu não temos conversas desse tipo, para ser sincero nossa única conversa é sobre trabalho ou quando ela se mete onde não é chamada.

PHASES 2.0 ★ Mark Tuan ★Onde histórias criam vida. Descubra agora