Umbrella

So what you trying to do to me

Harry pov

Exatamente 1 hora e 57 minutos depois estávamos entrando em Staten Island.

Nasci e cresci aqui, só sai mesmo quando fui fazer a faculdade e apesar de amar minha cidade natal eu não penso em voltar.

Meus pais durante o namoro viajaram muito e quando decidiram se casar optaram por Staten Island, e nunca mais saíram daqui.

Draco estava visivelmente nervoso, e isso era algo muito engraçado de ver. Suas mãos ficavam tamborilando no volante e ele ficava cantando a música que tocava no rádio.

-She not with him tonight - ele cantarolava - She not with Jim tonight, she in the gym tonight.

Faltava alguns quarteirões para chegarmos na casa dos meus pais.

-Anjo? - chamei sua atenção - Já estamos quase em casa, não é melhor trocar de música?

Ele ficou alguns segundos em silêncio prestando atenção na letra e quando percebeu arregalou os olhos desesperado.

-Certo, certo - começou a mudar as músicas rapidamente - Essa não... - ele esperava alguns segundos - Nem essa...

-Acho que não precisa de música - disse para tentar acalma-lo.

-Certo... - ele desligou o rádio - Sem música então.

Olhava para o lado oposto para que ele não me visse rindo do seu desespero.

Segurei sua mão tentando passar alguma calma e conforto, e ele me olhou agradecido. E isso funcionou, pelo menos por alguns minutos.

Assim que viramos a esquina demos de cara com a minha mãe e meu pai sentados em frente de casa. Minha estava sentada em um murinho que tinha em volta e meu pai estava em uma cadeira de balanço.

"Limpando" sua arma.

Draco estacionou e limpou a garganta.

-Por que seu pai tem uma arma? - perguntou baixinho enquanto pousava a cabeça no volante.

-Ele é policial - ele se virou para mim bruscamente - Calma, ele só está fazendo isso para te assustar.

-E ele conseguiu! - respondeu exacerbado.

Minha mãe começou a encarar o carro estranhando que ainda não tínhamos descido. Apontei Draco e depois apontei meu pai e sua arma.

Ela sabiamente bateu no ombro do meu pai e indicou a porta. Meu pai ainda ficou resmungando alguma coisa até se ver vencido, levantou e entrou para casa, cabisbaixo.

-Amor presta atenção em mim - tirei o cinto para que pudesse ficar de frente para ele - Eu sei que eu sou seu primeiro namorado, e eu nem consigo imaginar como você deve estar se sentindo agora - ele suspirou e assentiu para que continuasse a falar - Não vou mentir para você...

-Porque não fazemos isso um com o outro - ele complementou.

-Exatamente - acariciei seu rosto - Essa é a pior parte... Conhecer os pais, mas passa! E também não vai durar muito - ele arqueou o cenho em confusão - Quando eles virem os presentes vão te amar mais ainda - ele deu um sorriso de nervoso.

-E você não queria que eu comprasse - Draco resmungou fazendo um bico muito fofo.

-Pois é - ri da reação dele - Mas olha - apontei para minha mãe e meu pai, que tinha guardado a arma - Minha mãe fez ele guardar a arma!

-Sua mãe é muito legal - ele dizia baixinho.

-Ela é - continuava acariciando seu rosto - Meu pai também, ele só está agindo assim porque... Sei lá porque - ele riu, finalmente!