capítulo dezessete

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Sina M. Deinert-Urrea

Desde a confissão de Noah na noite passada, não tinha conseguido pregar o olho em nenhum momento, minha mente revirava a todo segundo e eu queria saber o porque da sua mudança de comportamento tão repentina.

Eu pensei em todas as possibilidades possíveis durante essa madrugada e não cheguei a conclusão alguma, toda vez que eu lembro de suas palavras e de como ele olhava no fundo dos meus olhos enquanto as dizia.

Não poderia dizer que ao ouvir tudo aquilo, meu coração não acelerou de um modo impressionante, seria um eufemismo não falar que minhas pernas ficaram bambas. Tudo o que Noah falou ontem era o que eu queria ouvir a muito tempo, mas depois de várias ignorâncias, mal tratos e ouvir tantas vezes que ele nunca me amaria.

Em hipótese alguma teria como acreditar que do nada ele simplesmente resolveu dar uma chance a esse casamento. Depois de tudo que minha prima me contou, sabia que não seria fácil conquistar o coração do homem que eu aprendi a amar.

Sim aprendi, mesmo ele não merecendo nenhum um pouco do meu afeto, eu consegui me apaixonar por ele. E ver Noah na noite passada com a pequena Nora no colo, me fez ficar ainda mais apaixonada o jeito que ele tratava a garotinha e os sorrisos sinceros que ele dava para ela, fez meu coração se aquecer. Um dos meus maiores medos, era ter um filho com Noah e ele não amar o nosso bebê. Eu não queria colocar um filho no mundo e não proporcionar a ele todo o amor que eu recebi quando era pequeno. Me lembro de todas as vezes que caia e me machucava, mamãe sempre estava lá para me ajudar a levantar e cuidar de mim, ela me oferecia sorrisos e abraços quentinhos.

Ursula Beauchamp foi a melhor mãe que eu poderia ter, ela cuidou de mim e de minhas irmãs com toda a devoção possível, não tínhamos dias tristes com sua presença iluminada.

Lembrar dela me trás tristeza e conforto, eu fiquei ao seu lado por todo o tratamento e vi ela ser uma verdadeira guerreira para enfrentar tudo o que passou, com essa maldita doença. Lembrar de toda a minha infância com minha mãe é muito doloroso ainda e me faz querer chorar. Eu a queria aqui para me aconselhar neste momento, não sabia o que fazer exatamente tinha dado a chance para Noah e no meu interior, algo me dizia que essa decisão era a correta.

Ouço alguém bater na porta e dou permissão para entrar, era a empregada que Noah mantinha aqui e eu agradecia por isso, não sou a maior fã de serviços domésticos, eu sei realizar as tarefas, porém não gosto.

- Senhora Urrea, o Boss pediu para entregar isso - Ela me entregou um enorme buque de amor perfeito, eu amava demais essa flores e sorri quando as recebi.

- Obrigada - Eu não vou mentir, tinha ficado muito surpresa, jamais imaginei Noah me enviando um buquê de flores tão lindo assim Quando a empregada saiu, eu me sentei na cama e comecei a procurar por algum bilhete ou algo do tipo. Encontrei um pequeno cartão entre dois pequenos botões de flores.

Era pequeno, mais pela letra que tinha nele foi escrito por Noah.

"Baby estou te convidando para uma noite inesquecível, fique pronto às oito da noite, caso não queira ir me ligue e eu desmarco o que planejei para nós dois.

Ass: Noah Urrea"

Eu mordi meu lábio quando um sorriso maroto dançou entre meus lábios, estou curiosa para saber o que ele planeja para me conquistar. Depois de algo tão simples e bonito, começava a perceber que eu poderia está certo em dar uma chance ao Noah.

Peguei meu telefone no criado mudo que fica ao lado da cama e mandei uma mensagem para ele, agradecendo as flores e confirmando minha presença no jantar.

𝗖𝗛𝗢𝗢𝗦𝗘 𝗕𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘, noart Onde histórias criam vida. Descubra agora