capítulo vinte e quatro

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No outro dia, pela manhã.

É meio estranho acordar no meu antigo quarto, as paredes bege abraçavam a luz solar que vinham das janelas, as cortinas eram leves e não impediam o sol de chegar até o meu rosto. Eu tinha esquecido de acionar as cortinas mais pesadas para que a luz do sol não entrassem e me acordasse tão cedo.

Eram seis e meia da manhã, ou seja, hora de colocar meu plano em prática, papai acordava às sete, faça chuva ou sol. Levantei da cama em um pulo e corri para o banheiro, tomei uma ducha quente rápida e escovei os dentes, no meu closet ainda tinham algumas peças de roupas, escolhi uma roupa simples, provavelmente eu voltaria para a base hoje. Peguei uma calça de moletom e uma blusa com mangas brancas, passei um perfume e alguns hidratantes de pele, peguei meu celular, coloquei no bolso da calça moletom e fechei a porta do quarto, eu desci as escadas centrais depois de passar pelo corredor e dei entrei na próxima passagem que dava para cozinha.

As empregadas da casa começava a preparar o café da manhã, pelo que pude ver papai tinha trocado de funcionários mais uma vez, provavelmente ele fodeu com a empregada novamente e teve que se livrar dela.

- Bom dia, eu sou a Sina - Cumprimentei todas, que pararam por alguns momentos seus afazeres para se apresentarem para mim.

- Eu gostaria de usar a cozinha por um momento, para preparar um prato especial para o meu pai se não se importarem - Eu peço com a minha carinha de anjo e nenhuma delas consegue recusar.

Começo a preparar um prato que minha mãe fazia muito para papai e ele sempre amou, quando dona Ursula queria descobrir alguma coisa ou até mesmo ganhar algo muito caro, esse prato conseguia tudo em um estalar de dedos, as famosas panquecas de bacon com musad, que é um molho secreto dos Beauchamp, faz sucesso por onde passa.

Olho o relógio e vejo que falta quase meia hora para que meu pai desça para o café, sorrio e trato de colocar a mão na massa, esquento a maquina de panquecas enquanto começo a preparar minha massa secreta e o meu segredo era a mistura de temperos árabes que eu misturava na massa ainda crua.

Quando as panquecas ficaram prontas, eu adicionei açúcar mascavo nas tiras de bacon e fritei em fogo baixo, enquanto preparava o musad. As empregadas começaram a arrumar a mesa na sala de estar e a colocar os outros pratos favoritos de minha irmã na mesa. Acabei fazendo algumas wrap de vegetais salteados e um suco de laranja natural para acompanhar, afinal eu não comia nada de origem animal a muito tempo.

Terminei o meu prato e levei em direção a sala de jantar, agradeci a Eliana e Mariana pela ajuda que elas me deram, e me sentei na cadeira que pertencia a minha mãe para esperar o meu pai.

Ouvi alguma passos vindo da sala de estar e a típica voz ativa de papai, coloquei meu melhor sorriso do rosto, e me preparei para as perguntas que faria e as tentativas de meu querido pai de escapar de cada uma delas.

Ele entrou na sala, imponente como sempre seu terno alinhado junto com seus cabelos arrumados e o típico óculos escuros no rosto, em seu terno a marca da arma calibre 32 prata, que foi passada de geração em geração por toda a família Deinert.

- Bom dia, minha menina - Papai me deu um beijo em minha testa.

- Bom dia papai, dormiu bem? - Pergunto enquanto me sirvo e ele se senta.

- Dormi sim filha, vejo que preparou o meu prato favorito? O que está aprontando Sina? - Papai levantou a sobrancelha para mim, eu continuei comendo minhas frutas com mel e granola.

- Quero algumas respostas, sobre tudo e creio que o senhor é a pessoa indicada para fazer isso por mim, afinal sabe que e a pessoa em que confio e não mentiria jamais para mim - A minha voz saía doce e vejo que a reação de papai vacila um pouco, sinal claro que ele esconde algo que o está matando por dentro.

𝗖𝗛𝗢𝗢𝗦𝗘 𝗕𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘, noart Onde histórias criam vida. Descubra agora