capítulo vinte

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Noah J. Urrea

Minha respiração estava forte e minha mente conturbada, eu só conseguia enxergar tudo em vermelho a raiva me cegava de um jeito enorme, o meu lado ruim tinha despertado e isso era algo que eu não queria que acontecesse ainda.

Eu andava em direção a sala de reunião, onde todos os meus conselheiros me esperavam, Marco estava aqui também junto com minha mãe, recentemente eu e ele tivemos uma discussão que não acabou muito bem, temos pontos de vista diferentes, porém embarcamos num propósito juntos e agora teremos que ir até o fim para que se realize.

A porta da sala foi aberta por um soldado que estava de guarda da sala, eu entrei e fechei a porta com a chave. Na sala continha isolamento acústico, então seria impossível ouvir qualquer coisa por ela.

Todos os meus conselheiros estavam sentados em volta da mesa redonda, deixando a cadeira central vazia, já que era o meu lugar. Ron Beauchamp ficava a minha direita e Krystian Wang a minha esquerda, eles eram meus homens de confiança por assim dizer. Krys tinha sido escolha minha e Ron de meu pai, eu quis mantê-lo por perto para que tudo desse certo.

-Boa noite, todos já sabem o motivo de estarmos aqui, creio que esse último assalto tenha sido sinal claro o suficiente que os portugueses estão querendo guerra com a nossa família, se é isso que eles querem, é o que vamos dar a eles. Primeiro temos que localizar os assaltantes e a nossa carga roubada, a última carga que eles roubaram não conseguimos recuperar o que nos rendeu um enorme prejuízo. A parti de hoje um dos conselheiros e mais 15 homens vão supervisionar cada carga que chegar no porto, até o nosso galpão e se certificar que ela chegará intacta -A minha voz dava indicação que eu não permitiria ser desafiado, cada conselheiro que eu tinha, vinha com uma especialidade diferente e eu iria usar isso para matar cada infeliz que eles mandassem, até o confronto final onde eu mataria Luiz.

Eu mesmo mataria o infeliz com minhas próprias mãos, quero sentir seu crânio parti entre meus dedos enquanto olho em seus olhos e mostro a ele a força do diabo inglês.

-Boss? -Krystian me chama enquanto mexe no celular, provavelmente ele conseguiu rastrear a carga.

-Onde está? -Sou direto, eu mesmo recuperaria a minha carga com alguns soldados de confiança.

-Está indo em direção ao Sul, mais precisamente para os Camptons -Os Camptons era uma divisa entre Londres e Itália, seria mais fácil eles passarem por lá.

-Ligue para Mateo e peça para que ele feche a fronteira, e coloque alguns soldados para interceptar, ele me deve um favor -ordeno e Krys cumpre o que eu mandei ele fazer.

-A reunião está encerrada por agora, depois decidiremos quem ficará responsável por cada carga. Por instantes podem ir para as suas casas, estão liberados -Os conselheiros me cumprimentam e começam a sair da sala, somente Krys e Ron ficam a espera de ordens.

-Mateo concordou em fazer o favor, quando partimos? - Eu nego com a cabeça, Marco está no fundo da sala a espreita esperando para ver o que farei.

-Eu irei sozinho, Krys quero que fique aqui administrando as coisas e você Ron leve Sina para casa, e preferível que ela fique na mansão Beauchamp onde estão suas irmãs. Enviarei 20 dos melhores soldados para cobrir todo o perímetro. -

-Boss - Krystian tenta contestar, ele não aprende.

-Está decidido, eu irei sozinho -Grito para que eles entendam de uma vez.

-Leve dez soldados, não coloque tudo a perder agora -Marco se pronuncia pela primeira vez, seus olhos afiados me olham como se quisesse que eu o obedecesse.

- Krys escolha dez dos soldados mais fortes, e mande os outros para cobrir o perímetro da casa Beauchamp, em vinte minutos irei partir, quero duas suv a postos com os melhores atiradores e as melhores armas

-Dou a última ordem antes de sair.

Nem me dou o trabalho de avisar a Sina que ela irá com o pai, eu sei que ela ouviu cada detalhe da conversa e o que eu menos preciso nesse momento é de ver ela com alguma preocupação, tenho um objetivo e preciso cumprir com êxito para que meus próximos passos sejam ainda melhores.

Eu corro até o andar abaixo em que me encontro e desço mais dois lances de escadas até chegar ao armazém, eu pego um colete antibalas, duas Glock e uma arma de longo alcance com visão infravermelho, escolho mais algumas para os soldados que vão me acompanhar e entrego a eles, junto com coletes.

Por mais que eu tenha ordenado a Krystian que enviasse vinte dos meus melhores homens para a casa de Ron, eu preferia ir até os soldados e relembrar a eles, o que aconteceria caso a minha esposa tivesse algum arranhão. Sina era muito preciosa, por mais que fosse muito inteligente, forte e decidida, ela tinha que ser protegida acima de todos.

Sina é minha consorte e a mulher que estará a frente de tudo isso, caso eu morra em algum momento, ela será treinada, então deverá ter o dobro de proteção e não ser deixado de lado em nenhum momento. A prioridade sempre será da minha loirinha, ela está no topo da cadeia, e não importa quem eu tenha que matar, Sina vai cumprir o propósito dela, nem que para isso eu mesmo tenha que morrer.

-see you later-

3/5

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