capítulo doze

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Aviso: personagem nova na área.

Sina M. Deinert- Urrea

Enfim eu era uma mulher casada, a aliança em meu dedo comprovava isso, eu mantinha um falso sorriso no rosto enquanto era meio que obrigada a cumprimentar todos os convidados.

Mal podia sentar que alguém aparecia para uma conversa ou até uma dança, era uma tradição da máfia o consorte dançar com os conselheiros. Eu não me aguentava mais direito sobre minhas pernas, quando Krys e Bailey apareceram, eles meio que me sequestraram para dentro da casa dos Urrea, mais precisamente para a cozinha, eu estava morta de fome.

Quando cheguei na cozinha Sofya, Sav, Tay, papai e Wendy estavam lá, conversando e bebendo. Me apressei a sentar e logo vi um suculento prato de arroz com brócolis e legumes salteados, um dos meus pratos favoritos, um copo de sumo natural de laranja foi posto em minha frente e eu nem me dei ao trabalho de conversar com as pessoas ao redor.

- Boo por mais que eu queira livrar você dos abutres, seu marido daqui a pouco estará te caçando - A voz de Krys quase me fez perder o apetite, quase porque a fome estava bem maior.

Eu devorei aquele delicioso prato em segundos, e ainda consegui comer alguns doces que eu tinha escolhido para o casamento, todos eles estavam mais que perfeitos.

- Nossa como você cresceu minha bebezinha-
Peraí', essa voz eu a reconheceria em qualquer lugar.

Me viro quase que desesperado para a dona da voz e lá vejo, uma das mulheres que mais me ajudou depois da morte da minha mãe, a minha prima, era filha da irmã da minha mãe, que também já faleceu. Por ela já ter passado pela a mesma dor que eu sentia naquele momento, soube me ajudar melhor do que ninguém.

- Mel - As meninas gritaram e se jogaram em cima da minha prima, ela ostentava um lindo sorriso no rosto, sua pele morena e lábios pequenos, junto com seu cabelo volumoso cacheado e castanho, harmonizava com o lindo vestido azul Royal, que era bem folgado para o seu gosto pessoal.

Quando as meninas se afastaram, meu pai se aproximou para cumprimentar a minha prima, afinal além dela ser da família ela era da máfia brasileira, a consorte do capo, porém todos sabiam que Henrique não dava as ordens por lá e sim Mélanie, essa sabia dobrar qualquer pessoa a sua vontade, além de ser a melhor atiradora que eu conheço, melhor até que Noah.

Se ele achava que era frio foi porque não conheceu a própria nevasca, era assim que a chamavam, ela não tinha pena de qualquer pessoa que ousasse entrar no seu caminho, Mélanie protegia a mim e as minhas irmãs a qualquer custo e olha que ela só era dois anos mais velha do que eu, Mel tem a idade de Sofya.

- Hey boo, podemos conversar um pouco a sós? - Ela pergunta com um lindo sorriso no rosto, ninguém em plena sã consciência diria que essa menina doce e extremamente perigosa, quando mexer com quem ela ama. Ela colocou a mão nas minhas costas e fomos caminhando para dentro da casa, eu não conhecia muito bem a mansão Urrea, mais sabia onde ficava a imersa biblioteca deles. Subimos as escadas e demos de frente a um daqueles corredores que selaram minha vida à anos atrás.

Peguei a mão da minha prima e levei ela até a porta correta dessa vez, Mélanie trancou a porta e me indicou o lugar em que eu deveria sentar, ela preferiu ficar em pé e estudar o local, como eu sei que ela sempre faz.

- Desembucha Sina, eu não cheguei a tempo de impedir essa burrada de casamento, mais posso te tirar dele - Eu deveria saber que somente isso tiraria Mélanie do Brasil e a traria a um país onde ela rejeitou uma aliança.

- Mel, por favor eu te imploro não comece uma guerra com a máfia inglesa por minha causa, está tudo bem e quem sabe em algum momento Noah pare de tentar se afastar de mim e dê um pé da bunda de maya e me ame do jeito que eu o amo - Eu implorava para a minha prima.

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