capítulo dezoito

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Sina M. Deinert-Urrea

Chegamos no local e minha boca se abriu em surpresa, era esplêndido, eu realmente estava sem palavras. O restaurante era lindo um pouco longe do que eu era acostumado a ir, ele era em frente ao big beng, era muito chique e tinha aberto a pouco tempo, segundo Noah, Krystian tinha tentado uma reserva a algumas semanas, porém só conseguiu para daqui a seis meses, sendo que Krys além de ser milionário é um conselheiro da máfia.

O enorme arco de flores na entrada do restaurante dava um ar completamente romântico, o gramado era verde e bonito, as estrelas no céu terminava de compor a atmosfera simples e requintada, Noah optou pela parte do restaurante que era ao ar livre e eu agradeci tanto por isso, a noite estava muito linda para desperdiçar dentro de um lugar fechado qualquer.

E sei que ele escolheu esse lugar também porque seria mais fácil para fugir e se defender caso algo aconteça. Noah colocou a mão nas minhas costas enquanto um metre nos acompanhava para a nossa mesa. A mesa escolhida era um pouco distante das outras o que nos dava uma ótima privacidade para conversar.

Noah puxou a cadeira para mim, num ato de cavalheirismo e eu lhe ofereci um sorriso em forma de agradecimento. O metre foi dispensando depois que entregou a carta de vinho e um garçom se aproximou.

Eu e Noah optamos por escolher pratos clássicos, eu solicitei uma massa a carabina e meu marido um risoto de frutos do mar, agradeci aos céus por esse ser um daqueles restaurantes que servem todos os tipos de comida. Para beber Noah pediu um suco de laranja, ele estava dirigindo e se tem algo que o boss é, é responsável.

Para não ter que pedir um vinho e beber sozinho, pedi um suco de morango para o momento. Quem sabe na hora que o prato principal chegar eu não beba um vinho.

-Sina? -Noah me chamou e a sua voz rouca me fez ter pensamentos não muito puros.

-Sim? - Eu respondi mordendo os lábios.

-Está belíssima essa noite - Ele quis fazer um galanteio, e eu resolvi aceitar de bom grado. Poderia até fazer Noah pagar por tudo o que me fez passar desde que voltei, principalmente com a vadia da Danielle, mais do que adiantaria? Entraríamos em guerra e isso era a última coisa que quero.

-Obrigada, e devo dizer que ficou ainda mais bonito sem barba -Eu sorri com a língua entre os dentes para ele.

-Não me provoque furacãozinho, estou tentando fazer as coisas direito - A ameaça de Noah sai como qualquer coisa, menos como ameaça.

- Vai ter que aguentar Boss, jogos de sedução fazem parte de um encontro -Nessa hora o garçom chega coma nossos sucos e entrada. Noah e eu começamos a comer em um silêncio bem agradável.

-O que você acha de um jogo então? -Noah me pergunta, após limpar seus lábios no guardanapo.

-Que tipo de jogo? -Eu estava terminando minha salada ceasar, que por sinal, estava esplêndida.

-10 perguntas, podemos perguntar o que quiser um do outro -Ele jogou a isca e esperou para ver a minha resposta.

-Em casa, enquanto tomamos um whiskey, jogaremos é mais seguro- Repondo quando termino de engolir a última garfada de salada.

-Me diga algo Sina, para isso aqui funcionar eu preciso saber, você realmente me ama?-

Noah olhava no fundo dos meus olhos, era como se pudesse ler a minha alma.

Eu engoli a seco, por mais que eu quisesse dizer que não para ver ele sofrer pelo menos um pouco do que eu sofri, algo dentro de mim me dizia para falar a verdade.

-Eu amo você, e espero que não me quebre ainda mais Noah. O amor que eu senti por você apareceu durante as cartas que me mandava, e quando você parou de me enviar, eu senti como se meu coração tivesse se partido em milhares de pedaços. A única coisa que me fez sobreviver naquele inferno Noah foi o meu amor por você, então toda vez que me diz, que nunca vai me amar e como se estivesse me destruindo aos poucos. Eu estou te dando uma chance e essa vai ser a única, por mais que eu ame você, nunca vou permitir que me destrua.

Dizer tudo aquilo foi como um desabafo pessoal, eu senti meu coração relaxar e algumas lágrimas descerem pelo meu rosto.

-Eu não posso prometer que nunca vou te machucar, pois não temos controle do futuro a única coisa que eu posso te prometer e que sempre estarei ao seu lado até que não precise mais de mim -Os olhos de Noah transpareciam tanta sinceridade que eu era incapaz de negar algo.

-Uma chance Noah, por mais que eu ame você, eu não confio em me entregar de corpo e alma para você, me mostre que eu tô errada ao não me jogar de cabeça nisso que vamos começar -Eu segurei sua não e olhei em seus olhos ao dizer cada palavra.

-Tudo bem, eu entendo você. Se fosse eu no seu lugar não me daria nenhuma chance -Noah me ofereceu um sorrisinho de lado.

O silêncio reinou mais uma vez, nenhum de nós dois conseguia fazer com que aquela atmosfera tensa se dissolvesse. O garçom se aproximou com o cardápio novamente para que escolhêssemos a sobremesa, Noah declinou e eu não sabia o porque mais ele nunca comia nenhum doce.

Eu escolhi um bolo de frutas vermelhas com calda de morango, eu amo doces mais essa noite depois dessa incrível comida, queria algo um pouco ácido para assentar bem no estômago.

O celular de Noah tocou e ele me pediu licença e foi atender um pouco mais afastado, mas nunca saindo do meu campo de visão, eu olhava o meu marido e percebi que algo estava errado, seus ombros ficaram tensos e mesmo de longe eu vi seus lindos olhos castanhos nublarem. Algo tinha dado errado, Noah xingava a pessoa no aparelho e do nada desligou e lançou o aparelho contra um murro de pedras que tinha ali perto.

O garçom retornava com a minha sobremesa e eu rapidamente pedi que ele embalasse para viagem e trouxesse a conta. Noah estava com outro telefone pendurado no ouvido e parecia discutir com alguém, seus punhos estavam cerrados.

O garçom trouxe a sobremesa embalada e eu paguei a conta, ser uma das garotas mais ricas antes do casamento, tinha suas vantagens. No tempo em que estava no internato, minhas ações em pequenas empresas tinham faturado muito, então aos 21 anos eu era considerada uma das mulheres mais novas do mundo a ter uma fortuna estimulada em 2 bilhões de libras.

Eu peguei a sacolinha onde estava a minha sobremesa e fui caminhando até Noah e dei graças a Deus por ninguém ver o estado de nervos do meu marido, me aproximei dele e coloquei minha mão em seu braço.

-O que aconteceu? -Perguntei discretamente e vi Noah rosnar.

-Roubaram uma carga nossa de drogas, temos que ir atrás dos miseráveis e fazê-los pagar. -Noah passava a mão furiosamente no cabelo.

-Vamos para o galpão agora!- Esses filhos da puta portugueses estão mexendo com a máfia errada.

-Vou pagar a conta e te deixo em casa em segurança e vou para o galpão -Noah me diz enquanto começa a andar, seguro o seu braço fazendo ele parar.

-Já paguei a conta e o lugar mais seguro para mim no momento e ao seu lado, eles querem guerra Noah e nós vamos mostrar a ele o que o diabo inglês faz com quem resolver rouba-lo -Noah olha com os olhos brilhando para mim e me dar um sorriso meio psicopata.

-see you later-

I'm back!
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𝗖𝗛𝗢𝗢𝗦𝗘 𝗕𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘, noart Onde histórias criam vida. Descubra agora