- Marco, Noah está morrendo e você não conseguiu levar seu plano adiante, Sina não está pronta para nada disso e não podemos jogar uma bomba dessas em seus ombros esperando que ela aceite de bom grado, não conhece Sina como eu, ela nunca aceitará - A voz de meu pai começava a me despertar, mas eu resolvo continuar a fingir.
-Ela vai ter que aceitar, Sina não é nenhuma mimada de merda, Noah ainda não morreu e nem vai ainda, ele morrerá na hora certa e fim de papo, estou indo a procura desse maldito sangue A+ - Noah precisava do meu tipo sanguíneo? Porque ninguém não me disse? Que merda está acontecendo.
- Fale baixo, Sina não pode descobrir que Noah tem o mesmo tipo sanguíneo que ela ou seus planos irão por água abaixo, ou se esqueceu da lei da parola? - Meu pai falava baixinho.
- Que merda, se eu pudesse matar aquele filho da puta eu faria com minhas próprias mãos, pena que ele será a nossa isca para matar Luiz - Ouço a porta bater e tenho certeza que Marco saiu naquele momento.
Senti passos se aproximando de mim e continue imóvel, as dúvidas pairavam dentro de mim, como assim Marco planejava a morte de Noah? Era por isso que Noah pedia perdão? Tantas perguntas e nenhuma resposta plausível, o meu marido estava a beira da morte e eu tinha a merda do sangue e ninguém me contou, eu nunca negaria doar sangue para o homem que eu amo.
- Minha bebê eu espero realmente que isso seja o melhor para você, eu sempre soube que você nasceu para ser a grande Sina, as mentiras que rodeiam a nossa família pode desgraçar a sua vida para sempre. Eu sinto muito por ter deixado você se casar com Noah e se apaixonar por ele minha menina, mas era o único jeito de você conquistar o seu lugar de direito nessa máfia, o momento certo vai chegar minha menina e seremos grandes novamente - Sinto meu pai deixar um beijo em minha testa e sair de dentro do quarto. Finalmente abro os olhos e fico em alerta, arranco as agulhas que estão presas em minha veia.
Olho para o quarto e vejo que está vazio é um ponto positivo, eu tiro o lençol que cobre o meu corpo e vejo que ainda estou com as mesma roupas que eu estava quando desmaiei.
Me coloco em pé, sentindo uma tontura rápida e respiro fundo, sentindo a sensação passar, saio de dentro do quarto com cuidado e tenho que aproveitar essa oportunidade, se eles não querem que eu doe sangue, provavelmente daqui a pouco os soldados farão guarda em minha porta.
Corro até o doutor que tinha me dado notícias sobre Noah e pergunto sobre algum doador, minha sorte é que ainda não tinha encontrado Marco ou meu pai, tudo isso era muito estranho, as peças começava a se encaixar na minha cabeça, porém naquele momento eu não tinha tempo para ir atrás de mais informações.
- Doutor eu sou A+ e quero fazer uma doação de sangue para o meu marido - Vejo o médico arregalar os olhos e engolir a seco, com certeza meu pai e Marco já o ameaçaram, mas aqueles dois não são pior que eu
- Eu sou a sua consorte depois de Noah e é as minhas ordens que você deve seguir, então se acontecer qualquer coisa com ele eu te caçarei onde for e te enviarei diretamente para o inferno, posso não ser gigante mais sei usar qualquer objeto cortante e nesse momento a única serventia que você tem pra mim é salvar o homem que amo, se não fizer isso, não volta pra casa hoje a escolha é sua. - Por dentro eu estava com um medo danado de algo dar errado e eu perder a única pessoa que pode me contar toda a verdade nesse momento.
- Vamos fazer isso logo consorte, me siga por favor - O médico tremia mais que vara verde, entramos no quarto de Noah e ele chamou algumas enfermeiras, pelo o que eu entendi ele injetariam o antídoto no mesmo tempo que eu doaria sangue, seria direto do meu corpo para o de Noah, o médico explicou que o método era completamente seguro para ambas as partes e eu ordenei que fosse feito imediatamente.
Eu sentei numa cadeira ao lado da cama de Noah e a enfermeira veio com um garricho, o colocando na minha veia. Como eu estava bem alimentada e tinha exames recentes aprovando que minha saúde estava em perfeita ordem foi tudo mais fácil. A agulha foi colocada em minha pele e a outra ponta na de Noah, logo a transfusão se deu início. Quando o sangue entrou no corpo de meu marido o antídoto foi aplicado novamente.
Passei 10 minutos transfundindo Noah e um cansaço me bateu, porém pelo o que o médico falou era normal, os sinais vitais de Noah estavam melhorando aos poucos e ele me liberou para ir até a minha casa e descansar, segundo ele, Noah não acordaria hoje.
Eu liguei para Bailey pedindo para ele vim até a base com Krys e trazer peças de roupa para mim e um carregador para celular, eu não sairia desse quartel enquanto meu marido não estivesse completamente bem.
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𝗖𝗛𝗢𝗢𝗦𝗘 𝗕𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘, noart
FanfictionSina Deinert tinha apenas dezesseis anos, com seus sonhos presos em sua memória, como um lembrete eterno de que nada daquilo poderia acontecer. Ela havia sido entregue nas mãos de Noah Urrea, ou para os mais íntimos, do demônio da máfia inglesa, sem...