capítulo vinte e seis

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- Marco, Noah está morrendo e você não conseguiu levar seu plano adiante, Sina não está pronta para nada disso e não podemos jogar uma bomba dessas em seus ombros esperando que ela aceite de bom grado, não conhece Sina como eu, ela nunca aceitará - A voz de meu pai começava a me despertar, mas eu resolvo continuar a fingir.

-Ela vai ter que aceitar, Sina não é nenhuma mimada de merda, Noah ainda não morreu e nem vai ainda, ele morrerá na hora certa e fim de papo, estou indo a procura desse maldito sangue A+ - Noah precisava do meu tipo sanguíneo? Porque ninguém não me disse? Que merda está acontecendo.

- Fale baixo, Sina não pode descobrir que Noah tem o mesmo tipo sanguíneo que ela ou seus planos irão por água abaixo, ou se esqueceu da lei da parola? - Meu pai falava baixinho.

- Que merda, se eu pudesse matar aquele filho da puta eu faria com minhas próprias mãos, pena que ele será a nossa isca para matar Luiz - Ouço a porta bater e tenho certeza que Marco saiu naquele momento.

Senti passos se aproximando de mim e continue imóvel, as dúvidas pairavam dentro de mim, como assim Marco planejava a morte de Noah? Era por isso que Noah pedia perdão? Tantas perguntas e nenhuma resposta plausível, o meu marido estava a beira da morte e eu tinha a merda do sangue e ninguém me contou, eu nunca negaria doar sangue para o homem que eu amo.

- Minha bebê eu espero realmente que isso seja o melhor para você, eu sempre soube que você nasceu para ser a grande Sina, as mentiras que rodeiam a nossa família pode desgraçar a sua vida para sempre. Eu sinto muito por ter deixado você se casar com Noah e se apaixonar por ele minha menina, mas era o único jeito de você conquistar o seu lugar de direito nessa máfia, o momento certo vai chegar minha menina e seremos grandes novamente - Sinto meu pai deixar um beijo em minha testa e sair de dentro do quarto. Finalmente abro os olhos e fico em alerta, arranco as agulhas que estão presas em minha veia.

Olho para o quarto e vejo que está vazio é um ponto positivo, eu tiro o lençol que cobre o meu corpo e vejo que ainda estou com as mesma roupas que eu estava quando desmaiei.

Me coloco em pé, sentindo uma tontura rápida e respiro fundo, sentindo a sensação passar, saio de dentro do quarto com cuidado e tenho que aproveitar essa oportunidade, se eles não querem que eu doe sangue, provavelmente daqui a pouco os soldados farão guarda em minha porta.

Corro até o doutor que tinha me dado notícias sobre Noah e pergunto sobre algum doador, minha sorte é que ainda não tinha encontrado Marco ou meu pai, tudo isso era muito estranho, as peças começava a se encaixar na minha cabeça, porém naquele momento eu não tinha tempo para ir atrás de mais informações.

- Doutor eu sou A+ e quero fazer uma doação de sangue para o meu marido - Vejo o médico arregalar os olhos e engolir a seco, com certeza meu pai e Marco já o ameaçaram, mas aqueles dois não são pior que eu

- Eu sou a sua consorte depois de Noah e é as minhas ordens que você deve seguir, então se acontecer qualquer coisa com ele eu te caçarei onde for e te enviarei diretamente para o inferno, posso não ser gigante mais sei usar qualquer objeto cortante e nesse momento a única serventia que você tem pra mim é salvar o homem que amo, se não fizer isso, não volta pra casa hoje a escolha é sua. - Por dentro eu estava com um medo danado de algo dar errado e eu perder a única pessoa que pode me contar toda a verdade nesse momento.

- Vamos fazer isso logo consorte, me siga por favor - O médico tremia mais que vara verde, entramos no quarto de Noah e ele chamou algumas enfermeiras, pelo o que eu entendi ele injetariam o antídoto no mesmo tempo que eu doaria sangue, seria direto do meu corpo para o de Noah, o médico explicou que o método era completamente seguro para ambas as partes e eu ordenei que fosse feito imediatamente.

Eu sentei numa cadeira ao lado da cama de Noah e a enfermeira veio com um garricho, o colocando na minha veia. Como eu estava bem alimentada e tinha exames recentes aprovando que minha saúde estava em perfeita ordem foi tudo mais fácil. A agulha foi colocada em minha pele e a outra ponta na de Noah, logo a transfusão se deu início. Quando o sangue entrou no corpo de meu marido o antídoto foi aplicado novamente.

Passei 10 minutos transfundindo Noah e um cansaço me bateu, porém pelo o que o médico falou era normal, os sinais vitais de Noah estavam melhorando aos poucos e ele me liberou para ir até a minha casa e descansar, segundo ele, Noah não acordaria hoje.

Eu liguei para Bailey pedindo para ele vim até a base com Krys e trazer peças de roupa para mim e um carregador para celular, eu não sairia desse quartel enquanto meu marido não estivesse completamente bem.

𝗖𝗛𝗢𝗢𝗦𝗘 𝗕𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘, noart Onde histórias criam vida. Descubra agora