capítulo vinte e um

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Xxx

Algumas horas depois

Em algum lugar entre Itália e Londres...

Estava tudo preparado, eu tinha homens espalhados por três perímetros, além de um fazendo a minha proteção. O caminhão deve cruzar essa divisa em aproximadamente dez minutos, na Itália tem quinze homens fechando a passagem para que esses filhos de uma puta não consigam sair do meu território. Ouço o som do motor do caminhão de longe e me escondo, a minha esquipe tem um jacaré transparente posicionado no meio da pista, para que os pneus sejam furados enquanto alvejamos o carro. O carregamento de N-95 não são muito fatais, são armas de treinamento de curta distâncias, algo mais fracos que a Glock, porém vale em torno de 1,5 milhão e meio.

Me escondo entre a vegetação seca e mal cuidada na beira da estrada, e fico na espreita. O ponto que eu tenho na orelha me comunica com os outros dez homens espalhados por todo o perímetro.

O barulho do motor se aproxima e logo eu vejo o caminhão, em menos de cinco minutos o caminhão está na posição perfeita e eu ativo o jacaré que rasga os dois pneus dianteiros. Os homens entende isso como um sinal e cercam o caminhão.

Eu tinha 5 homens ao redor do caminhão e os outros espalhados, eu nunca fui desprevenido, se por acaso fosse uma emboscada eu estaria preparado.

Dois homens fortemente armados saem do caminhão, eu posso reconhecer um deles, é Manolo o braço esquerdo de Luiz, eu levanto minha arma em sua direção e me aproximo, ele rir e aponta sua arma para mim, assim que eu me aproximo.

- Você já foi melhor Diabo inglês, vir recuperar sua carga com cinco homens não é muito inteligente - a porta traseira do caminhão se abre e uns vinte homens saem de dentro e aponta as armas para todos.

Eu sorrio para eles com escárnio, uma chuva de tiros começa e eu percebo que está na hora dos outros homens entrarem em cena, eu tinha dois dos meus melhores atiradores feridos e no meio do tiroteio eu tinha sido atingido de raspão no braço direito.

Os homens chegaram e controlaram a situação, eu consegui atingir as duas pernas de Manolo e o prender dentro do carro com algemas, os corpos mortos foram retirados por outra equipe minha. Todos os corpos seriam entregues a Luiz, via correio. Ele mexeu com a pessoa errada e iria descobrir a minha ira. Porém, primeiro eu tinha que descobrir o porque de ele querer iniciar uma guerra comigo nesse momento. Eu tinha que procurar uma pessoa que era amiga de Luiz e que me odeia acima de tudo, precisaria de Sina nesse momento, só ela vai conseguir me ajudar a descobrir tudo o que eu preciso.

Entro dentro do carro, depois de dar ordens para que os dois soldados que foram atingidos de raspão, fossem imediatamente levados para o quartel médico da máfia. Eu iria para lá também, precisava saber como meus homens ficariam, além de ter que levar o merdinha para tratar as balas, eu preciso dele vivo.

A viagem até o quartel foi tranquila, eu tinha desmaiado Manolo e coloquei dois seguranças fazendo sua guarda no banco de trás, enquanto eu dirigia, sentia o meu braço arder e a perca de um pouco de sangue, nada muito sério, alguns pontos e analgésicos melhorariam a situação de forma rápida e eficaz.

Chegamos ao quartel e a ala médica já estava a postos, esperando eu chegar com o merdinha, ele foi para a sala cirúrgica com duas balas na perna, uma em cada uma. Os soldados foram atendidos e liberados em torno de duas horas. Eu entrei no meu escritório e pude enfim tirar aquela roupa, Sina estava na casa do pai e lá ela está segura, então é menos uma coisa para me preocupar no momento. Me abaixo um pouco e pego um kit de primeiros socorros na gaveta debaixo da minha mesa.

Pego um desinfetante de feridas a base de álcool e passo por todo o local onde eu fui atingido, sinto arder um pouco, pego dois analgésicos forte para dor e engulo com um pouco de água.

Pego um kit pequeno de sutura estéril, e começo a dar cinco pontos no local que fui atingido.

Eu fazia isso desde os dezesseis anos, tinha uma faculdade de medicina nas costas, além de administração.

Vamos dizer que no final eu escolhi dirigir a empresa errada, quem sabe em algum futuro próximo eu não consiga dirigir os hospitais de minha mãe.

Tudo iria depender das escolhas que eu faria, em alguns meses. E por mais, difícil que fosse, eu teria que escolher entre devolver algo que eu inocentemente roubei, ou viver escondendo a verdade.

Eu me servi de uma dose de whiskey, enquanto esperava notícias de Manolo, eu precisava dele como isca para atrair Luiz para um embate, eu sei como o inútil ama esse merdinha que está nas minhas mãos, por isso tenho que ter o dobro de cuidado com Sina, qualquer vacilo e Luiz pode conseguir sequestra-la para usar a minha menina como moeda de troca.

Sina tem que me obedecer cegamente por algum tempo, o que será difícil já que ela não confia em mim, e com toda a razão, eu só faço mentir e esconder as coisas dela, mesmo que seja para a sua segurança. Sorvo o líquido amargo de dentro do copo, e ele queima a minha garganta, a sensação de acolhimento que a bebida me trás, é diferente.

Os demônios que vivem me perseguindo me levar a perceber que, eles me tornaram o que sou hoje. Segredos me derrubam dentro das trevas que vivem dentro de mim, é mentir para uma das poucas pessoas que eu amei durante toda a minha vida, destrói cada parte de humanidade que existe dentro de mim. Quando a verdade vim a tona, a morte será o melhor dos consolos.

-see you later-
4/5

Tive problemas ontem para postar a maratona e eu peço mil perdões!

𝗖𝗛𝗢𝗢𝗦𝗘 𝗕𝗘 𝗟𝗢𝗩𝗘, noart Onde histórias criam vida. Descubra agora