Ainda o olhava meio irritado, pois tinha certeza que ele iria puxar o gatilho desta vez, que ele teria matado o rapaz sem pensar muito, mas não o fez e no último segundo, é deu uma coronhada nele que o fez desmaiar com o golpe, pedi sua ajuda para colocar o cara que sangrava, e o que ele havia derrubado dentro daquela coisa, pois queria muito saber de onde haviam saído, e confesso que estava bem empolgado agora examinar os cavalos, não só eles mas o sangue dos zumbis presos na carruagem, ele ficaram bem agitados com minha mistura de amônia.
No hospital J.P fez com o garoto de capuz a mesma coisa que havia feito com Manuel é conteve ele em uma cama, e tirou tudo o que fosse possível dele usar como arma de próximo do rapaz. Já meu paciente, ele tinha um laceração no abdômen, que apresentava uma leve cicatrização, por sorte não era nada tão profundo e com a ajuda do J.P consegui limpar e suturar o corte, ele estava se saindo bem como meu auxilar para estes pequenos reparos, torcia para nunca precisar fazer algo mais sério, uma cirurgia de verdade, seria muito complicada, além de não ter o recurso mais básico, Sangue humano compatível, se antes de tudo isso os bancos de sangue viviam com problemas de doação, imagine agora, com mais de 2/3 da humanidade que virou NON MORTUIN, isso era o que eu pensava de forma positiva.
- Pronto! Agora volte e veja o Manuel, era pra ele já ter vindo para cá!
Falei terminando de fazer o curativo com J.P ainda me encarando, agora seu olhar não era de raiva, mas de perdido, talvez nem ele esperava ter aquela atitude toda. Contudo o que desejava mesmo saber era do Manuel, pois o que descobrimos sobre ele nos últimos dias me deixa preocupado e curioso.
- Está bravo comigo ou com medo?
Ele perguntou tirando as luvas que usava e jogando fora, parte mais difícil de um mundo apocalíptico, era se livrar de lixo e corpos ao extremo, um ou outro guardamos no necrotério do hospital, pois precisava de amostras para minha futura pesquisa, os demais corpos juntamos e levamos é deixamos quase como "oferenda" as onças, dentro de seu território, assim evitamos delas tentarem caçar muito próximo a nós, agora o que começava me irritar era a alcatéia de cachorros, tenho certeza que vi cinco deles fugindo desta vez, e não só os três da última.
Pensando bem, está cidade andava mais estranha do que o normal, o número de NM humanos caiu, não ouvimos barulhos de pássaros a algum tempo, algo relativamente grande deveria está acontecendo, o que seria, isso não fazia ideia, precisava ver com Manuel se ele tinha ideia do que poderia ser o sumiço das aves nós últimos dias.
- Você me ouviu Kauã!
- Me desculpa fiquei pensativo sobre umas coisas, mas te respondendo, não estou bravo com você, digamos que feliz, pois foi bem foda ver você me defendendo deste jeito.
Vi um sorriso amarelo surgir em seu rosto, e minha barriga roncar de fome no mesmo instante.
- Me faz outro favor além de ver o Manuel e os convidados, estou com fome, me trás algo, vou ficar aqui é observador o estamos de ambos.
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NON MORTUIN
HorrorApós a liberação de um virus que transformou a maior parte da humanidade em "Não Mortos", anos depois, os sobreviventes humanos tentam a qualquer custo sobreviver e procurar uma cura para o Vírus, que atingiu cada ser vivo de uma maneira diferente...