Lua Nova

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Macarena foi a primeira a acordar, ela virou-se para ficar cara a cara com Barbara, colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha e a olhou fixamente. Ela se sentia muito mal por ter mentido para Bárbara, não queria que ela fosse embora e nem que pensasse que ela estava brincando com seus sentimentos. Ela não faria isso, jamais ousaria. Ela precisava acabar com tudo isso de uma vez por todas, mas ela sabia que se ela contasse a ela agora, ela iria querer ir embora e ela prometeu a si mesma que faria desta viagem a coisa mais especial para Bárbara. De qualquer maneira ela diria a ela amanhã e aguentaria as consequências, Barbara merecia saber a verdade.

Ela se levantou o mais silenciosamente possível para que Bárbara não acordasse e saiu do quarto, fechou a porta com delicadeza e ligou para Juan.

— Ei Maca! Achei que você fosse me ligar amanhã. _disse ele do outro lado da linha.

— Eu sei, me desculpe, mas eu queria conversar agora.

— Tudo bem, me diga.

— Eu... Lamento muito e sei que essa não é a melhor forma de fazer isso, mas não sei quando irei para a Argentina ou quando te verei. Eu só não posso continuar com isto.

— Do que você está falando?

— Precisamos terminar, não quero continuar em um relacionamento com você. Você sabe que em nosso relacionamento não fomos e nem seremos um casal em nenhum momento, embora eu não te ame, posso dizer que gosto muito de você e que você é importante para mim.

— Eu sabia que você iria terminar nosso namoro.

— Como você sabia?

— Você é muito transparente Maca, quando me disse que era sobre nós que você queria conversar, presumi. Não estou com raiva e nem nada parecido, mas gostaria que continuássemos como bons amigos.

—Acho uma boa idéia, tem certeza que não me odeia?

— Eu não te odeio, você não tem culpa que o nosso não tenha dado certo, nós dois temos culpa nisso por nos colocarmos em um relacionamento quando sabíamos que só nos amávamos como amigos, mas não me arrependo e espero que você também não. Mas terei que fazer a pergunta típica... há mais alguém?

— Hum eu... eu não sei se...

— Maca, acalme-se. Agora somos amigos, lembra?

— Sim, há outra pessoa. _respondeu com confiança.

— Bem, espero que essa pessoa te faça feliz. Você merece Maca, você merece ser feliz com quem você escolher.

— Eu me apaixonei por uma garota.

— E qual o problema? Você é homofóbica?

— Não, não tem nada de errado com isso e eu não sou homofóbica, é só que ela não sabe que eu estava namorando.

— Você devia falar com ela, talvez ela te entenda. Não quebre o coração dela, é melhor que ela descubra por você e não por outra pessoa.

— Eu vou contar, obrigada por me entender.

Ela desligou a ligação e voltou para o quarto, nesse momento ela viu Bárbara sentada na cama olhando para todos os lados, era engraçado vê-la assim.

—Onde você estava? _perguntou ela com sua voz típica de menina ao acordar.

—Eu... tinha fui ver o que tinha acontecido no corredor, tinha ouvido um barulho. _ela mentiu.

Ela voltou para a cama e se aproximou dos lábios da morena, seus olhos se encontraram novamente.

— Bom dia chiquita. _ela sussurrou.

Contra Todas as ProbabilidadesOnde histórias criam vida. Descubra agora