64. UFRJ

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victor•

já tinha me acostumado tanto com acordar com o barulho chato do despertador do acampamento, que quase não ouvi meu despertador tocando.

tinha que resolver uns negócios na UFRJ antes das aulas começar. fiquei bastante feliz que minha irmã e eu conseguimos uma vaga lá.

começamos já no mês que vem, e por causa do Camp, não deu pra organizar nada.

termino de me arrumar e vou lá pra acordar ela pra ir comigo.

bato na porta, e ela me autoriza a entrar

— tá acordado tão cedo por que? - sua voz estava rouca por ter acabado de acordar

— tô indo na faculdade resolver algumas pendências das nossas matrículas, bora comigo - sento no pé da cama

— tô afim de ficar em casa hoje sabe, sair da cama só pra comer, se você pudesse resolver isso pra mim, vai ser dahora - dá um sorriso fraco

— claro fi, mas você tá sentindo alguma coisa?

ela enterra a cara no travesseiro, evitando a pergunta

— já sei até o que é - bak...

[...]

— obrigada senhora, até o mês que vem - pego os papéis, e vou em direção a saída da faculdade

pego meu celular pra ver se tinha alguma mensagem da minha irmã, mas continuei mexendo em outras coisas.

não estava olhando por onde andava, e me esbarrei com alguém que carregava um monte de livros

— NÃO PRESTA ATENÇÃO POR ONDE ANDA NÃO? - a pessoa tem a voz familiar

— me desculpa, deixa que eu te ajudo - guardo o celular no bolso, e me ajoelho para pegar os livros

ela também se ajoelha, para juntar os livros.

olho pro rosto da pessoa, e era a Tainá

— Tainá? - digo espantoso

— Victor? você estuda aqui? - ela fica vermelha

— vou começar mês que vem, eu e a voltan - entrego os livros pra ela

— você vai fazer o que?

— eu vou fazer edificações, e a voltan, letras

— nossa, mesmo curso que eu. - entrego os livros pra ela - bom, prazer em te rever, tchau - ela ameaça sair mas eu a seguro

— espera, deixa que eu te ajudo - pego alguns livros da mãe dela para ajudá-los com eles.

[...]

— essa biblioteca é enorme - digo espantado com o tamanho

— aqui é meu lugar favorito - ela olha ao redor

— que tal você me levar ao um tour da biblioteca? - junto nossos braços

— é sério isso? - ela dá um sorriso

— claro, me mostre o seu lugar favorito - olho eu seus olhos e ela dá uma risadinha

passamos por todos os corredores e ela me explicou com detalhes de cada um, mas quem disse que eu prestei atenção, meu foco era só na professora.

— bom, esse é o último corredor. aqui é a área de matemática, particularmente a minha preferida - a olhava todo bobo

— e acho que vai se... por que você tá fazendo essa cara? - ela me tira do transe

— uai, que cara? - tento disfarçar

— essa cara aí, todo bobo me olhando - ela fica com vergonha

— uai, só tava prestando atenção na professora - nossos olhares se encontram, e eu vou chegando perto

— e bom... acho que aqui vai ser sua área favorita também - ela continua explicando mais toda atrapalhada - porque você também faz... - coloco o dedo na boca dela

— shhh

lhe dou um beijo, um beijo calmo e necessitado das duas partes, tanto eu como ela queria esse beijo. ponho minha mão em sua cintura a puxando pra mais perto e ela coloca seus braços em meu pescoço.

o beijo vai ficando cada vez mais intenso e ardente. nossas línguas estavam em uma batalha árdua por espaço. logo, nós separamos pela falta de ar.

— uau - eu falo contra nossas bocas

— melhor a gente ir... - sussura contra minha boca

— ou a gente fica aqui e continua o que estávamos fazendo - aperto sua cintura

— aqui tem câmeras - ela olha nos meus olhos

eu logo me separo e vou pra longe pra fazer uma graça e ela dá uma risada.

— então vamos ter que terminar isso em outro lugar - estendo minha mão para ela pegar

ela pega e saímos andando

— eu até queria, mas tenho um monte de coisa pra resolver aqui ainda 

— te pego na sua casa que horas então? - paro de andar e a pego pela cintura

— ué, eu nem sabia que íamos sair? - ela põem seus braços no meu pescoço

— a desculpa gata, você quer sair comigo então?

— deixa eu ver... - ela fica pensativa - é, pode ser

— então refazendo a primeira pergunta, que horas eu te pego?

— as oito

— perfeito - tento dar outro beijo nela, mais ela sai do abraço

— câmeras caralho - saí andando

logo você // baktanOnde histórias criam vida. Descubra agora