65. prainha

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(quarta)

•babi•

nada pra fazer, vou subir no apartamento da voltan e chamar ela pra praia. mó saudades

[...]

— eae Victor

— oi babii - ele me dá um abraço

q

— oxe, tá tudo bem?

— nada, só tô feliz - ele da um sorriso

— já sei, transou ontem

— isso te interessa?

— foda-se, cadê a loira?

— tá trancada no quarto - seu sorriso desaparece - vai lá, talvez você tira ela de lá

subo as escadas e entro sem bater no quarto da voltan, porquê aqui nós é foda

— bora pra praia, rápido - tira a coberta dela

— a Babi, não vou não - ela pega a coberta de novo

— tá um dia mó lindo lá fora, fica esperta

— não importa, não vou - ela cobre a cabeça

— certeza que isso é o bak - ponho a mão na cintura

— tá tão na cara assim? - descobre a cabeça

— porra voltan, isso é total ego seu. você gosta dele, você quer ele de volta, mas você não vai conversar com ele porque tem medo de ferir seu ego - ela cobre a cabeça de novo - você sabe que eu tenho razão sua filha da puta

— veio aqui pra me xingar?

— tchau voltan, zero paciência pra você - bato a porta e desço as escadas furiosa

— sabia que você não conseguiria

— conversa com o bak, ela tá assim porque acha que se voltar com o ele, o seu ego vai ficar fragilizado, certeza

— vou tentar 

— fui - saio da casa deles e pego o elevador

[...]

aaa Copacabana, que saudades

ponho o chinelo mão, e sento em um quiosque qualquer. peço um coco, e fico reparando a vista enquanto espero.

— aqui está senhorita - o garçom me entrega o cocô

— obrigada - pego um canudo

enquanto tomava meu coco, sinto alguém se aproximar, e logo ouço sua voz

— se garçom, um cocô por favor - olho pro lado, e era o nobru

— nobru? você por aqui? - me viro pra ele

— Babi, não sabia que curtia praias - dá um sorriso ao me ver

— que isso pô, todo mundo curti

— saudades de você - ele chega perto

— a nobru, qual é. a gente se viu segunda - dou uma golada no cocô

— saudades de você de quatro - ele põem uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha

aí calica

— para nobru, teve isso sábado - evito contato visual

— poderia ter mais, você não acha? - da a risada

— claro, outro dia - tomo o cocô olhando pra ele

seu cocô chega e ficamos ali jogando conversa fora.

[...]

— eae Babi, sabe surfar? - vamos pra areia

— não, mais adoraria ver você surfando

— Jae então - ele tira a camisa e pega sua prancha

observava sua silhueta de longe naquelas ondas. cara, como ele consegue se equilibrar naquilo? eu já teria tomado bons caldos.

tirei minha blusa, pois estava bastante calor, e comecei a passar protetor no meu corpo.

enquanto passava protetor, vi nobru saindo das águas, pique de férias com ex, com direito aquela jogadinha de cabelo. seu shorts estava marcando muito, tava impossível não olhar.

sentava muito... a não pera, já sentei

ele se senta ao meu lado.

— tá afim de ir na água?

— você acabou de sair de lá e já quer voltar?

— sou um peixinho porra

rio da sua piada idiota e me levanto

— pode ser, vamos lá - tiro meu shorts

ele me puxa pela mão até a água, tava gelada de mais.

— porra, tá gelada pra carai

— vamo logo, Jajá você se acostuma

com muita calma, fui colocando meu corpo dentro d'água de pouquinho em pouquinho.

quando finalmente entrei tudo, ele me puxa pela cintura e me rouba um beijo.

um beijo salgado por causa do mar, mas ao mesmo tempo delicado e doce. precisava daquele beijo pra ficar de boa, depois da raiva que a voltan me fez.

ele também precisava desse beijo, tava claro.

me separo do beijo e me solto do abraço, ele fica sem entender nada, e eu me afasto. quando pensa que não, jogo água nele e saio correndo, ou melhor, tento sair.

— ei, volta aqui! - ele taca água no meio cabelo

— a não, você não fez isso - chego perto e taco mais água nele

quando para pra vê, tava dois adultos brincando de guerra d'água no meio do mar igual crianças.

logo você // baktanOnde histórias criam vida. Descubra agora