57. suspensão

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— bom, é aqui que vocês vão ficar até segunda

— ué tia, mas segunda a gente vai embora, e eu não peguei todas as minhas coisas - fico intrigada

— de manhã eu chamo vocês pra terminar de juntar sua coisas - anota em sua plaquinha

— a senhora não vai liberar a gente pra festa hoje né? afinal, é a última - bak pergunta com não tanta certeza

— não, vocês que lutem, agora podem subir

— A QUAL É TIA, MAS... - a diretora o interrompe

— eu disse pra vcs subirem

— deixa bak, só vem logo - puxo ele pra subir pra cabana

— injustiça - ele murmura

[...]

— PORQUE EU NÃO POSSO FICAR COM A PORRA DA CAMA DEBAIXO DA JANELA?

— PORQUE EU DISSE QUE IA FICAR COM ELA PRIMEIRO - grito mais alto que ele

— A QUAL É VOLTAN, VOCÊ NEM FUMA, PRA QUE VAI QUERER A PORRA DA CAMA DEBAIXO DA JANELA?

— porque sim seu filho da puta, bom que você não fuma - tento ficar calma - afinal em bak, você não era assim não, você fumava uma vez ou outra, agora eu fiquei sabendo que tá mechendo até com pó

— A MEU DEUS! - ele fica assustado com alguma coisa do além e vai olhar sua bolsa - PUTA QUE PARIU, FUDEU - põem a mão na cabeça e senta na SUA cama

— o que aconteceu?

— eu esqueci a cocaína no meu armário - fica cabisbaixo, e apoia a cabeça com a mão

— bom que você não usa, e para um pouquinho

— como se fosse fácil - murmura

— é o que? não entendi

— PORRA VOLTAN, NÃO É FÁCIL - se levanta - depois do que aconteceu, a droga me ajudou a ficar de pé - senta do meu lado - não vai ser de uma hora pra outra que eu vou conseguir ficar sem.

— porque você começou a usar? - olho nos fundos dos seus olhos

— você loira, você foi o motivo - da um sorriso frio - eu não ia aguentar ficar longe de você por livre expontânea vontade, eu ia voltar uma hora ou outra, e eu não queria isso. não queria que o filho da puta do meu irmão visse que eu sou trouxa

— caralho... - nossos olhares se conectam

meu deus, o cheiro do Malbec... Que saudades!

bak me surpreende grudando nossos lábios, mas rapidamente me separo

— O QUE É ISSO BAK? TA DOIDO? - me levanto

— a qual é loira, nós dois já sabemos que aquilo tudo era mentira, por que não podemos voltar a nós curtir - se levanta e chega perto de mais - eu sei que você tá com saudades - põem a mão na minha cintura e faz um sorrisinho safado, mas me afasto

— realmente a cs drogas tá mexendo com sua cabeça - dou uma risada sarcástica - você espalhou pro acampamento todo a porra de uma mentira que você nem procurou saber se era verdade ou não - aponto o dedo pra ele - você fudeu minha vida bak, e não do jeito que eu queria. eu posso até tá sendo legal com você, porquê você foi enganado tanto quanto eu, mas não tinha o direito de fazer essa putaria toda comigo - da pra ver culpa em seus olhos

— beleza loira, vou te deixar quieta, pensar um cadim - ele vai pra sua cama

GRRRRR que ódio desse filho da puta. é claro que eu quero transar com ele, de todos os jeitos possíveis, porém eu tenho que ser racional e pensar no que ele fez comigo.

talvez um dia eu vá perdoar ele, afinal ele foi usado tanto quanto eu, mas mesmo assim, ele não tinha o direito de espalhar nada meu.

e o que eu mais fico intrigada, é que não chegou no ouvido de nenhum menino da cabana do nobru pra nenhum deles desmentir, sacanagem...

logo você // baktanOnde histórias criam vida. Descubra agora