52. baba k

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•bak•

acordo só o pó, a noite de ontem foi muito cheia e perturbada. última coisa que me lembro, foi de brigar com a loira.

pensando bem, não foi muito legal eu ter espalhado as coisas dela e ter brigado com ela. mas agora é tarde, não dá nem pra me desculpar, ela não deve querer me ver nem pintado de ouro, mas eu até entendo ela.

agora tô percebendo que eu tava pagando muito de superado, mas é verdade é que eu não vou tirar ela da cabeça tão cedo, vou levar mó cota pra esquecer aquela sentada.

que sentada, meu deus...

mas ela vacilou comigo, e eu tenho que parar de ser trouxa e começar a esquecer.

[...]

acabo de almoçar, e vejo a loira conversando com o tal do Matheus. acho que tá tentando convencer ele a não espalhar o lado obscuro dela pro camp todo.

quando ele saí, vou até ela pra tentar me desculpar

— voltan, a gente pode conversar?

— a gente não tem nada pra conversar - ela ameaça sair mais eu a seguro

— eu só quero 5 minutos - olho em seus olhos e ela cede

— 5 minutos

— foi mal por ter falado pro Matheus aquilo ontem

— você foi um idiota espalhando essa mentira - ela dá uma risadinha

— olha voltan, não precisa falar pra mim que é mentira só pra dar o golpe em mim por mais tempo. - ela me olha confusa - eu não vou cair de novo, e eu só vim aqui pra me desculpar por ter falado pro zoto

— você é um babaca - bate na minha cabeça - se escuta bak. você acaba de perder alguém que realmente gostava de você - ela choca nossos ombros e saí

ela acha mesmo que eu vou cair no golpe dela de novo? hahahahah vou

meu deus, eu não posso fazer isso comigo mesmo, ela machucou, brincou comigo, não posso voltar pra ela, não posso voltar pro golpe dela.

saio do refeitório e vou direto pro decker refletir/chorar

ascendo um beck pra esquecer das coisas, mas acabo é lembrando mais ainda.

caí algumas lágrimas em meu rosto. meu coração já não aguenta mais pensar na loira, e imediatamente lembrar do que ela fez comigo.

— te achei cara - um cara com uma voz familiar me chama

— você de novo? - era o cara da cocaína

— tá afim de outra troca não? - me mostra o saquinho

exito em pegar a cocaína, mas não dá, é só isso pra eu esquecer da loira.

— senta aqui

fizemos a troca, e eu de imediato, preparo a cocaína para usá-la

— afinal, qual é seu nome? - o cara me pergunta

— bak, e o seu? - cheiro a droga

— rafis - damos um aperto de mão

— então rafis, quem é seu fornecedor?

— qual é cara? tá querendo mais? - pergunta preocupado

— digamos que sim

— bom, é o talis da cabana 11. sou amigo dele, posso te ajudar

— claro mano, podemos ser bons amigos - dou uma tragada

— depois você me conta o motivo

— não tem motivo, é só por querer mesmo - minto

— sempre tem motivo

realmente

logo você // baktanOnde histórias criam vida. Descubra agora