XI. The anger in me

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Canopus caminhava rapidamente pelos corredores em direção ao Salão Principal para o café da manhã, amarrando sua gravata durante o trajeto. Havia levantado às pressas ao não encontrar ninguém no quarto, nem mesmo seu irmão.

Iria dar uns bons tapas em Therion por não tê-lo acordado.

Quando entrou no salão, várias pessoas voltaram-se para ele e começaram a cochichar. Seguiu para a mesa da Sonserina e viu Draco olhar em sua direção, para então fingir desmaiar e começar a rir com seus amigos.

— Já estava na hora, Estrelinha. Desmaiou de novo hoje de manhã?

— Malfoy, eu acabei de acordar e se fosse você não testaria a minha paciência.

— Acordou com o pé esquerdo hoje? — o loiro continuou a provocar.

— Acordei. Agora cala essa boca!

— Quer uma poção calmante, Black? Acho que está precisando — disse Pansy, ao lado de Draco. Ela e o garoto riram.

Canopus respirou fundo e contou até dez mentalmente para controlar seu mau-humor matinal antes que afogasse duas pessoas no Lago Negro. Olhou por toda a mesa e não encontrou nem o irmão e nem Merliah.

— Viram o Therion?

— Saiu hoje cedo do quarto e disse para ninguém te acordar — Zabini quem respondeu.

— E Merliah?

— A sangue-ruim?

— Parkinson, prefiro quando você está de boquinha fechada. Continue assim, por favor — ralhou Black. — Alguém viu ela?

— Eu sou colega de quarto dela, caso não se lembre — continuou Pansy — Vi ela sair com seu irmão. Não me pergunte para onde.

— Obrigado por ter sido prestativa uma vez na vida.

Ele se sentou bufando e pegou uma torrada. Estava pensando onde o irmão e a melhor amiga haviam se metido, quando os dois adentraram o salão. Olhou para cima e agradeceu aos céus por eles aparecerem, antes de direcionar um olhar rígido para eles.

Merliah trazia uma garrafa em sua mão. Usava sua fiel faixa nos cabelos, a de hoje sendo listrada em verde e prata como sua gravata, com a franja — uma novidade em seu corte de cabelo — caindo sobre a testa. Sua capa estava caindo desajeitada por seus braços, mas ela não parecia ligar. Ela deixou a garrafa sobre a mesa e sorriu brilhante para o amigo.

Therion estava com o uniforme impecável, mas seus cabelos, que sempre estavam arrumado, estavam um tanto despenteados. Seu rosto estava calmo, e ele ignorou o olhar severo do irmão e exibiu um largo sorriso.

— Bom dia — cumprimentaram.

— Bom dia é o caralho! — exclamou Canopus irritado.

— Nossa! Acordou de mau-humor hoje, hein? — retrucou Merliah, sentando-se à sua frente.

— E quase não acordei, porque esse imbecil que eu chamo de irmão — apontou para Therion, que continuava calmo enquanto ia para o lado do outro — além de não me acordar, mandou os outros palermas com quem tenho o desprazer de dividir aquele dormitório…

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