A cada dia que se passava em Hogwarts significava para os gêmeos Black a quase certa possibilidade de nunca mais pisar no castelo, e eles queriam aproveitar esses últimos dias.
Contudo, sendo odiados por todos e sem quadribol, não restavam muitas opções além de passar um tempo com os amigos ou estudando.
O domingo inteiro eles reservaram para ler os livros que pegaram na biblioteca.
Pela manhã chegaram as cartas de Sirius e Remus por suas corujas no caminho até o Salgueiro Lutador para irem à Casa dos Gritos. Harry recebeu a sua após sair da cozinha com o café da manhã para si e os amigos, com Edwiges pousando em sua cabeça e começando a bicá-lo antes de seguir para o corujal.
Quando chegou a Casa dos Gritos, encontrou Therion preparando a poção polissuco, enquanto Canopus lia um dos livros que roubaram.
— Eu recebi uma carta do Sirius — Harry revelou erguendo a sua carta.
— Ele e papai também escreveram pra nós e disseram expressamente pra não falarmos do diário pra mais ninguém — Therion disse, deixando a poção de lado para comer.
— Nem mesmo Liah, Rony e Mione?
— Por mais que confie neles, talvez devêssemos seguir o que pediram — Canis falou.
— Pelo menos, por enquanto — Therion completou.
— Ainda bem que eles não quiseram vir, então. Rony e Liah estão ajudando Fred e George com coisas da loja deles.
— Liah tá estranha. Nem vimos ela direito nesses dias. Quando olho no Mapa estava sempre com os Weasley ou a Hermione, até com as colegas de quarto chatas dela.
— Vamos falar com ela depois — Canopus sugeriu. — Voltando às cartas, papai disse que não sabia muito mais, apenas que mamãe leu muito sobre memórias durante a gravidez. Sirius falou basicamente o mesmo que Malfoy. Magia antiga, poderosa, etcetera…
— Alguma coisa com os livros?
— Poderia ser melhor.
— Mas achei algumas coisas bastante úteis também — Therion falou e abriu um dos livros. — Numa penseira, geralmente se coloca apenas uma memória para visualizar e se colocamos mais de uma elas são vistas todas em sequência, mas em objetos tem uma particularidade… Na maioria dos casos, é preciso intenção de ver o que está ali.
— Eu tenho muita intenção de ver tudo, mas isso não parece muito claro.
— Quando se tem muitas memórias, pode ser mais complicado ver mais de uma sequencialmente como uma penseira a depender de como o bruxo realizou o encantamento. É realmente complexo de entender como funciona.
— Eu descobri que alguns retratos de bruxos muito específicos podem também ter memórias deles em vida guardadas para melhor impressão… Talvez tenha muito também sobre o que ela gostaria de mostrar, talvez? É diferente, mas… Realmente não sei!
— Teremos um longo mês pela frente — Harry suspirou.
Eles passaram boa parte de seu dia ali. Lendo o exemplar de Segredos das Magias da Mente, Therion acabou descobrindo também muito sobre a legilimência, que possuía alguns capítulos focados nisso e resolveu ler após passar pela parte de memórias.
A parte para legilimentes natos sobre controle não era muito extensa… Basicamente, exigiria um longo treinamento pessoal e controle de suas emoções. Ele não quis continuar depois disso, porque o controle emocional não era o forte dos Black.
Naquela noite, eles resolveram tentar jantar no Salão Principal. Os olhares de outras Casas estavam mais discretos que antes, porém ainda muitos voltados para eles. A mesa da Sonserina estava muito mais calma, e o gêmeo mais novo resolveu focar apenas nisso.
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LEGACY
FanfictionTherion e Canopus Black. Os últimos membros da família, filhos do renegado Sirius Black. Uma ironia do destino o nome e o legado da nobre família Black estar nas mãos da descendência de um membro renegado por todos e queimado da árvore genealógica...