LVI. Mischief managed

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Sendo aquela a provável última semana dos gêmeos Black em Hogwarts, eles estavam quase contando os minutos para o dia da audiência enquanto faziam seus planos.

Após a conversa com Arcturus, cerca de uma hora depois Harry os encontrou na Casa dos Gritos. E pela primeira vez, os gêmeos não deram tanta atenção a ele.

Nem mesmo Therion.

O gêmeo mais novo focou em finalizar a Poção Polissuco para Sirius e começar a preparar a poção para uma noite sem sonhos, a qual ele passou todo o mês estudando o preparo para não errar em absolutamente nada. Canopus continuou a estudar o feitiço do diário da mãe fazendo marcações simples nas paredes cobertas de arranhões.

Harry tentou conversar com eles, mas realmente não queriam conversa naquele momento.

— Okay, agora vão começar a me ignorar apenas porque decidi dar um voto de confiança para o tio de vocês que só está tentando ajudar?

— Bom saber que sua mente ainda consegue formular deduções coesas, Harry — Therion retrucou enquanto mexia a poção.

— Se ele quisesse fazer algum mal, já teria feito. Ele salvou a minha vida!

Canopus virou-se para Harry irritado.

— Ele já fez mal, Harry. Ele matou a nossa mãe.

— Qualquer Comensal pode ter feito isso! Ele pode só… Se sentir culpado. O silêncio dele não ajuda, mas vocês também não são os maiores livros abertos. Não é justo com ele.

— Nós não precisamos agora da porra do seu otimismo grifinório e essa ideia de justiça. Além de que você é um hipócrita do caralho que estava chamando ele de covarde. De repente o defende?

— Eu não concordo com a forma que ele se esconde do Sirius, mas ele está tentando ajudar vocês! Custa dar uma chance?

— Custa — Therion respondeu. — Harry, não queremos mais falar disso. Se vai continuar, melhor ir.

— Therry…

— Só nos deixe em paz! — Canopus exclamou. 

— Eu não vou deixar vocês aqui!

— Se é para discutir e não ficar do nosso lado, então é melhor deixar! — Therion quem esbravejou dessa vez, usando sua varinha para a poção não parar de se mexer e voltando-se para Harry. 

Potter o encarou surpreso, sem acreditar. Ele fechou a cara, encarando os amigos e então bufando antes de sair dali pisando duro.

Therion suspirou pesadamente, sentindo um aperto no peito. O mesmo aperto de quando Harry soltou sua mão na sala do tio. Ele ainda encarava a porta por onde Harry saiu quando sentiu os braços do seu irmão ao seu redor.

Canis sempre sabia quando o irmão não estava bem, e sempre o confortava, assim como ele o fazia. Sempre juntos.

Lágrimas chegaram aos seus olhos, mas ele rapidamente secou-as e fungou e voltou a atenção para a poção em seguida, finalizando o preparo. Eles voltaram para o castelo apenas quando o jantar já havia encerrado e passaram na cozinha para pegar um pouco de comida e levar para o dormitório.

No dia seguinte, não conversaram com Harry antes do café da manhã nem após. Eles receberam respostas de suas cartas, e durante toda a refeição Canopus leu a resposta do pai aos seus pequenos surtos confusos pelo beijo de Malfoy.

Estava tudo indo muito bem com ele falando que era normal ficar confuso e nervoso, e ele obviamente falou para conversar com Draco mais uma vez, coisa que ele se recusava, muito obrigado. Porém, não gostou muito de ler:

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