XXIV. Rescue Mission

6.5K 576 901
                                    

Therion acordou na ala hospitalar sentindo o corpo dolorido; a mente confusa e sem ter ideia de onde estava. Abriu os olhos devagar, encarando o teto alto e tentando organizar seus pensamentos.

Se lembrava de chegar ao lago e desmaiar enquanto tentava conjurar um patrono, mas não fazia ideia de como havia chegado ali. Ouvia vozes distantes que lhe eram familiares, mas não conseguia reconhecer de imediato.

Fez esforço para se sentar na cama, mas logo se arrependeu ao sentir tudo girar ao seu redor. Gemeu dolorido, levando as mãos à cabeça. Percebeu que seu braços estavam enfaixados por ataduras e havia mais curativos por seu corpo.

Viu Madame Pomfrey aproximar-se depressa de si com uma enorme barra de chocolate e uma expressão preocupada.

— Não faça esforço, querido. Está bastante machucado — disse a mulher, arrumando os travesseiros para que se escorasse a eles e entregando a barra de chocolate.

— Harry…

— Estou aqui — Potter disse ao lado, caminhando até ele.

— Potter, volte já para a cama!

— Mas, Madame Pomfrey…

— Sem "mas"!

A medibruxa o arrastou de volta para a cama ao lado, o deixando sentado com outra barra de chocolate. Ele bufou, comendo um pedaço generoso do doce.

— Você está bem? — perguntou preocupado, olhando para Black cheio de curativos, enquanto ele tinha apenas um curativo na bochecha.

— Acho que sim… — Therion respondeu. — Sirius…

— Não se preocupe, está tudo bem. Ele foi capturado — disse a medibruxa.

— O quê?! Onde ele está?

— Está lá em cima, muito bem preso. Já foi dada a ordem para que ele receba o beijo do dementador em breve.

— O QUÊ?! NÃO! — Black e Potter gritaram juntos, descendo das camas.

Therion precisou se apoiar no móvel ao lado, pois a tontura lhe abateu com força no mesmo instante e quase levou-o ao chão. O desespero começou a crescer em seu peito, e sua respiração tornou-se mais rápida e dificultosa.

Madame Pomfrey o colocou de volta na cama, e ele olhou ao redor, nervoso. Na cama ao seu lado esquerdo estava Draco, e ao lado de Harry, Hermione, também acordada. Do outro lado da enfermaria estavam Rony, desacordado e com a perna engessada, e Merliah, já desperta e devorando uma barra de chocolate.

Ele precisava falar com Dumbledore. Não podia deixar que Sirius fosse condenado.

— Você não está em condições de sair dessa cama, Black. E não há com o quê se preocupar quanto a isso. Ainda estão procurando seu irmão, mas...

— Sirius não pode receber o beijo do dementador! Ele é inocente!

— É um erro! Não podem fazer isso! — berrou Harry.

Naquele momento, o ministro adentrou a ala hospitalar junto de Snape, com quem conversava do lado de fora.

— Harry, vejo que já acordou. O que houve? Deveria estar na cama! — disse Fudge, agitado.

— Ministro, por favor, precisa me ouvir… Sirius Black é inocente! O vimos hoje!

—  Acalme-se, Harry. Você está muito confuso agora. Está tudo sob controle. É melhor se deitar e tomar uma poção…

— NÃO! NÃO PRECISO! O SENHOR PEGOU A PESSOA ERRADA!

— Black muito provavelmente utilizou um feitiço de confusão poderoso neles, Ministro — disse Snape.

LEGACY Onde histórias criam vida. Descubra agora