XVIII. The New Marauders Era

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Se desde a briga Canopus e Draco ignoravam completamente a existência um do outro dentro do dormitório, desde o selinho acidental isso ficou quase impossível, embora tentassem.

No dia seguinte, os dois foram os últimos a acordar, e Malfoy certamente bateu o recorde de pessoa a se vestir mais rápido da história com a tamanha pessoa com a qual trocou de roupa e fugiu do quarto assim que seu olhar encontrou o de Black e seu rosto pálido ganhou uma bela coloração rosada nas bochechas. Canis apenas observou em silêncio, para depois suspirar e gritar contra o travesseiro em mais um pequeno surto interno ao lembrar o que aconteceu.

Quando contou a Harry e Therion o que houve, os dois arregalaram os olhos e riram desacreditados, principalmente por causa de como Canopus estava surtando por isso e xingando Malfoy de vários nomes. Ele havia imaginado algo bem diferente quando pensava em algum dia beijar alguém. E é claro que o irmão e o amigo não perderam a chance de provocá-lo enquanto estavam juntos aproveitando o fim de semana sem aulas.

— Estou quase começando a pensar que você gostou — provocou Therion.

— Enlouqueceu?! Eu só quero esquecer que isso algum dia aconteceu! — exclamou exasperado. — Poderia ser qualquer um, seria mil vezes melhor. Até o Zabini eu beijaria! Mas o Malfoy? Eca!

— O Blaise? Sério? — indagou Harry surpreso.

— Ele até que é bonito, mas esse não é o ponto. Eu falei que se ficassem me provocando por isso jogaria vocês dois no lago!

— Eu sei nadar — retrucou Harry com um sorriso ladino no rosto.

— Therion não, pelo menos um se afoga.

— Você também não sabe — rebateu o gêmeo.

— Nem o papai sabe, por isso nunca nos ensinou.

Ao passar a semana de aulas, os surtos do mais velho dos gêmeos acabaram cessando e algumas coisas voltaram a normalidade, como ele se irritando com Malfoy e retrucando, levando a pequenas discussões muito mais acaloradas que antes. Isso depois de um acordo mútuo de esquecerem completamente a festa de comemoração da vitória da Sonserina contra a Corvinal.

No dia, Canis mandou o irmão ir na frente e colocou-se em frente à porta fechada do dormitório antes que Draco saísse. O loiro encarou-o levemente irritado, querendo sair.

— Sai logo da frente!

— Vamos combinar uma coisa — disse. — Eu ainda te odeio.

— Oh, que maravilha. Também te odeio, Estrelinha. Agora pode me deixar sair? — Draco tentou passar, mas Black continuou impedindo a passagem, impassível.

Canopus estava bem na frente de Malfoy, e eles estavam consideravelmente próximos. Seus olhares se encontraram, como vinha acontecendo muito ultimamente, e Black manteve o contato visual. O outro o manteve por um tempo, até desviar o olhar para outro lado e fechar a cara, sentindo as bochechas queimarem.

Não era difícil para Canis notar o rubor na pele tão alva de Draco, o que o fez rir baixo. Era um tanto... Fofo e engraçado.

— Do que está rindo, idiota? — bradou Draco.

— Nada — respondeu Canopus e cruzou os braços. — Concordamos que aquele pequeno evento não deveria ter acontecido, e aliás foi tudo culpa sua.

— Minha?! Você que estava em cima de mim!

— Porque você me derrubou!

— Eu escorreguei!

— E eu também, o que fez eu… Bom, a gente meio que se beijar. — O rosto do garoto assumiu uma leve coloração rosada ao lembrar disso. — Ainda penso seriamente em escovar os dentes com ácido depois disso. E nada teria acontecido se você me deixasse em paz! — vociferou logo em seguida.

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