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Finalmente tinha chego o dia. Cada um estava em um andar do hotel terminando de se arrumar, as madrinhas com o Marcos e padrinhos com o Luiz. Segundo eles, era uma divisão pra cada um conseguir se concentrar em coisas diferentes, se o Luiz ficasse conosco iria querer nos maquiar e o Marcos ia fazer nós diferentes nas gravatas dos padrinhos.

Ajudava também que o Marcos não entrava no choro emocionado comigo e as outras duas. Estava bem tranquilo com o smoking creme e a gravata azul, a do Luiz seria verde. Cada vez que ele levantava pra tomar mais um gole do whisky abria um sorriso contando quantas pessoas já tinham chego no pátio que dava vista do quarto.

Nós madrinhas estávamos de rosé bem clarinho e os padrinhos entrariam com ternos cinzas e gravatas no mesmo tom de nossos vestidos. Toda cor do altar seriam das flores em tons de vermelho escuro.

A cerimonialista entrou nos chamando, tomamos uma última dose do whisky com ele e descemos em direção da recepção, vendo os padrinhos vindo pelo outro lado do corredor e nos acenando. Já estávamos em fila na ordem de entrada. Eu e o Gustavo seríamos os últimos e, quando o vi pela primeira vez desde o aniversário senti como se tivesse parado de respirar com aquele sorriso.

Dois passos, segurei seu braço e ouvi o sussurro de preparada. Concordei, sorri para as luzes e deixei que ele me guiasse sem conseguir focar em muita coisa com aqueles tantos de rostos e flashs que vinham de surpresa, chegando no nosso lugar do altar e sentindo um começo de emoção ao ver como tudo estava tão lindo.

Quando o Marcos apareceu com a mãe dele, vi no brilho dos olhos que ele concordava que estava ainda mais perfeito. Um pouco depois o Luiz chegou com minha tia, caminhando com um sorriso ainda maior do que o do Marcos e parando em frente a ele em um aperto das mãos tão cúmplice e cheio de amor que senti a primeira lágrima chegando. Chorei emocionada praticamente a cerimônia inteira, era lindo ver eles se encarando durante o discurso da juíza e os abraços rápidos.

Quando terminou corri pro quarto pra retocar a maquiagem antes de voltar pra recepção. Sentei em uma mesa próxima à deles, que ainda estavam tirando fotos. O Gustavo sentou ao meu lado.

_Recuperada?

_Nossa, foi tão lindo! Achei que minha maquiagem durou bem até.

_Relaxa, impossível não sair bonita nas fotos hoje - virou pra mim, piscando. Sentei de lado, encarando-o.

_Aliás, você também não está tão mal assim hoje Gustavo. Gosto desse cabelo mais comprido - ele sorriu, mexendo no cabelo e deixando aquelas ondas ainda mais bonitas. Cumpriu com o pedido do Marcos, deixando a barba também.

_Posso encarar como um elogio? - ri, concordando - Depois tenho que falar pra Pati marcar no caderninho dela que você finalmente me elogiou.

_Que drama, já devo ter te elogiado antes.

_Poderia dizer que não.

_Ah Gus, você é gato e sabe disso. Não faz sentido eu ficar falando... Até porque diriam que estou dando em cima de você.

_E por que não poderia?

_Elogiar ou dar em cima?

_Os dois.

_Não sei, ah... - gaguejei, sentindo que estava ficando vermelha. Ele começou a rir, desviando o olhar e pegando duas taças de vinho.

_Tudo bem, parei. Fazia tempo que não te via ficando tímida assim. Mas não se preocupe, pode dar em cima de mim sempre que quiser.

_Eu nunca sei quando você está falando sério - senti meu rosto ainda mais vermelho e deixei a taça na mesa, sabendo que estava tremendo com aqueles verdes tão próximos.

Amores de MonaOnde histórias criam vida. Descubra agora