Capítulo 98

2.9K 114 1
                                    

Alana narrando:

Levantei minha cabeça olhando pra Luan que me olhava com uma interrogação na testa, ele estava tão surpreso quanto eu, talvez se eu não estivesse visto eu não acreditaria.

Luan: Me explica isso direito, Alana.- falou vindo até mim e sentando do meu lado na cama e eu olhei pra ele e comecei a contar para ele detalhadamente oque aconteceu hoje.

- Eu não sei oque fazer, Luan.- falei e ele levantou da cama indo em direção a porta mas eu segurei seu braço fazendo ele olhar pra mim e lá se foi o Luan, quem estava ali agora era o Kenai dono do morro.

Ele se soltou e saio e dessa vez eu não impedi, só tinha medo do que ele ia fazer, tinha medo de que isso atingisse o Henrique, eu sei que não o conheço direito e que essa historia dele ser meu irmão possa nem ser verdadeira, mas eu não queria que nada acontecesse com ele.

Sendo ou não meu irmão não merece ser um dano colateral de uma guerra na qual ele não tem nada a ver, nem pagar por um erro que não foi seu.

 Kenai narrando:

Eu estava esperando um x9 no morro, eu já estava esperando por algo, mas porra o K2?? não vou dizer que não esperava isso dele porque no meio que eu estou eu não espero nada de ninguém.

Mas esse bagulho dele ser cunhado do Igor, ser irmão da outra lá, tá estranho esse bagulho que tá me deixando puto, o cara ficou dentro do meu morro por anos, se passando por uma pessoa que não era, como eu pude deixar isso passar assim??

O cara ali do meu lado, subindo e descendo nos corre pra mim e eu nem sabia quem era, pagando de fiel, bagulho doido.

Ainda tem esse negocio desse playboy irmão da Alana, eu não estava esperando mais esse ponto fraco dela, só a mãe já me trazia problema e a mulher nem era lá "a mãe do ano" agora me aparece mais 2 irmão e uma prima pra melhorar tudo.

Tava bolado, tava me sentindo encurralado, sufocado. Sair de casa sem rumo e sem direção, precisa achar ar porque o negocio tava tenso, precisava pensar e agir, chega de só pensar, precisava começar executar.

Fui pra laje da boca, sempre vinha pra cá raciocinar, bolei um baseado e coloquei o balão pra subir.

Passei um radio pra Felipe mandando ele encostar, no momento ele era o único confiável o resto tudo era suspeito.

Felipe: Fala viado.- falou se sentando do meu lado e fazendo toque comigo.

- Tá tenso cara, o bagulho tá sinistro, precisamos pensar juntos.- falei admitindo e ele me olhou, era raro as vezes que eu pedia ajuda, sempre bolei os planos só, mas agora era diferente.

Felipe: Qual foi? oque rolou?- perguntou e eu contei tudo pra ele, sobre oque Alana falou.

Felipe: Caralho.- foi a única coisa que saio da boca dele.

- Precisamos agir cara, chega de pensar, tô ficando muito de boa, deixando passar altos bagulhos, só pensando no amanhã, pensando nas perdas.- falei

Felipe: relaxa, não podemos nos precipitar agora, ele acha que tá ganhando...- interrompi ele

- Mas ele está cara, o cara tem um passo a frente em tudo, tem um x9, quando que eu ia imaginar que o K2 era irmão daquela lá?- perguntei puxando o baseado e passando pra ele, que pegou, Felipe não era de fumar assim.

Felipe: Temos que ver essa historia ai, como que o cara passou tanto tempo aqui dentro e não soubemos disso? Ainda tem a prima dele que só andava com tu, como que pode um bagulho desse? tem algo errado ai cara.- falou me fazendo pensar

- Chama a prima dele aqui, agora vai na miúda, deixa ninguém saber , vamos apertar ela até ela soltar.- falei

Felipe: Oque vamos fazer com ele?- perguntou

- Por enquanto deixa ele ai, oque é dele está guardado, na melhor hora. Por enquanto vamos fingir que não sabemos de nada, passando aquilo que a gente quer, eles vão comprar aquilo que a gente vender, vamos controlar o jogo.- Falei e ele me olhou.

Felipe: E Alana?- perguntou 

- Vamos por partes, pelo menos dessa vez ela raciocinou.- falei

Felipe: Graças a Deus, imagina se ela faz que nem da ultima vez? íamos estar fodidos.- falou rindo e eu concordei com a cabeça.

Felipe: Vou na pista ver a meta pra tu, vai botar ela aonde?-  Perguntou se levantando

- Joga ela naquele barraco da rua de baixo da minha casa.- falei fazendo toque com ele.

Felipe: relaxa, a vitória já é nossa.- Falou

- Faz no sigilo, deixa ninguém saber o bagulho é nós dois, vacila não.- falei 

Felipe: Relaxa meu cria, deixa com o pai.- falou saindo e eu continuei ali pesando  

Só Fé daqui pra frente.







Continua...

Meu larOnde histórias criam vida. Descubra agora