A vida tende a pregar peças no momento mais inoportunos e no meu caso não foi diferente, minha vida virou de cabeça pra baixo de uma hora pra outra, minha vida nunca foi perfeita mas se vocês pesam que não podem piora, eu te garanto que pode piora m...
Lorena: você segui a pagina de fofoca do complexo?- perguntou enquanto olhava pro celular
- Eu não, por que?- perguntei olhando pra ela comendo meu brigadeiro
Lorena: pareci que seu amiguinho tá com contatinho novo.- falou virando o celular pra mim, me mostrando a publicação, onde tava Felipe e uma garota na moto, ele tava de capacete mas dava pra perceber que era ele, por conta da roupa e da moto que sabemos que é dele.
- Você ficou bolada?- perguntei, percebendo que ela ficou meio estranha
Lorena: po Alana, não tem como não ficar bolada vendo um bagulho desses, Felipe foi meu primeiro vei eu amo ele.
- Tá mas você também ficou com uns meninos ai, o problema de vocês é que vocês são dois cabeças duras, um gosta do outro mas fica nessa infantilidade.- mandei a real pra ela.
Lorena: você não entende vei, nosso relacionamento é muito complicado, ele por ser sub as meninas fica tudo querendo ele e você sabe como eu sou, eu perco a cabeça Alana
- Você precisa aprender se controlar Lorena, Felipe te ama, não importa se essas meninas estão tudo querendo ele, oque importa é quem ele quer no momento.
Lorena: você tem razão.- falou pegando mais um pouco de brigadeiro que tava no prato
- Vamos tirar uma foto?- chamei, mudando de assunto
Lorena: vamos.- veio se sentando do meu lado, tiramos varias fotos e ela postou no seu story do instagram, queria postar também mas como estava sem celular né.
Story:
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
legenda: do nada, se tornou tudo👯♀️❤
- Quem vê até pensa que é fofa assim.- falei zoando ela
Lorena: eu sou fofa vei.- falou fazendo beicinho, tentando ficar fofa mas rir e ela acabou rindo também.
- Vou levar isso lá pra baixo.- falei me levantando pra levar o prato de brigadeiro lá pra cozinha.
Passei pelo corredor e cedi ao instinto de olhar pro quarto de Kenai, mas a porta estava fechada, queria muito ir até lá mas acho melhor não, ele ainda deve está estressado e eu só ia acabar estressando mais ele, então segui meu lindo caminho até a cozinha.
Coloquei o prato na pia e lavei logo pra não acumular, quando dei as costas pra sair dali vi que a porta do quintal estava aberta, fui até lá fechar, mas ele estava lá, do outro lado da piscina encostado no muro de costas pra mim, com sua calça moletom, sem camisa.
Quando me dei conta eu já estava caminhando até ele, não sei o porquê mas eu queria ir falar com ele, sei lá, nem que fosse pra me desculpar ou até mesmo brigar. Não faço a menor ideia do que está acontecendo comigo, mas também não estou disposta a descobrir agora.
Kenai: tá fazendo oque aqui garota?- falou olhando pra trás e me vendo ali.
- Nem eu sei, só te vi aqui e quis vim falar com você.- falei me encostando no muro ao seu lado.
Kenai: na moral Alana, eu não estou com paciência agora não, deixa eu ficar aqui de boa.- falou colocando seu baseado na boca.
- Você não cansa de fumar isso?- perguntei
Kenai: você não cansa de se meter na vida dos outros?- falou todo grosso e eu revirei os olhos, prestes a sair dali.
Kenai: espera, pode ficar, se quiser.- falou e eu voltei que nem uma cadelinha me encostei novamente no muro ao seu lado e fiquei vendo ele fazer o seu ritual, fumando o seu baseado e ficamos ali em silencio olhando a rua, não sei quanto tempo ficamos ali mas sei que foi tempo suficiente pra ele terminar seu baseado.
- não foi de proposito.- quebrei o silencio
Kenai: tô ligado.- foi a única coisa na qual ele falou.
- Tem ideia de quem possa ser o x9?- perguntei
Kenai: tô correndo atrás disso.- falou
Eu não tinha mais oque falar, mas também não queria sair dali, queria continuar ali mesmo que fosse em silencio.
Kenai: o policial não morreu.- a um mês atrás oque eu mais queria era ouvir isso, mas ouvindo isso agora oque eu mais sentir foi medo, olhei pro Kenai no mesmo momento em que ele olhou pra mim e ficamos assim se encarando, um olhando dentro dos olhos do outro como se pudéssemos nos comunicar em silencio.
Mas ai ele desviou, quebrando toda a conexão e olhando pra frente.
Kenai: Se eu fosse você tomava mais cuidado a partir de agora.
- Então ele vai vim atrás de mim.- perguntei baixo, mesmo sabendo da resposta, é obvio que ele iria vim.
Kenai: você tem duvida disso? com toda certeza ele vai vim atrás de nos, atrás da minha filha.- falou o final cheio de raiva na voz
- Oque vamos fazer agora?- perguntei.
Kenai: ainda não sei Alana, pareci que tá tudo fora do lugar, tem x9 no morro, é Rogerio se aliando com o morro inimigo é esse policial vindo atrás da gente, passei o dia tentando resolver esses problemas, mas eu não consegui resolver nenhum deles.- desabafou
Essa era a primeira vez que ele falava assim, me contava os teus problemas.
- Por quê você não entrou lá nesse morro e matou o Rogerio?- perguntei
Kenai: Por que entra em um morro não é algo fácil, vai ter troca de tiro e eu não queria perder nenhum dos meus homem por causa de um vacilão como ele, eu ia pegar ele, só que na melhor hora.- falou
- E oque você vai fazer agora ?- perguntei
Kenai: eu sinto cheiro de guerra vindo, as coisas aqui não ficaram fácil Alana e na hora que eu te mandar ir, você vai ter que ir com Lorena e Alice, pra segurança de vocês.- falou voltando a me olhar
- Ir pra onde? como assim? do que você tá falando?- disparei de perguntas, do que ele tava falando?
Kenai: se tem uma guerra vinda Alana, eu prefiro que vocês fiquem longe dela.- eu estava olhando nos olhos dele, os olhos dele transmitia preocupação e talvez até, medo?
E por um momento de impulso, eu me aproximei e beijei ele, mas não foi como das outras vezes, cheio de fogo, foi um beijo mais calmo mais carinhoso. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente, nossa língua dançava ne um ritmo só nosso, pela primeira vez eu sentir o tão falado frio na barriga.
Encerramos o beijo com selinhos e ele me puxou pra um abraço, encostei minha cabeça em seu peito passando o braço pela sua cintura e ele abaixou a cabeça entre meu pescoço segurado minha cintura, não sei por quanto tempo ficamos abraçados, só sei que eu não queria sai daquele abraço.
Naquele momento, pelo menos por um momento eu esqueci de tudo, de todos os problemas, parecia que só tinha eu e ele ali, em paz. Era isso que o abraço dele me transmitia, aquele abraço era a paz que o mundo me tirava.
