Capítulo 84

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Analu narrando:

Já tinha uns dias que estava fora do morro, eu não fazia a menor ideia de como eu iria matar o Rogerio e o tempo estava passando e eu não tinha pensado em nada, eu não fazia a menor ideia de como iria entrar no morro da penha sem levar um tiro na cabeça logo na entrada do morro, não iria dar tempo nem de falar com ele.

O Kenai não é de blefar, eu tinha que pensar em alguma coisa rápido, se não quem iria morrer era eu, eu estava ficando em uma casa alugada no asfalto, não podia ficar na casa da minha avó, o menor que estava pagando tudo, ele sempre vinha aqui me ver.

Menor: Oi nega.- falou enquanto colocava as sacolas de compras em cima da mesa.

- Oi.- fui até ele dando um selinho.

Menor: como tá você?- perguntou

- Tô com medo, Ruan, eu não consegui pensar em nada e o tempo está passando.- falei abraçando ele, esse abraço sempre me trás proteção.

Menor: já disse que estou com você, se você quiser a gente foge daqui.- falou ainda abraçado comigo.

- E vamos pra onde? O Kenai vai achar a gente em qualquer lugar, você acha que ele não sabe que você tá se encontrando comigo? é claro que ele sabe.- falei me afastando dele, Ruan sempre vem com essas ideias de querer fugir, sendo que era algo que jamais vai dar certo.

Menor: tá tendo muita coisa no morro, Kenai tá nem ligando pra isso.- falou 

- Não podemos, eu não posso deixar minha avó aqui.- falei olhando pra ele.

Menor: a gente leva ela, vai ser só por um tempo, até a poeira baixar, depois a gente volta.- falou.

- Você não sabe oque tá falando, eu vou pensar em alguma coisa, não vamos fugir.- falei

Menor: então o único jeito vai ser você indo até lá e matando o cara.- falou o obvio, me fazendo revirar os olhos

- Eu sei disso, eu só não sei como vou fazer isso sem levar um tiro.- falei puxando a cadeira e me sentando.

Menor: eu acho que já sei como.- falou

-  Como?- perguntei interessada olhando pra ele.

Menor: você pode entrar lá dizendo que terminamos, que eu te trair, todo mundo sabe que você é surtada.- falou a ultima parte rindo.

- tá mas eles não vão acreditar sem provas.- falei

Menor: a gente arruma alguém pra fazer isso.

- Tá querendo dizer que vamos arrumar uma amante falsa pra você?- perguntei arqueando a sobrancelha

Menor: esse é o único jeito minha filha e eu já até sei quem pode me ajudar com isso.- falou indo em direção a porta.

- Quem ?- perguntei indo até ele

Menor: mais tarde venho aqui e te explico.- falou saindo de casa e me deixando lá confusa.

Alana narrando: 

Felipe: como você está?- falou entrando dentro do quarto e vindo até mim, que estava deitada na cama, desde a hora que cheguei do  shopping.

- Eu não sei, eu estou com uma sensação ruim de que vai acontecer alguma coisa.- falei me sentando na cama.

Felipe: Kenai pediu pra vim aqui falar com você.- falou me fazendo olhar pra ele 

- Sobre oque ?- perguntei 

Felipe: ele acha que o policial vai até sua mãe pra tentar chegar em você...- e foi nesse momento que eu vim tudo rodar e não conseguia ouvir mais nada, minha garganta secou, eu não estava conseguindo respirar.

Felipe: Alana? ALANA PORRA, TA ME OUVINDO?- eu conseguia ouvir os gritos de Felipe  e até olhava pra ele vendo o desespero dele mas eu não conseguia responder ele, as palavras não saia e por um momento eu vim minhas vistas escurecer.

Menor narrando:  

Vi Karina saindo do Hotel dela e vindo em minha direção, não foi tão difícil descobrir aonde ela morava, ela era amiga de Analu.

Karina: Felipe que te mandou vim até aqui falar comigo?- perguntou se aproximando

- Não, eu precisava falar com você, podemos dar uma volta?- perguntei e ela me encarou confusa, certamente tentando entender  oque eu iria querer falar com ela.

Karina: Analu sabe que você está aqui?- perguntou

- Não, podemos ou não?- repetir a pergunta

Karina: eu não quero problemas com Analu, então acho melhor não.- falou já pronta pra sair, mas segurei no braço dela

- Vai ser rápido, eu prometo, sobe ai.-  falei olhando pra moto e ela revirou os olhos indo comigo em direção a moto, entreguei um capacete a ela e coloquei o outro.

(...)

Karina: não tem como eu fazer isso, todo mundo sabe que tenho um caso com Felipe.- falou fazendo o casal que estava do nosso lado olhar pra a gente, estávamos em sorveteria

- E todo mundo sabe que Felipe ama Lorena.- falei já sem paciência

Karina: desculpa, eu não posso fazer isso.- falou

- Por favor, é caso de vida ou morte.- implorei

Karina: tudo bem já que é urgente, eu posso arrumar alguém pra fazer isso.- falou parecendo pensar em alguma coisa.

- E quem seria?- perguntei

Karina: Minha prima tá vindo de São Paulo, vai passar uns dias aqui, posso tentar convencer ela, mas em troca você vai ter que me ajudar.

- Ajudar com oque minha filha?-perguntei já esperando a bomba

Karina: Lorena me proibiu de entrar no morro, você vai ter que me ajudar com isso e fazer ela parar de atrapalhar meu lance com Felipe.





Continua... 

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