64

3.6K 133 16
                                    

Kenai narrando:

Na moral eu tava puto, eu tava cheio de ódio, x9 no meu morro e aquela filha da puta sabendo disso invés de chegar até me, ficou escondendo. Sai daquela casa porquê eu tava vendo a hora de fazer alguma merda com Alana.

Felipe veio atrás de mim e eu nem quis papo, peguei minha moto e partir dali, fui pra boca, entrei nem falei com ninguém, pouco papo. Entrei na minha sala, eu estava extremamente puto, sentei na minha cadeira, abri a gaveta da mesa e peguei a seda com e comecei a bolar me baseado, só assim pra me acalmar.

Peguei o celular da outra e fui ver as mensagens, esse filho da puta mandou mensagem pra ela o final de semana inteiro e ela não disse nada a ninguém, deixa só eu saber quem é esse x9 que tá dentro do meu morro, peguei o isqueiro e acendi o baseado, fumei quase todo mais parecia que não tava fazendo efeito.

Menor abriu a porta e colocou a cabeça dentro da sala me olhando.

Menor: Yae, posso entrar?- perguntou todo cabeiro 

- Entra.- falei, levantando e indo até a mesa que tinha ali pegando o Whisky e colocando no copo.

Menor: tenho novidade sobre aquele caso lá.- peguei meu copo e me sentei na minha cadeira e comecei a montar outro baseado esperando ele dar continuidade no assunto, ele se concertou na cadeira e começou a falar.

Menor: Mandei uns conhecidos meu ir atrás daquele caso lá e pareci que não tem nem sinal do tal cara lá, só sabemos que ele teve passagem no hospital mas depois sumiu do mapa.

Cara, não é possível, eu só posso ter colocado sal na santa ceia, não é possível. Como se já não bastasse o Rogerio agora tenho que pensar em como vou matar esses dois, eu não posso invadir o morro rival, tinha que pensar em como resolver esses problemas.

Eu não tinha um minuto de paz, mané. Continuei ali fumando meu baseado e menor ficou me olhando parecendo que eu tava louco.

Menor: Faz essa cara de psicopata não que dar medo.- falou querendo me gastar mas eu não tava nem com cabeça.

- Na moral? meti o pé, tô querendo ficar sozinho, deixa ninguém entrar não, só me procura se for alguma urgência.- falei tomando todo o whisky que tava no copo.

Menor: Jaé, fé ai.- falou e saiu.

Felipe narrando:    

Sem caô? eu tava boladão com Alana, eu deveria ser a ultima pessoa que ela deveria ter esse tipo de pensamento, depois de tudo que fiz por ela, pra ela vim pra cá desconfiar de mim, faça me o favor viu.

Sai da casa do Kenai, bolado e puto, nem fui atrás porque sei que aquele quando tá assim é melhor deixar ele quieto, sai dali e partir pra casa de Karina, uma mina do asfalto que eu tava pegando.

Amo a Lorena, mas ela ultimamente só tá vacilando, ela pensa que eu não tô ligado que ela pegou um cara no baile e ainda por cima passou a noite na casa do K2, aqui nada passa abatido, ela sabe disso, ela já fez sabendo que eu ia ficar sabendo, aquela ali não dar ponto sem nó.

Cheguei em frente ao hotel que ela mora com o pai e mandei mensagem avisando que tava aqui, ela respondeu na mesma da hora dizendo que tava descendo, logo avistei ela saindo do hotel me procurando, buzinei e logo ela me viu, veio toda sorridente falar comigo.

Karina: Iai nego, milagre é esse que veio aqui de dia?- falou se aproximando, normalmente eu só colava aqui a noite, vim aqui de dia é muito arriscado.

- sobe ai, não posso ficar dando mole aqui não.- falei e ela subiu na moto e eu partir pro morro, passei pela barreira, era a primeira vez que eu trazia ela aqui.

Não queria ficar por ai passeando com mulher porque sei que não vai demorar pra chegar no ouvido de Lorena e do jeito que ela é ciumenta, gosto nem de pensar, mas taquei o foda-se, ela fica ai pegando um outro por que eu não posso?

Levei ela lá pra casa e fui direto pro quarto, não queria me bater com a Alana, pelo menos não agora, tô bolado com ela ainda.

Karina: maneira seu quarto, você mora aqui sozinho?- perguntou olhando pro quarto

- Não.- respondi tirando a camisa 

Karina: você é casado?- perguntou sentando na cama 

- Não po.

Karina é uma mina daora, apesar dela ser do asfalto cheia de grana ela não era preconceituosa, ela sabia dos meus corre, sabia que eu era traficante, só não sabe em qual patamar eu estou mas mesmo assim ela não teve preconceito nenhum, se envolveu comigo sabendo.

Alana narrando:

Lorena: relaxa amiga, Felipe vai te perdoar, ele te ama.- falou enquanto mexia o brigadeiro, Alice já tava dormindo e Lorena insistiu que eu dormisse aqui hoje, pra eu não voltar pra casa sozinha.

Alana: sei não Lorena, ele saiu daqui muito bolado.- falei enquanto guardava os pratos

Lorena: desencana.- falou enquanto colocava o brigadeiro no prato, ouvimos a porta bater e meu corpo já se tremeu todo, com certeza era o Kenai, tomara que ele venha na cozinha, que ele suba direto pro quarto.

Mas como eu sou extremamente azarada, ele veio na cozinha.

Kenai: tá aqui ainda por quê?- falou abrindo a geladeira, o fedor de maconha invadiu a cozinha de um jeito que vocês não tem noção, o cara tava pura maconha vei.

Lorena: Ela vai dormir aqui hoje.- falou tomando a frente

Kenai: Hum, teu celular ta na mão de um hacker da minha confiança, quando estiver pronto eu mando te entregar.- falou e saiu da cozinha.

Calada eu estava, calada eu continuei, não queria piora a situação, já estava ruim o suficiente.

Será que eu nunca vou ter paz nessa minha vida miserável? Po minha vida só tem dia de luta, até hoje não vi o dia de gloria, desde quando eu nasci que eu passo por problemas, abandono de pai, minha mãe apanhando na minha frente, dificuldades financeiras e agora isso se antes era ruim agora tá mil vezes pior, antes eu pelo menos tinha a minha mãe mesmo distante ela ainda estava ali, mas agora? ela não estava ali e estava mais distante do que nunca.

Eu tinha Felipe mas vacilei com ele e agora ? tenho quem?





Continua... 

Meu larOnde histórias criam vida. Descubra agora