Capítulo 94

3K 114 6
                                    

Analu narrando:

Hoje era o dia, o dia que podia dar tudo certo ou tudo errado, eu estava tão nervosa, com tanto medo que pudesse dar algo errado, eu tinha que ser super atriz, precisava ser fria em todos os meus movimentos se não tudo ia dar errado.

Parei o carro na entrada do morro da Penha e todos os vapor apontou a arma pra mim e dali eu já comecei a suar e engoli seco.

XXX: Bora desce do carro, mão pra cima.- falou apontando a arma pra janela do motorista e eu desci com a mão pro alto devagar.

XXX: Tem que ter muita coragem pra vim até aqui.- o outro vapor falou fazendo os outros rir 

- Quero falar com o chefe de vocês.- falei tentando me manter firme sem gaguejar

XXX: Lagarto passa o radio pro chefe.- o vapor que apontava a arma pra mim falou, ele me dava medo se eu pudesse saia correndo dali mas eu tinha mais medo do Kenai, então me mante ali

Lagarto: Chefe disse que não tem assunto nenhum com essa ai não...- antes dele continuar eu falei.

- Diz pra ele que é assunto do interesse dele.- falei o encarando firme, não podia demostrar medo, ele olhou pra mim e falou no radio ainda me encarando o chefe dele respondeu alguma  coisa, não deu pra entender e ele fez sinal pro que tava apontando a arma pra mim.

XXX: Fica de costa, bota a mão no carro.- falou e eu fiz oque ele  pediu e ele começou me revistar, depois que viu que eu não tinha nada, pegou um pano na mão do amigo dele e amarrou no meu olho.

XXX: Entra no carro, vou deixar você lá.- falou e eu entrei, como eles pediram, só tava firme por fora por dentro o cu não passava nem wifi.

Alguns minutos depois o carro parou e eu fui arrastada pelos braços e jogada em algum lugar.

XXX: Espera ai que o  chefe tá vindo.- falou e saiu, eu tirei logo o pano do olho, estava em um muquifo um quarto podre e fedendo, tinha uma cama e do lado umas camisinhas usadas, gente quem tem coragem de transar aqui? Só esses segundos aqui já tava querendo vomitar e olhe que eu nem sou fresca.

A porta foi aberta dando a visão do nojento do Rogerio e o outro que aparentemente é o chefe, feinho ele, dente de ouro, cordão com aqueles pingente enorme, eca.

Rogerio: Oi sobrinha linda, o que devo a honra da sua visita? Bateu saudades do tio foi?- falou e eu olhei com ódio pra ele.

- Meu desejo é falar com o chefe não o subordinado.- falei e ele me olhou com raiva.

XXX: Dar seu papo, você tem dois minutos.- o feinho falou e eu engoli em seco.

- Eu vim me juntar a você, depois do que eu aprontei o Kenai está me caçando eu só consegui fugir por causa do menor, ele está do meu lado.- falei, tive que improvisar, claro que ninguém ia acreditar naquela ideia de que fui traída, ele me encarou bem tentando encontrar algum rastro de mentira e eu me manti firme, se eu desviasse o olhar eu morreria ali mesmo.

XXX: O kenai não é de vacilar, essa historia tá muito mal contada.- falou coçando a barba

Rogerio: Também tô achando.- ele não sabe ficar calado, claro que ele tinha que se meter.

XXX: Primeiro eu vou ver com meus contatos lá de dentro pra saber se essa historia procede.- falou, então lá tem um x9?

- Pode falar, eu tô falando a verdade, depois do que esse idiota me fez fazer eu não posso chegar perto do morro, tive que sair de lá corrida se não fosse o menor eu não estava aqui hoje.- dramatizei 

XXX: Oque você acha?- perguntou olhando pro Rogerio.

Rogerio: De por mim matava ela agora.- falou e eu engoli seco na hora o cara me olhava pensando no que fazer comigo, eu estava morrendo de medo.

Na minha mente já tava rezando o pai nosso, pedindo a Deus que me ouvisse e pedindo perdão de todos os meus pecados.

Kenai narrando: 

Tava na boca a horas pensando em incontáveis planos, pensando em todas as possibilidades em qualquer improviso que pudesse ter, eu queria tá preparado pra tudo, até então eu estava perdendo nesse jogo, precisava virar.

Menor entrou na sala totalmente nervoso, jogando a mala de dinheiro em cima da mesa, ele tinha feito cobrança hoje.

- Qual foi cara?- perguntei olhando pra ele que pareci está em outro mundo, olhou pra mim todo confuso e se sentou na cadeira.

Menor: Analu foi lá hoje a essa hora já deve tá lá e eu nem sei se tá tudo bem com ela.- falou, Analu era minha luz no fim do túnel.

- Relaxa cara, Analu é esperta, ela sabe se virar.- falei, eu estava contando com isso.

Menor: A gente deveria ter um x9 lá dentro.- falou mais pra ele do que pra mim.

Felipe entrou na sala e olhou pra nos dois sem entender nada, nem fiz o esforço de tentar explicar minha cota de paciência já foi hoje de manha com Alana, eu sabia que ensinar ela iria ser difícil, mas meu filho o bagulho lá tá missão impossível.

Eu não tenho paciência pra ensinar e ela é lerda pra aprender.

Felipe: como foi hoje com Alana?-  perguntou se sentando no sofá que tem ali 

- Foi maravilhoso, amanhã essa missão  é sua.- falei

Felipe: Vou tá ocupado amanhã.- falou querendo tirar o corpo dele de fora, miserável.

Menor se levantou e saiu batendo a porta.

Felipe: Oque foi que deu nele?- perguntou apontando pra porta.

- Analu foi hoje pro morro da Penha.- falei e ele deu de ombros.

Analu narrando:   

Depois de alguns minutos naquele jogo de olhar, ele tirou sua arma da cintura e destravou, eu preferia ficar no jogo de olhar.

XXX: Você tem 10 segundos pra falar oque veio fazer aqui.- falou apontando a arma na minha cara.

- Eu já disse.- falei tentando segurar o choro, quando você tem uma arma apontada pra você é como se você estivesse vendo sua vida passar por um trailer e aquele medo preso, começa a querer sair em formas de lagrimas.

Ouvi o disparo da arma e fechei o olho esperando a dor vim.




Continua... 

Meu larOnde histórias criam vida. Descubra agora