Henrique narrando:
Já tinha uns dias que estava no Rio de Janeiro em busca da minha irmã perdida, mas eu não sabia nem como era, nem como se chamava, a única coisa que eu sabia era onde ela morava, mas fui até lá e não tinha ninguém, chamei algumas vezes e ninguém apareceu, eu não sabia mais como fazer pra encontrar ela.
Estava ficando na casa de meu tio e minha prima, eles praticamente não para em casa, meu tio trabalha muito e minha prima só vive na casa do ficante dela, ainda não tive coragem de contar pra Soffia que ela tinha uma irmã, até porque não tinha como contar uma coisa dessas pelo celular e eu não pretendia voltar por agora.
Demore o tempo que for eu vou achar a minha irmã.
Estava na sala olhando pro nada pensando no que fazer, em qual seria meu próximo passo daqui pra frente.
Karina: Oi primo, não sabia que estava ai.- falou aparecendo na sala e se sentando ao meu lado.
- Milagre você em casa, tá sempre na casa do teu peguete, inclusive quando vai apresentar ele pra a gente?- perguntei me virando pra ela.
Karina: ele não gosta muito de conhecer novas pessoas e por enquanto quero manter segredo, papai não sabe da existência dele ainda e prefiro que continue assim.
- Ue, por que?- perguntei
Karina: promete que não vai sair daqui?- lá vem coisa
- Rum, prometo.- falei já sabendo que iria me arrepender de saber.
Karina: ele mora no morro do Alemão.- falou
- Sim, mas qual é o problema?- perguntei pois não estava entendendo todo aquele mistério
Karina: vamos por partes, esse fim de semana vai ter baile lá vou te levar pra conhecer, lá é muito melhor do que essas baladas de playboy que você tá acostumado.- falou me fazendo rir, mal sabe ela.
- Se enxerga garota, tu ta conhecendo a vida agora.- falei empurrando e começamos a rir.
Karina apesar do luxo e do dinheiro, ter sido bastante mimada desde quando era pequena, ela não cresceu sendo uma menina fresca, sempre aproveitou o melhor da vida, sem se importar com classe social.
Felipe narrando:
A invasão tinha sido encerrada, tinha muitos dos nossos feridos, mas conseguimos defender nosso morro, tava com uns arranhão e levei um tiro de raspão no ombro, mas nada que um curativo não resolva.
Tava chegando na boca principal pra falar com Kenai quando meu radio toca, chamando meu nome.
XXX: fala fl, tá ai?
- Dar o papo.
XXX: Pô vei acabaram de passar com sua coroa aqui, estão levando ela pro postinho, pareci que ela levou um tiro.
Meu mundo girou, eu não conseguir escutar mais nada, só sair correndo em direção ao hospital, minha mãe é tudo que eu tenho eu não posso perder ela, eu estava desesperado, minha mente só pensava no pior.
Em minutos cheguei no postinho que tem aqui no morro, nunca corri tanto em minha vida.
- Cadê minha mãe?- já cheguei gritando com a mulher que tava na recepção
XXX: Senhor por favor se acalme, primeiro preciso saber o nome da paciente.
- Lucia, ela chegou a pouco tempo.
XXX: Sua mãe acabou de entrar em uma sala de cirurgia, ela chegou aqui em estados graves.
- Por favor moça me diga que minha mãe vai ficar bem, eu não posso perder ela.
Alana narrando:
Kenai chegou todo sujo de sangue, depois de horas fora, não pensei duas vezes antes de correr pra abraçar ele.
- Graças a Deus você está bem, tive tanto medo que acontecesse algo com você, cadê o Felipe? ele está bem? Por que ele não veio com você.- disparei, quando estou nervosa, não consigo ficar calada.
Kenai: Felipe está bem.- falou se afastando do meu abraço.
- Oque aconteceu?- já estava com medo do que viria agora.
Kenai: a mãe de Felipe está no hospital, ela levou um tiro, está em estado grave, cadê Lorena? Felipe vai precisar muito de vocês nesse momento.
Eu não estava conseguindo processar tudo aquilo que ele falou, minha única reação foi sair dali pra ir atrás do Felipe, ele precisava de mim naquele momento.
Senti Kenai segurar meu braço, eu já estava chorando.
Luan: vêm, vou levar você lá.- falou me puxando até o carro, dava pra ver que ele também não estava bem com aquilo, mas nesse momento Felipe precisava mais de mim.
Assim que o carro parou em frente o postinho eu corri pra entrar, nem esperei o Luan estacionar o carro, entrei no local em busca de Felipe, ele estava sentado com a cabeça baixa, enquanto Lorena abraçava ele.
- Lipe.- falei me aproximando dele, me abaixando do seu lado, ele me olhou sem saber oque dizer e eu puxei ele pra um abraço.
Ele começou a chorar no ombro me partia o coração ver ele daquele jeito.
Felipe: eu não posso perder ela Alana.- falou com a voz abafada no meu ombro.
Felipe: eu só tenho ela Alana, ela é tudo pra mim.- cada palavra dele ele chorava mais me fazendo chorar também, odiava ver ele daquele jeito, eu abraçava ele cada vez mais forte.
- Eu sei que não servi de consolo nesse momento, mas você tem a mim Lipe, eu nunca vou te abandonar, estarei sempre com você pro que você precisar, eu amo você Lipe.
XXX: acompanhante da paciente Luiza?- uma voz atrás da gente falou, fazendo a gente se afastar.
Felipe: como está minha mãe doutor?
Continua....
Meta: 15 🗨 20⭐
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Meu lar
Teen FictionA vida tende a pregar peças no momento mais inoportunos e no meu caso não foi diferente, minha vida virou de cabeça pra baixo de uma hora pra outra, minha vida nunca foi perfeita mas se vocês pesam que não podem piora, eu te garanto que pode piora m...