Meu lar

8 🤞

- Cara 3 minutos não é considerado tecnicamente um atraso- Falei revirando o olho

- Falei pra ta aqui que horas ?- Perguntou me olhando serio 

- Isso é serio ?- Perguntei revirando os olhos novamente, aquele papo tava me irritando já 

- Tá me vendo rindo aqui ? e para de revirar essa merda se você quiser sair daqui com ele.- Falou mais serio ainda apontando uma caneta pra mim, apenas arqueei a sobrancelha e pus minha cara de deboche, ai gente eu posso ate segurar minha língua mas minha cara ela é inevitável-menina pelo amor de Deus sentar logo nessa cadeira e vamos logo ao assunto pra você vazar logo não aguento mais ver essa sua cara de santa puta.

Ah não gente ai não, só porque ele é o dono do morro e tem uma arma e pode me matar a qualquer momento, não significa que pode falar assim comigo, oush.

- Olha aqui seu moleque tirado a homem, não é porque você é dono dessa merda que significa que você pode me tratar desse jeito, em nenhum momento te dei ousadia e muito menos te faltei com respeito então eu espero reciprocidade em relação a isso.- Falei já perdendo a linha, cara idiota vei, eu já não suporto ele, nojo.

- Quem você pensa que é pra querer me dar lição de moral ?- Falou se levantando cheio de raivinha, Uiii o corno tá brabo, corre cambada.

- Prazer Alana Sales, a menina que exigi respeito.- Falei estendendo a mão e piscando pra ele.

- Menina pelo amor de Deus senta logo ai e diz oque você quer, se for oferecer seu corpo como pagamento pra salvar teu pai pode voltar do buraco que saiu.- Quê ? a mano, vontade de meter a mão na cara desse menino, ele ta pensando oque ? que sou prostituta ? nada contra, respeito a profissão, mas não é algo que faria.

- Primeiramente- Falei me sentando na cadeira que tinha ali em frente a mesa.

- Seja breve por favor- Falou se sentando também.

- Continuando, Primeiramente, que pai ? Meu pai mora em São Paulo, mas se você estiver se referindo ao meu padrasto, Que se chama Rogerio gostaria muito de saber que diabos esse embuste aprontou agora, segundo, vou pedir novamente respeito, não estou aqui pra transar com você pra pagar divida de ninguém, terceiro e ultimo não entendi muito a sua mensagem, quando você disse "cabeças vão rolar" estava se referindo a mim e a minha mãe também? - falei tudo de uma vez enquanto ele me olhava atentamente. 

- Seu pai, padrasto sei la que diabo ele é, comprou cocaína aqui na minha loja gatinha e ta me devendo 500 reais a 15 dias, dinheiro pouco ou não eu quero meu dinheiro, se ele não pagar ele vai morrer e não vai ser bonito, não gosto de perder dinheiro ta ligado ? e se ele morrer sem me pagar a divida dele automaticamente passar pra sua mãe não quero saber quem vai pagar, só sei que quero minha grana, sair no prejuízo é que não vou, se ligou ? - Falou serinho

- Vei mas minha mãe não tem nada haver com as merdas que meu padrasto faz, ela não tem que pagar por um erro que não é dela.- Meu coração já estava acelerado, já estava com medo do que poderia acontecer, não queria perder minha mãe.

- Vei to percebendo que tu é uma mina da hora, então por você e pelo meu parceiro Fl que não sei porquê mais ele gostou de tu, vou aliviar pra você, seu padrasto vai descer de ralo isso não tem conversa, mas sua mãe vai ter que pagar o prejuízo porque eu também não posso sair perdendo, mas como tu é mina de fé vou fazer um parcelado pra tua mãe, todo mês ela me dar 100 até completar 500, ta bom pra você?- Bom não estava né, mas pelo visto ia ter que ser aquilo mesmo, em relação ao meu padrasto não fiquei nem um pouco sentida, pois ele não vale nada ele que procurou, agora aguente, só não gostei de minha mãe ter que pagar por algo que ela não tem nada haver.

- Tudo bem então, obrigado.- falei me levantando pronta pra sair dali.

- Mas seu padrasto ainda tem essa semana pra me dar a grana, se não chegar aqui até vencer o prazo, tá ligada ne ? dar o papo a ele.- Falou indo abrir a porta pra mim.

Assim que ele abriu uma garota de cabelo vermelho invadiu a sala me olhou de cima a baixo e eu fiz o mesmo, enquanto Kenai observava nos duas de sobrancelha arqueada apenas dei tchau a ele e sai da sala, ele bateu a porta logo em seguida, se eu soubesse que ia virar atenção de um monte de bandido ficava lá dentro, me sentir muito incomodada com os olhares, me senti um pedaço de carne.

- Oh cambada, trabalhar, bora- Um garoto apareceu batendo palma, incentivando o povo cuidar da vida, agradeci mentalmente.- Liga não, esse povo pareci que nunca viu mulher, nunca vi.- falou se aproximando.

- Obrigado, nem sei como te agradecer.- Sorri sem graça- Meu nome é Alana, prazer- Falei esticando a mão pra ele apertar.

- Menor, satisfação- Pegou minha mão

- Menor ? isso é um vulgo ?- Perguntei rindo

- Siiim- Falou rindo também- Oque uma menina como você tá fazendo aqui ?

- Como assim como eu ?-  Perguntei arqueando a sobrancelha 

- Sei lá, você não tem cara de que vende droga ou usa e nunca vi você por aqui, não tem como ser mina de alguém daqui.- Explicou

- Ah ta, entendi, realmente, você acertou, não uso drogas nem sou mina de ninguém, vim apenas resolver um problema, agora tô sem saber como vou chegar na entrada do morro, já que minha carona sumiu. 

- Entendi, se quiser eu te deixo lá, tô de bobeira agora, meu turno acabou.

- Ai eu aceito, muito obrigada.

Caminhei com ele ate sua moto, ele subiu e me ajudou subir também ligou a moto e desceu, dessa vez prestei atenção no caminho, pra caso tiver aqui novamente não ficar pedindo carona, tomei um susto quando menor freou bruscamente, quase me fazendo cair, olhei pra frente pra saber oque aconteceu  e tinha uma garota de cabelo cacheado com mechas azul, na frente da moto com a mão na cintura.

- Eu vou perguntar só uma vez menor, quem é essa vadia, que esta atracada em você, em cima da sua moto ?- Gritou cheia de raiva, a pronto era so oque me faltava, ser xingada por uma louca ciumenta, revirei o olho descendo da moto, olhando para aquela cena patética.

Continua...

Oque vocês acham que vai acontecer ?