Capítulo 4

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O aroma apetitoso invadiu suas narinas e fez Serkan despertar dos seus pensamentos, deixando o notebook de lado ele se encaminhou para a cozinha e abriu o forno conferindo a carne suculenta.

Diferente de todas as outras vezes que seus pais vieram para o jantar, dessa vez ele estava realmente nervoso.

Com certeza é por causa do noivado!

Ele tentou se enganar mesmo sabendo que o verdadeiro motivo da sua inquietude era outro, mas não iria permitir que ela o perturbasse com seu riso fácil e olhos profundos. A campainha tocou e Serkan se encaminhou para a porta repetindo em sua cabeça que ela não o afetaria, mas quase riu de si mesmo quando seus olhos recaíram sobre ela. Com um vestido amarelo de saia rodada que chegava até a metade de suas coxas, saltos altos e pouca maquiagem no rosto, Eda era a imagem de um anjo em sua frente. Ele abriu a porta e suas mãos voaram para os bolsos com os punhos fechados para conter o impulso de a puxar para seus braços enquanto ela passava por ele com seu cheiro suave que lembrava um dia de primavera.

-Merhaba, Serkan.

-Eda. - Ele a cumprimentou em uma distância segura. - Seja bem vinda.

-Obrigada. - Eda sorriu desconfortável e Serkan se esforçou para continuar olhando em seu rosto.

-Você está linda, Eda! - Sua voz saiu mais rouca do que gostaria e por um momento ele viu a surpresa nos olhos dela.

-Obrigada. Estou digna do grande Serkan Bolat? - Ela brincou e ele sorriu levemente.

-Perfeita! - Ele raspou a garganta em sinal de nervosismo e apontou para a cozinha. - Quer me ajudar a servir o jantar? Meus pais já devem estar chegando.

Os dois trabalharam na cozinha com tranquilidade, com os movimentos sincronizados enquanto Eda arrumava a mesa e Serkan terminava de fatiar a carne. Eles conversavam levemente trocando algumas informações sobre como se conheceram e ele ria de algumas histórias inventadas por ela sobre como se apaixonaram.

-Eu me recuso, Eda. - Ele disse rindo servindo uma taça de vinho e entregando à ela. - Todos que me conhecem bem o suficiente sabem que eu jamais entraria numa floricultura atrás de uma mulher.

-Ah ah... - Eda bebericou o vinho enquanto se divertia da expressão de deboche dele.

-Eu sou alérgico a pólen.

Ela riu com vontade enquanto balançava a cabeça descrente.

-Eu nunca conheci alguém que fosse alérgico a tudo que é bom na vida. Mais alguma coisa?

-Morango. - Respondeu sorrindo.

-Claro que sim.

Serkan a observou por alguns segundos, a postura relaxada enquanto terminava de colocar as taças na mesa, trouxe uma estranha sensação de conforto. Enquanto conversavam ele pode constatar que ela era dona de um senso de humor único ao mesmo tempo que era inteligente sem se gabar. Ela com certeza não tinha consciência de como era sensual quando se inclinava sobre a mesa completamente concentrada na tarefa que fazia e Serkan se sentia inquieto com a vontade que sentia se segurar os cabelos castanhos por dentre seus dedos e tocar a pele levemente bronzeada. Tinha certeza que era sedosa e macia, quase podia sentir a sensação das mãos dela na sua novamente.

-Serkan? - Eda o olhou estranho e então ele percebeu que fora pego a encarando.

-Desculpa! - Ele respondeu desconfortável. - Ah, eu tenho um presente para você. Espera um pouquinho.

Desapareceu no andar de cima por alguns minutos e voltou com uma caixa de veludo na mão.

-O anel! - Eda exclamou surpresa quando ele abriu e um anel com uma pedra em forma de flor apareceu. Serkan segurou a mão dela com firmeza enquanto deslizava a jóia pelo seu dedo e depois fez o mesmo com a sua aliança.

A Melhor Parte de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora