Capítulo 15

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-Eda! - Serkan segurou a cabeça dela com uma das mãos, seu coração batendo tão forte dentro do peito que pensou que a qualquer minuto ele se romperia. - Por favor, olha para mim!

Ele a carregou para a cama enquanto seus olhos corriam pelo quarto em busca de suas roupas. Serkan se vestiu em segundos enquanto a vigiava ao mesmo tempo e se obrigou a respirar devagar e seu coração desacelerar.

-Serkan! - Ela o chamou com a voz baixa e em um pulo ele estava ao lado dela a segurando para que não se levantasse.

-Espera um minuto, nós já vamos descer.

-A Melo... - Os olhos dela se encheram de lágrimas e Serkan a beijou na testa para acalmá-la.

-Nós vamos encontrá-la, não se preocupe. Você só tem que ficar calma até chegarmos no hospital, tamam?

-Ahm? - Ela franziu a testa confusa. - Por quê?

-Você desmaiou. - Serkan a olhou estarrecido enquanto fechava a camisa desgovernado.

-Esquece... - Ela estava em pé antes que ele pudesse evitar e puxou uma calça jeans das suas roupas que estavam em uma mala no chão. - Eu vou atrás da Melo.

-Tá maluca, Eda? Dois minutos atrás você estava desacordada em meus braços.

-Não estou mais. - Ela o encarou com determinação enquanto enfiava a camiseta dele para dentro do cós da calça e prendia o cabelo em um rabo de cavalo no alto da cabeça. - Você vem comigo?

-Você é tão teimosa! - Serkan suspirou frustrado enfiando os pés dentro dos sapatos. - Tem algum lugar onde ela possa estar?

-No Alev! - Ela pegou o celular de cima da mesa de cabeceira e procurou o número rapidamente. Seus pés batiam impacientemente no chão enquanto mantinha o celular no ouvido por um tempo. - Não atende.

Eda discou o número de Melo e olhou para Serkan com desespero quando a ligação entrou direto na caixa de mensagem.

-Tudo bem... - Ele respirou fundo passando a mão pelo cabelo visivelmente inquieto. - Mais algum lugar que ela possa ir? Alguma outra amiga que vocês tenham?

-Hayir. Ela me disse que passaria no apartamento para tomar um banho e depois vinha para cá para jantarmos juntas.

-Espera um minuto... - Serkan atendeu o telefone quando o nome de Peter apareceu no visor e Eda pulou sobre a cama para colocar a chamada no viva-voz. - Encontrou?

-Ainda não, senhor. Um dos vizinhos informou que não a viu voltar para casa hoje a tarde.

-Como ele pode saber sobre isso? - Serkan indagou irritado com as narinas dilatadas.

-Você realmente não conhece nossos vizinhos! - Eda balançou a cabeça com um meio sorriso irônico.

-Tamam. Peter, você continua onde está e liga para o Comandante Berk e diga para ele ir para ai imediatamente.

Serkan desceu para o estacionamento com Eda em silêncio ao seu lado. Os olhos dela cheios de preocupação fazia seu coração se apertar.

-Nós vamos encontrá-la, tamam? - Ele a beijou no alto da cabeça e passou os braços em volta dela, os tremores do corpo de Eda ecoou no seu. - Você está bem?

-Evet. - Um murmúrio saiu dos lábios dela.

-Eda, me promete que vai ficar calma? Eu não posso me preocupar com vocês duas ao mesmo tempo.

-Obrigada! - Eda o olhou com gratidão. - De verdade, obrigada por isso.

-Não me agradeça... - Serkan encostou a cabeça na parede do elevador com os olhos fechados, a culpa o corroendo por dentro.

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