Capítulo 14

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 -Você me ama? - Ela piscou os olhos aturdia com a respiração entrecortada.

-Não tem ideia do inferno que passei quando Peter nos avisou que... - A voz dele falhou e seus olhos se tornaram mais intensos enquanto olhava seu corpo novamente para ter certeza de que ela estava bem.

-Eu estou bem, Serkan. - Ela respondeu em um fio de voz. - Para de olhar assim.

-Assim como? - Ele a indagou confusos, suas mãos correndo pelos braços dela numa tentativa de aquecê-la.

-Como se eu estivesse quebrada. - Resmungou e ele pode ver um lampejo de raiva nos olhos dela. Sua Eda estava de volta. - Precisamos conversar.

-Estamos conversando, bebê. - Ele tocou os lábios dela com os seus de leve antes de empurrá-la delicadamente de volta para cama. - Você precisa descansar.

-Eu já disse que estou bem.

Se seu coração não estivesse tão acelerado desde que recebera a ligação, provavelmente Serkan riria da forma que ela bufou e revirou os olhos, mas tudo que ele fez foi ignorá-la enquanto colocava uma almofada por baixo dos joelhos dela e conferia novamente seu corpo em busca de qualquer resquício de machucado. Ele tentou ignorar a palpitação estranha em seu peito quando a imagem de Eda jogada no chão invadiu sua mente pela milésima vez desde que recebera o telefone. Ele não deixaria que ninguém se aproximasse dela novamente, mataria Burak com suas próprias mãos se isso fosse necessário.

-Serkan? - Ela o chamou com a voz suave e bateu ao seu lado na cama. - Vem cá!

Serkan tirou os sapatos e a meia antes de deslizar para o lado dela, se mexendo o mais delicadamente que conseguia. Ele pegou a mão dela e a segurou, seus dedos se encaixando com perfeição.

-Você me ama? - Ela perguntou subitamente sem esconder a ansiedade. - Foi isso que você falou, não foi?

Ele sorriu timidamente levando a mão dela até a boca e beijando seu pulso.

-Eu amo. - Respondeu simplesmente inspirando o cheiro dela. - Você tinha razão, eu nunca vou conseguir deixar você ir embora para longe de mim.

-Eu não tenho intenção de ir para lugar nenhum sem você, Serkan. - Ela também sorriu. - Mas...

-Hum... Mas? - Ele a encorajou a continuar.

-Itália! - Eda suspirou olhando para ele daquele jeito que fazia seu coração saltar de um jeito estranho dentro do peito.

-O que tem?

-Você sabe... Me prometeu um emprego lá.

-Evet. - Ele concordou confuso sem entender qual o rumo da conversa. - O que tem?

-Eu ainda quero trabalhar lá.

-E você sempre vai ter tudo o que quiser, Eda. - Ele a beijou no alto da cabeça. - Não se preocupe com isso, podemos ir juntos.

-Juntos? - Ela apertou os olhos nele, um sorriso bobo brincando em seus lábios.

-Eu vou para onde você for.

Eda se arremessou para cima dele e gemeu de dor no mesmo instante.

-Eda! - Serkan a repreendeu com a voz áspera e o olhos arregalados. - Você precisa tomar cuidado, porra!

-Desculpa. - Ela resmungou levando a mão para a costela. - Eu esqueci.

-Você... - Serkan cerrou o maxilar com raiva e respirou fundo antes de olhá-la. - Você não pode esquecer que está machucada ou então em vez de ficar de repouso um mês vai ter que ficar dois ou três. É isso que quer?

A Melhor Parte de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora