Capítulo 33

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Eda sorriu quando o nome de Serkan surgiu na tela de seu celular. Ainda não estava acostumada com o jeito que seu coração batia desenfreado dentro do peito sempre ouvia a voz grossa e melodiosa. Como agora.

-Oi. - Ele falou do outro lado da linha.

-Oi.

Ela cumprimentou Aslan com um sorriso aberto e esperou que ele abrisse a porta do carro. Apesar de todos os protestos dela sobre aberturas de portas, eles finalmente entraram em um consenso: ele podia abrir as portas e ela não reclamaria, mas Aslan era obrigado por lei a não chamá-la de senhora. Aslan riu, pela primeira vez desde o acidente, para ela quando Eda o chamou para discutir todas as formalidades que se recusava em seguir.

-Está indo para casa? - Serkan indagou.

-Estou saindo da casa da minha tia agora. - Eda abaixou o tom de voz para que Aslan não a ouvisse. - Sabia que fui trocada pelo Peter?

-Como assim?

-Melo me deu bolo porque Peter está de folga hoje e Peter nunca está de folga. - Ela ouviu Serkan rir do outro lado e sorriu também. - Quando isso começou?

-Melo e Peter?

-Evet. - Ela sinalizou para Aslan aguardar só mais um momento e ele balançou a cabeça em concordância, se mantendo alguns passos longe dela. - Você sabia?

-Descobri antes de irmos para Itália. Você não me deixou despedi-lo.

-Por que você faria isso? - Ela indagou com a voz estridente.

O som da risada dele a fez inspirar fundo. Eda se encostou no carro com o cenho franzido enquanto imagens dos dois invadiam sua mente:

-Não é assim que funciona um relacionamento, espertinho! - Eda sorriu segurando seus braços. - Você não pode esperar que vai me convencer de qualquer coisa só porque é a melhor transa da minha vida.

-Eu sou? - Um sorriso orgulhoso e zombeteiro surgiu nos lábios dele e Eda revirou os olhos envergonhada quando percebeu o que tinha escapado dos seus lábios. - Você vai falar novamente?

-Seu ego já é grande o suficiente sem que eu precise o alimentar!

Serkan riu alto, os olhos quase fechando e a boca mostrando a fileira perfeita de dentes brancos. Eda suspirou olhando para ele, o som daquela risada reverberando dentro do seu coração. Se ao menos ela pudesse guardar aquele barulho para sempre, com certeza o som da risada dele era a sua canção preferida.

-Eda?

Ela piscou os olhos aturdia enquanto a voz dele chamava sua atenção de volta para o presente. Aslan a encarou com os ombros tensionados e levemente inclinado em sua direção, mas Eda o tranquilizou com um sorriso.

-Desculpa. - Ela murmurou para Serkan.

-O que houve? Vocês estão bem? - O tom preocupado na voz dele a fez se sentir cuidada.

-Estamos bem, foi só uma lembrança. - Ela o tranquilizou e pode ouvi-lo soltar a respiração de uma vez.

-E então? - Ele perguntou brincalhão e a fez revirar os olhos por saber exatamente sobre o que estava gracejando.

-Ne? - Eda prendeu os lábios para se impedir de rir e usou sua voz mais inocente.

-Nós estávamos pelados?

Ela gargalhou com a cabeça encostada no banco.

-Não, não estávamos. - Ela finalmente respondeu.

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