Capítulo 3: Vem Me Deixar Louco, Então!

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Beto Velásquez.

Depois do almoço, eu e Alexia fomos passear pela praia, uma vez que ela havia me dito pra aproveitar bem ela, já que no dia seguinte teria muito trabalho a fazer e que, se eu quisesse, nos veríamos só pela noite.
Então, lá fomos nós no fim de tarde mexicano caminhar sem rumo pela faixa de areia. Conversamos várias amenidades, trocamos vários carinhos, até pararmos numa pracinha no calçadão cheio de pessoas e barraquinhas de comida. Comprei uma pipoca gigantesca pra gente dividir sentados num banquinho, enquanto o sol se punha.
Entre uma conversa e outra, a morena me abordou:

— Beto... Quando a gente tava na praia, você disse que faltava uma coisa pra te fazer completo e eu fiquei remoendo isso. Sei que a gente acabou de se conhecer, mas... Se não quiser, não fala! — Disse ela, enchendo a mão de pipoca.

Olhei pra ela com um sorriso sem vida e joguei um dos braços para trás dela, a envolvendo num "abraço" de lado, desviando o olhar para o horizonte, onde o mar e o céu se encontravam.

— Amor, era isso que me faltava. Eu sempre fui um homem livre, nenhuma mulher era capaz de me ter por inteiro, até que conheci uma. Uma em especial. Fiz muita coisa errada, criamos nosso relacionamento numa mentira. Mas, nunca menti sobre amar ela mais do que a mim mesmo. Doeu tanto quando terminamos, pensei que nunca mais seria capaz de amar alguém de novo, — confessei — na verdade, ainda penso. Quem conseguir meu coração, tá de parabéns.

— Ela te amava? Na mesma intensidade? — Perguntou ela, prestando atenção como se fosse uma história muito interessante.

Aquela história ainda doía no pé do estômago, apesar de superada.
Balancei a cabeça negativamente e sorri pra ela, usando a mão livre para virar seu rosto em direção ao meu, em seguida roubando um beijo. Alexia não hesitou em retribuir, e logo se tornou um beijo intenso que calava aquele assunto por aquele momento, já que uma "peguete" não precisava ouvir os problemas do meu passado, inclusive, era bem "anti-clímax".
O beijo dela era um tanto quanto viciante, único, que me deixava relutante ao me afastar. Nos afastamos apenas quando o ar faltou, e ficamos nesse ciclo de beija e afasta por bons minutos.
Ao finalmente pararmos os beijos, percebi que a luz alaranjada do anoitecer batia no rosto da morena e iluminava seus olhos castanhos para um tom mais claro e deixando em evidência sua pele linda e delicada.
Passei o polegar pela sua bochecha e ela sorriu sem jeito, parecia tímida com o meu olhar tão... Atencioso.

— Me olhando desse jeito, cê me faz perder o rumo — Alexia disse baixinho, olhando-me nos olhos.

— Quero guardar bem esse rosto — respondi, roubando os lábios dela pra mais um selar — tá anoitecendo, quer ir pro seu quarto?

Ela riu e subiu a mão para a minha nuca, fazendo carinho no cabelo ralo por ali.

— Você tá preocupado com a noite e meu dia agitado amanhã ou você tá querendo me levar pra cama? — Perguntou ela, arqueando uma das sobrancelhas e mordendo o lábio inferior.

Dei uma risada junto e me aproximei dela novamente.

— Sinceramente? Os dois. Se a gente ficar agora, amanhã você não fica cansada pra gravar suas cenas — justifiquei.

— É, Beto Velásquez... Você tem um ponto — Respondeu ela, levantando do banco.

Levantei logo em seguida e voltamos sem muita pressa até o hotel, o caminho todo conversando sobre outras coisas. Alexia me explicou melhor a trama do trabalho dela e eu falei sobre as campanhas que eu tava trabalhando antes de entrar em férias.

Salve-se, Coração!Onde histórias criam vida. Descubra agora