Capítulo Oito

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Nika...

Eu ainda estou perdida, tentando desvendar o que acabará de ocorrer aqui.
Eu sei que Henry, não gosta do Kyle, devido as minhas queixas, ele criou um certa antipatia, contudo, o olhar duro de Kyle, para Henry, era assustador. Fiquei de frente para os dois, enquanto ambos, tencionavam suas mandíbulas cerrando ao máximo, os vidrados apertando intencionalmente enquanto se encaram, as veias no pescoço, parecem percorrer lava vulcânica.

Eu não conseguia entender a essa mudança brusca de humor, tão pouco conseguia lidar com essa batalha que ambos travaram aqui, era tão estranho ter meu patrão e meu amigo rugindo um para o outro.

- Esse, cara, é tão antipático.

- Já chega, Henry!

Tudo bem, soou um pouco grossa da minha parte, contudo, tem percebido, que Henry tem andado muito grudado ultimamente, era quase como se estivesse pressionando.

- E, agora, está brava comigo.

Esfrego minha testa, uma dor de cabeça, começará a me atormentar.

- Só estou pedindo, para pegar leve, ele ainda é meu patrão.

Henry franze o cenho, enquanto me encara.

- Você costumava pensar algo parecido.

- Eu sei, ele pode ser difícil, mas ainda é meu patrão.

- É só isso mesmo?

Eu não estava gostando do rumo dessa conversa e minha cabeça realmente estava me matando.

- Onde você, quer chegar com isso, Henry?

- Desculpe, só acho estranho ele veio até aqui, e agora você está o defendendo.

- Henry, estou com dor de cabeça, melhor eu ir.

Estava com um gosto amargo na boca e uma sensação de vazio no peito. Movo-me, mas Henry envolve meu braço, me fazendo parar.

- Espere! E a nossa comemoração?

- Desculpe! Estou mesmo com dor de cabeça, quero descansar.

Ele desfaz qualquer expressão de esperança e assenti.

- Tudo bem, podemos marcar para outro dia.

Concordo sem muito ânimo, por hora, só quero minha cama.

*******

Rolei na cama por um longo tempo, isso estava me matando, sem conseguir tirar aquela expressão de raiva de Kyle, me assombrando, era impossível dormir.

Olhei meu celular, logo desanimei, eu não tinha nem o contato dele.

- Merda!

Eu havia resmungado por um longo tempo, até meu celular disparar a tocar, ainda sem vontade para conversar com Henry, presumo ser ele, tento ignorar a ligação, mas estava insistente, ao abrir meus olhos, vejo um número desconhecido, a angústia toma conta de mim, temendo ser alguém ligando para falar do meu pai.

- Alô?

- Ainda acordada?

Era a voz rouca de Kyle, sou pega de surpresa.

- Como conseguiu meu número?

Eu sei, pergunta ridícula, porém, não sabia como reagir mesmo numa ligação como esse homem.

- Sou seu patrão, não é meio óbvio.

Eu quero me chutar, me sinto uma idiota.

- Está tarde, presumo que tenha tido uma ótima comemoração.

Sim, SenhorOnde histórias criam vida. Descubra agora