KYLE...
Quando me dei conta, já estava diante da casa de seu pai, eu sei, estou começando a me achar um verdadeiro perseguidor, pegando o carro e dirigindo até esse lugar afastado, tentando encontrar uma desculpa para esse meu comportamento total e descabido.
Seu pai, apesar de ter uma aparência melancólica, ainda possui um ar jovial, notei muito dela em seu sorriso. Ainda estou parado, meus olhos fixos nos dela, que parece acreditar na minha desculpa ridícula.
— Ah! Querida, que tal convidar o Kyle para almoçar conosco?
Olho em sua direção aguardando uma resposta, ela sorri timidamente, então concordar com um balançar de cabeça.
— Ótimo, então, que tal mostrar ao Kyle um pouco do lugar, vou até o mercado no centro.
— Mas, pai, o senhor acabou de voltar.
Resolvo intervir com uma sugestão.
— Que tal? Nika e eu, formos até o mercado, aproveito para dar um passeio.
Ela parece feliz, e eu vibro por dentro.
— Tem certeza?
Seu pai pergunta, ainda na dúvida.
— Claro, o que me diz, Nika?
Ela sorri, fazendo meu coração descompassar.
— Por mim, está perfeito.
Planejamos o que compraríamos para o almoço, voto meu e do seu pai venceu, optamos por churrasco, ela somente concordou com um revirar de olhos.
Durante o trajeto, observei o quanto seu rosto estava leve, revigorado, não lembrara em nada a tensão que mantinha nele, em outros dias.
— Você me parece feliz?
Ela ajeita uma mecha do seu cabelo.
— Confesso, que pensei que teria uma grande batalha a ser travada, mas, para minha surpresa, tem sido tudo tão, perfeito.
— Seu pai, ele parece uma pessoa muito legal.
Ouço seu suspirar, ela está fitando a paisagem pela janela do carro, o vento batendo contra seu rosto, fazendo algumas mechas se soltarem, a cena só a deixa mais linda.
— Então, que negócios, você tem por esses lados?
Eu sabia que ela insistiria nisso, no entanto, não consigo disfarçar um meio sorriso travesso.
— Eu diria, que o mais importante em anos.
Ela me olha com o cenho franzido, eu não consigo conter aquele sorriso que antes, estava seguro.
— Ah! Deve ser muito importante, afinal, veio até aqui, dirigindo e num final de semana.
Ela não fazia ideia de tudo que estava se passando em minha mente.
— Sim! Muito importante.
Seguimos pela avenida até estacionar em frente a um mercado grande.
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Diferente do estacionamento, no supermercado, havia fileiras enormes de pessoas, como se adivinhasse o que se passa na minha cabeça, ela sorri e move os ombros.
— Pensou que seria mesmo divertido?
Ela provoca enquanto segue até um carrinho.
— É bem movimentado aqui.
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Sim, Senhor
Romancekyle Woody, 36 anos, empresário, rico, egocêntrico, mesmo com uma vida regada a luxo, na sua enorme torre espelhada, vive uma vida vazia. Tudo irá mudar, com a chegada da jovem, humilde Nika, de 24 anos, ela mesmo com a vida regada a pobreza, vive...