Capítulo 26

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Nika...

Estava exausta de caminhar a manhã toda, porém, não tive escolha, os currículos na minha mão, não iriam serem entregues só.

— Ok! Esse foi o último,  agora, me responda, você não tem que trabalhar?

Henry, está de bom humor, me acompanhou em cada parada, no entanto, me sinto desconfortável por está tomando seu tempo.

— Relaxa! Hoje estou de folga e tenho planos.

Reviro meus olhos.

— Ontem, por acaso também foi sua folga?

Ele dá de ombros, exibindo um sorriso travesso.

— Não esquenta, só quero passar um tempo com minha amiga.

— Oh! Não moramos no mesmo prédio, jantamos praticamente todos os dias juntos...

Eu o provoco, ele coloca a mão sobre o peito, todo dramático.

— Oh! Está cansado de mim?

Não consigo conter uma risada.

— Desde quando, se tornara tão dramático?

Ele pisca seus olhos.

— Vamos! Estou faminto.

— Novidade!

Dou soquinhos no seu ombro, enquanto seguimos até o restaurante próximo a praça.

— Eu sei que você adora esse lugar, não negue.

— Não nego, você sabe que tenho uma queda por massas.

Ele sorri.

O lugar está calmo, algumas pessoas, aposto que no seu intervalo de serviço, outras, alguns casais, grupos de amigos sorrindo sobre algum assunto trivial.
Escolhemos uma mesa nos fundos, onde a visão é ampla para a área verde do parque.

— Eu realmente,  gosto desse lugar.

Digo, examinando o cardápio.

— Eu sei, por isso a trouxe aqui.

Deixo o cardápio de lado, eu já sabia exatamente o que pedir, no momento,  estou  intrigada com Henry.

— Henry, não precisa fazer isso.

Ele volta seu olhar para mim.

— O quê?

— Estou bem! Não precisa bancar a babá.

— Não estou, somos amigos, me preocupo com você,  além disso, gosto de passar um tempo com você.

Eu era afortunada de alguma forma, ter um amigo como ele, é raro, quase impossível, nossa relação tem melhorado cada vez mais, sinto que Henry,  compreende que meus sentimentos por ele, não serão modificados, eu o tenho como um irmão.

— Não pense demais, vamos comer e depois,  podemos caminhar até o parque.

É impossível conter um sorriso.

                     ******

Após terminarmos a refeição,  ele me convence a segui -lo até a praça.

— Estou exausta, como pode ter energia pra caminhar?

Eu o provoco.

— Qual é,  eu sei que você gosta desse lugar.

Talvez fosse bom, sentar num daqueles bancos e sentir a brisa da tarde, esquecer de tudo que me aflige durante a noite.

— Você tá estranho.

Sim, SenhorOnde histórias criam vida. Descubra agora