Sim, Senhor

Capítulo 27

Nika...

Sinto um frio na barriga, meu coração parece que vai sair pela boca. Eu já troquei de roupa várias vezes, tentei controlar minha respiração, no final, tudo em vão, estou quase tendo um ataque de pânico.
Não estou prestes a conhecer somente o filho do homem que amo, mas, meu sobrinho. Pode uma situação ficar tão louca como essa, eu me pergunto como irá reagir a criança.

— Eu estou tendo um ataque.

Digo esfregando meu rosto.

— Que horas o arrogante vai passar aqui?

Henry também troca palavras doces com Kyle, isso me deixa louca.

— Quando vai parar de implicar com ele?

Ele abre um sorriso.

— Quando ele parar de pegar no meu pé.

Reviro meus olhos.

— Ok! Como estou?

Pergunto uma última vez, mesmo sabendo que ele irá responder a mesma coisa.

— Já disse,  está linda.

Eu sabia, como posso me sentir segura.

— Você só sabe responder isso.

Ele dá de ombros.

— Porque é verdade.

— Ok! Eu desisto.

Digo, pegando minha bolsa.

— Você precisa se acalmar.

Falar era fácil, quero ver se fosse ele no meu lugar.

— A verdade,  é que o garoto é muito esperto, vocês vão de dar bem.

Franzindo o cenho, eu o encaro.

— Você o conhece?

Sua expressão muda. Havia algo de diferente no meu amigo.

— Henry, você tá escondendo algo.

Ele desvia o olhar.

— Do que você está falando?

Não consigo conter meu sorriso.

— Você pensa que me engana, mas não sou boba, eu vi sua aproximação com a Lyane.

— Ela é legal.

— Você só sabe dizer isso.

— Melhor eu me retirar, antes que seu namorado irritante chegue.

Está fugindo, eu o conheço bem.

— Essa conversa, ainda não terminou.

Grito, enquanto ele se move até a porta, para surpresa de todos, ao abrir a porta, ele se depara com Kyle.

— Você de novo!

Consigo ouvir os rugidos.

— Eu moro nesse prédio, ta lembrado ?

Eu preciso mesmo ser rápida, ou esses dois irão dar um espetáculo.

— Ok! Podem pararem, por favor.

Kyle torce o nariz e passa por Henry.

— O que ele faz aqui?

Cruzo meus braços e o encaro.

— Eu cheguei primeiro que você,  babaca.

— Henry!

O repreendo.