Capítulo vinte e seis

518 86 14
                                    

AMANDA MENEZES

  Graças a esperteza do meu querido chefe, terei que esperar o mesmo tomar banho, para eu ir em seguida, que situação em Amanda Cecília Menezes, meu nome é estranho sim, mas de acordo com o meu pai, foi em homenagem ao seu irmão que morreu em um acidente de carro, junto com esposa grávida de uma menina, que iria se chamar Cecília. Sempre me perguntei porque eu era tão diferente dos meus pais em questões físicas e morais, cheguei até cogitar que sou adotada, mas esta hipótese foi descartada quando eu vi minha certidão de nascimento e pesquisei bem a fundo sobre o fato. Chega ser irônico pensar que não tenho nenhum vínculo com as pessoas que se dizem serem meus pais, talvez seja porque cresci vendo eles arrastando corpos mortos pela casa, ou pelo motivo de sempre estar excluída de qualquer atividade em família.

  A minha família podemos se dizer, que foi uma tragédia atrás da outra, primeiro o irmão mais novo do meu pai é morto por uma gangue, e logo em seguida o irmão mais velho, e sucessor das empresas também. O irmão mais velho era conselheiro da máfia, o que explica muita coisa. Não tenho primos e nem tios, somos só nós, o que me causa um certo desconforto, mas eu passei a ignorar, e aceitar que minha família é assim e pronto.

  Tenho um carinho enorme por Marcos, e eu o considero como primo, ele era filho de uma das empregadas, e foi meu amigo por um tempo na minha infância, até que sua mãe foi embora o levando com ela, Marcos era muito inteligente, se formou em administração de economias, e ciências contábeis, se tornou braço direito do meu pai uns anos depois, eu o considero um irmão, e graças a ele eu consegui fugir do meu pai.

  Saio dos meus pensamentos quando vejo Henrico saindo do banheiro com apenas uma toalha na cintura, cabelos molhados, e as gotas escorrendo pela sua barriga, parando bem na onde a toalha estava amarrada.

— Cuidado pra não babar. — Ele diz dando uma risada.

— Não tem nada demais aí. — Digo tentando soar indiferente.

— Se você está dizendo... — Ele faz que não com a cabeça, e vai em direção à sua mala.

  Pego as roupas que separei, e vou para  dentro do toalete, trancando a porta e respirando fundo. Tomo um banho bem demorado me preparando para o dia longo que teremos.

  Saio do banheiro secando o cabelo com uma toalha menor depois de ter penteado o mesmo, encontro Henrico vestido, totalmente pronto, sentado na cama olhando o celular.

— Temos duas reuniões, uma às 15:00, que é daqui uma hora, e outra às 19:00. — Digo ajustando meu relógio no horário de Dubai.

— Com quem será a primeira reunião? — Perguntou me fitando.

  Pego minha bolsa e meu telefone caminhando ao seu lado, indo em direção a porta do quarto.

— A primeira é com um árabe que vai fechar negócio comprando produtos de última geração, ele quer sua ajuda para montar um bom contrato com eles. — Olho o tablet lendo as informações, — A segunda reunião é mais íntima, na casa do Emir, mas não estou informada sobre o assunto, é sigiloso. — Já tínhamos saído do elevador e estávamos entrando no carro. Arqueei minha sobrancelha pensando mentalmente, o que será que irão conversar? — Será necessário minha presença nesta última reunião, senhor? — Pergunto.

— Com certeza.

  O resto da viagem dentro do carro foi em silêncio, eu aproveitei para tirar umas fotos das paisagens, e mandar para o grupo das meninas, tinham áudios demais e várias mensagens de texto das minhas amigas, provavelmente  me aconselhando sobre o Henrico, mas óbvio que eu não leria e nem ouviria com ele do meu lado. Pego o tablet, e organizo alguns assuntos pendentes de reuniões lá do Brasil, e vou adiantando o meu trabalho.

𝓕𝓲𝓸 𝓿𝓮𝓻𝓶𝓮𝓵𝓱𝓸 - 𝓞 𝓹𝓪𝓼𝓼𝓪𝓭𝓸Onde histórias criam vida. Descubra agora