Capítulo catorze

560 98 23
                                    



  ". I told you I was trouble, you know that I'm no good — Amy Winehouse, You Know I'm No Good
(Eu te disse que eu era encrenca, você sabe que eu não presto)"

AMANDA MENEZES

Assim que sai do escritório do meu ''querido chefe", vou até minha sala para começar a trabalhar, tomei tanto café que eu ia 5x pegar café e ia 10x ao banheiro, quando foi por volta do meio-dia, almocei na empresa mesmo, pedi uma comida pelo ifood e deitei em uma sala dos funcionários onde tinha um sofá, e coloquei despertador para me acordar daqui 40 minutos e dormi. Consegui descansar um pouco, e então fui me preparar para a reunião, não demorou muito até a Kat entrar na minha sala com palavras de encorajamento, e me desejando sucesso nesta primeira reunião, confesso que estava muito cansada por conta da noite em claro, graças ao meu chefe e seus caprichos.

  Vou até à copa e pego o que parece ser meu quinto café em menos de uma hora de serviço depois do meu cochilo, dou uma passadinha no banheiro, lavo meu rosto e retoco meu batom, respiro fundo umas cinquenta vezes, e digo para mim mesma que eu consigo, e que nada dará errado.

  Voltando a minha sala, eu já deixo separado a agenda, e arrumo alguns papéis que eu julgo que eu possa precisar durante a reunião, logo em seguida o telefone toca, e era meu chefe avisando que em 10 minutos, era para eu descer, e o encontrar no estacionamento da empresa para irmos para o restaurante, aonde acontecerá a reunião.

  Pego minha bolsa e termino meu café saindo em direção ao elevador, eu estava nervosa, não porque eu iria em uma reunião considerável importante da qual eu não sabia quase nada, mas sim porquê eu iria com ele para o tal restaurante, e a ideia de ficar tão próxima dele de novo, confesso que me deixava nervosa e preocupada.

  Passo a mão na minha roupa tentando mandar embora todo meu nervosismo, nem preciso dizer que é em vão, o elevador chega ao estacionamento e ele está me esperando encostado no carro, e pela sua expressão ele já está de mau humor, ele olhava para o seu relógio me olhando logo em seguida, como se eu estivesse atrasada ao invés de adiantada, era só o que me faltava, reviro os olhos e bufo em resposta, enquanto ando até o carro.

— Estamos atrasados. — Ele disse enquanto entrava no carro.

— Você me disse para descer em 10 minutos, estou aqui conforme o horário marcado. — Digo entrando logo atrás dele, no carro.

— Você não entende mesmo né Srta. Menezes? Sou o chefe e quantas vezes terei que te dizer que eu nunca erro? Então quando eu disser, que está atrasada, é porque você está. — Ele disse enquanto dava partida no carro.

  Decido ficar quieta e ficar em paz, do que me meter em outra ''briga'' com o meu chefe, sinto até que ele ficou surpreso com o meu silencio, pois ele olhava para mim ansioso por uma resposta, e prontissimo para repetir quantas vezes fossem necessárias, que ele é quem manda, porque ele é a merda do chefe, mas dessa vez não Bennet, desta vez não.

  Chegando no tal restaurante já deu para notar ser bem caro, Bennet disparou na minha frente o que me fez ficar bem para trás dele, como se ele estivesse fugindo de mim, como se 1 segundo a mais naquele carro comigo ele morreria. Pego minha bolsa e me retiro do carro, respiro bem fundo antes de entrar naquele restaurante, eu estava desesperada por um café, os minutos dentro daquele carro além de agonizantes, me deu sono, entro no restaurante e paro na recepção.

— Boa tarde, eu tenho uma reunião com os Vilares. Reservei a mesa 3 no Nome de Henrico Bennet. Meu nome é Amanda Menezes. — Enquanto falo, a mulher que estava na recepção nem me olhava, o que me irritava de uma forma anormal, mas considerando o dia de merda que eu tô tendo, eu não esperava menos.

𝓕𝓲𝓸 𝓿𝓮𝓻𝓶𝓮𝓵𝓱𝓸 - 𝓞 𝓹𝓪𝓼𝓼𝓪𝓭𝓸Onde histórias criam vida. Descubra agora